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quarta-feira, 12 de abril de 2023

IndieLisboa 2023 anuncia programação completa

O IndieLisboa 2023 já anunciou a programação completa da sua 20.ª edição. O festival acontece de 27 de Abril a 7 de Maio no Cinema São Jorge, Culturgest, Cinemateca Portuguesa, Cinema Ideal, Cinema Fernando Lopes e piscina da Penha de França. 

Mal Viver | Viver Mal, de João Canijo

Competição Nacional, Sessões Especiais e Novíssimos

A Competição Nacional traz este ano seis longas-metragens, três médias-metragens e 16 curtas-metragens. Entre as longas, encontram-se Astrakan 79, de Catarina Mourão; Cidade Rabat, de Susana NobreÍndia, de Telmo Churro; Rosinha e Outros Bichos do Mato, de Marta Pessoa; A Primeira Idade, de Alexander David; e ainda o díptico Mal Viver | Viver Mal, de João Canijo.

Destaque para Dildotectónica, de Tomás Paula Marques, sobre a criação de uma colecção de dildos de cerâmica que não seja fálica; o regresso de André Gil Mata ao IndieLisboa com Pátio do Carrasco  adaptação do conto de Franz Kafka, Um Fratricida, sobre dois irmãos e os limites do amor fraterno; Carmen Troubles, de Vasco Araújo, que desconstrói o estereótipo da mulher cigana representada na ópera Carmen, de George Bizet; e ainda  A Febre de Maria João, de Afonso e Bernardo Rapazote, drama passado no século XIX, vivido num único espaço de representação, cheio de segredos.

Nas Sessões Especiais, destaque para Orlando, Ma Biographie Politique, de Paul B. Preciado, onde a partir do livro de Virginia Woolf, o escritor tornado realizador convocou um casting com 25 pessoas diferentes, todas trans e não binárias, dos 8 aos 70 anos, para interpretarem Orlando, enquanto narram as suas próprias vidas e ao mesmo tempo questionam: "Quem são os Orlandos contemporâneos?".

Orlando, Ma Biographie Politique, de Paul B. Preciado

O documentarista Rui Simões apresenta a sua estreia na ficção com Primeira Obra; e 1976, a estreia de Manuela Martelli na realização, tenta desmontar as sequelas da ditadura fascista. O filme explora a forma como a classe média chilena lidou com a tomada do poder de Pinochet através da perspectiva de uma mulher. 

A secção competitiva Novíssimos, composta por filmes de jovens cineastas que estão a dar os primeiros passos no cinema, regressa com 18 curtas-metragens. Este ano, a secção tem um novo prémio MUTIM - Mulheres Trabalhadoras das Imagens em Movimento, numa programação com títulos como Memórias de Pau-Preto e Marfim, de Inês Costa, que mistura a animação e arquivos pessoais para trabalhar o passado colonial português; Os Tempos Conturbados, de Carlos Alberto Tavares Pedro, focado nos primeiros momentos de independência angolana; Na Minha Vida, de José Lobo Antunes, que procura memórias familiares num envelope de fotografias antigas; ou Mátria, de Catarina Gonçalves, uma homenagem a Natália Correia.

Programa 5L, Smart7 e novidades do IndieMusic

O programa 5L desta edição intitula-se Cinema-Cidade e resulta da parceria entre o IndieLisboa e o Lisboa 5L, o festival de literatura e língua portuguesa promovido pela Câmara Municipal de Lisboa. Dedicado ao tema Centro e Fugas, o Lisboa 5L "celebra a faceta multicultural da vida da cidade através de um programa que põe em evidência ligações e rupturas entre centro urbano e periferia". O ciclo Cinema-Cidade foca-se em cineastas que se "avizinharam tematicamente da orla suburbana de diferentes cidades". No total, serão exibidas três longas e quatro curtas-metragens: O Fim do Mundo, de Basil da Cunha; La Haine, de Mathieu Kassovitz; Outros Bairros, de Kiluanje Liberdade, Inês Gonçalves e Vasco Pimentel; No’i, de Aline Magrez, Villeneuve, de Agathe Poche, Fest, de Nikita Diakur, e Mistida, de Falcão Nhaga.

O Fim do Mundo, de Basil da Cunha

Sete festivais europeus de sete países diferentes criaram o Smart7, para fomentar a circulação transnacional de títulos europeus. A rede é composta pelo Festival Internacional de Cinema New Horizons (Polónia), IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema (Portugal), Thessaloniki International Film Festival (Grécia), Festival Internacional de Cinema da Transilvânia (Roménia), Festival Internacional de Cinema FILMADRID (Espanha), Festival Internacional de Cinema de Reykjavik (Islândia) e Festival Internacional de Cinema de Vilnius Kino Pavasaris (Lituânia). A lista de filmes em competição inclui: Black Stone, de Spiros Jacovides (Grécia); Bread and Salt, de Damian KocurÍndia, de Telmo Churro (Portugal); Mammalia, de Sebastian Mihailescu (Roménia); Mannvirki, de Gústav Geir Bollason (Islândia); Remember to Blink, de Austėja Urbaitė (Lituânia) e Secaderos, de Rocío Mesa (Espanha). No Thessaloniki International Film Festival, o último festival do ano, o prémio da competição é atribuído por um júri constituído por um estudante de cada país dos festivais que compõem o Smart7.

No IndieMusic há novidades: o ciclo dedicado aos 50 anos do hip-hop, com curadoria de Sam the Kid, e Little Richard: I Am Everything. Para o ciclo, Sam the Kid escolheu Scratch, Beats, Rhymes and Life – The Travels of A Tribe Called Quest e CB4 como filmes representativos da cultura hip-hop. Já Little Richard: I Am Everything recupera as origens queer e negras do rock n’ roll através do legado de Little Richard.

Os bilhetes estarão à venda a partir do dia 13 de Abril e toda a programação e informações podem ser consultadas em https://indielisboa.com/.

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