"Easy, Maverick. Let's try not to get fired on the first day."
Maverick
*7/10*
Tom Cruise regressa ao comando dos aviões de combate em Top Gun: Maverick, que recupera o protagonista e a história do filme de 1986, Top Gun - Ases Indomáveis. Na realização está agora Joseph Kosinski, que faz jus ao seu antecessor, Tony Scott, a cuja memória este filme é dedicado.
"Após 30 anos de serviço, Pete ‘Maverick’ está onde devia estar, a voar nos limites como piloto de testes e a treinar um destacamento de graduados Top Gun para uma missão especializada. Aqui, Maverick encontra o Tenente Bradley Bradshaw (Miles Teller), nome de código ‘Rooster’, filho do falecido amigo: o Tenente Nick Bradshaw, nome de código 'Goose'. Maverick é obrigado a enfrentar os seus medos mais profundos, culminando numa missão que exige o sacrifício daqueles que forem escolhidos para voar nela."
Eis um filme de acção como há muito não se via. Top Gun: Maverick é verdadeiramente feito para ver numa sala de cinema - câmara, som e montagem tudo fazem para dar a experiência mais realista possível, com o verdadeiro prazer de ver sequências de aviões em alta velocidade no grande ecrã. Um filme com poucos efeitos especiais, onde os actores filmaram mesmo dentro do cockpit de aviões reais, durante manobras de voo. Tom Cruise sabe o que quer e não deixa as suas vontades por mãos alheias, com Joseph Kosinski a mostrar-se à altura do desafio de realizar esta sequela.
O argumento segue o caminho do seu antecessor, com Maverick ao comando de uma missão aparentemente impossível - algo a que Tom Cruise está mais do que habituado -, batalhando, ao mesmo tempo, contra mágoas antigas e piscando o olho a um romance que nada acrescenta. No entanto, Top Gun: Maverick não se prende nestes pormenores. Consegue proporcionar uma experiência cinematográfica que se temia actualmente desaparecida.
As sequências de acção transpiram adrenalina para o outro lado do ecrã e é impossível desviar o olhar, por mais que se saiba que a probabilidade de algo correr mal é nula. Para além das perseguições aéreas, destaque para a química da dupla Tom Cruise/Miles Teller e para toda a componente emocional que os dois actores são capazes de trazer à longa-metragem.
E é neste cinema quase artesanal que Top Gun: Maverick se revela uma lufada de ar fresco entre os filmes de acção frenéticos e cheios de CGI que povoam as salas. Eis como a simplicidade faz a diferença, e como ir ao cinema ver um blockbuster ainda pode oferecer boas surpresas. Eis Maverick no seu esplendor.
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