segunda-feira, 29 de maio de 2023

Batalha Centro de Cinema apresenta programa para Junho e Julho

O programa do Batalha Centro de Cinema para Junho e Julho conta com retrospectivas a Basil da Cunha, Annemarie Jacir e Mai Zetterling; o ciclo temático Contra-Fluxos, dedicado à água; e o programa Oásis, que inclui cinema ao ar livre.

Entre 3 e 17 de Junho, é dedicada uma retrospectiva à obra do realizador luso-suíço Basil da Cunha, com a presença do cineasta, que inclui o seu mais recente filme, comissariado pelo Batalha. Premiado em Oberhausen, 2720 será apresentado em formato de filme-concerto. Segue-se, entre 8 de Junho e 15 de Julho, a primeira retrospectiva em Portugal dedicada a Mai Zetterling, realizadora, actriz e argumentista, que "firmou a sua assinatura na História do cinema realizando, a partir dos anos 60, filmes ousados e transgressivos que permanecem atuais até aos dias de hoje". De 22 de Junho a 7 de Julho, em foco estará a obra da realizadora palestina Annemarie Jacir, que marcará presença no Batalha. A cineasta "escreveu, realizou e produziu mais de 20 filmes e as suas três longas de ficção foram candidatas da Palestina ao Óscar e premiadas nos principais festivais de cinema".

2720

Entre 29 de Junho e 16 de Julho, o ciclo temático Contra-Fluxos "reflete sobre a água enquanto ponte entre continentes e elemento central da história e da sociedade". O programa tem curadoria de Almudena Escobar López e Margarida Mendes e inclui obras de Mati Diop, Kevin Jerome Everson, Basma al-sharif, Sky Hopinka, Ephraim Asili, Miryam Charles, Rosa Barba e Laura Huertas Millán.

No ciclo Luas Novas, dedicado a nomes emergentes do cinema português, é exibido Simon Chama, de Marta Sousa Ribeiro (18 de Junho), e a Constelação #2: El Dorado do ciclo Selecção Nacional — focada na problemática relação do cinema português com África — chega ao fim com sessões a 7 e 21 de Junho, a última com a presença do realizador João Botelho.

Nos dias 6 e 7 de Junho, o Batalha acolhe os Novos Encontros do Cinema Português, um fórum de discussão em torno do cinema nacional que vai reunir, no Porto, os profissionais do sector. A iniciativa — organizada pelo Centro de Cinema, a Fundação Calouste Gulbenkian e o Clube Português de Cinematografia–Cineclube do Porto — parte da Semana de Estudos sobre o Novo Cinema Português que aconteceu no Batalha em 1967, para propor um novo encontro com quatro painéis de debate: Educação, Produção, Crítica e Distribuição e Exibição.

Também em Junho, nas Matinés do Cineclube, serão apresentados alguns dos filmes que integraram a programação dos Encontros de 1967 e que definiram o movimento do Cinema Novo. No mês seguinte, o programa dedica-se às primeiras realizadoras que o Cineclube do Porto programou.

A primeira temporada do Batalha termina em festa com Oásis — programa anual que celebra a chegada à estação mais quente com propostas multidisciplinares dedicadas ao Verão e suas poéticas. Entre 19 e 22 de Julho, há propostas de filmes dentro e fora de portas — com sessões gratuitas, ao ar livre, na Praça da Batalha — e o filme-performance Olho da Rua, de Jonathas de Andrade.

Para os mais novos, além das Sessões para Famílias, o Batalha propõe o Mini Oásis, que acontece entre 12 e 14 de Julho, e apresenta um conjunto de filmes onde o sol, a praia e o calor estão sempre presentes.

No dia 1 de junho, é apresentada em estreia a performance Workers in Song, que resulta de uma colaboração entre o artista visual James Richards e o compositor Billy Bultheel. Um trabalho que junta som e imagem em movimento numa coreografia expandida, questionando a diferença entre o visível e o imaginário.

Já a 2 de Julho, Rita Natálio apresenta Spillovers, "uma performance-filme que constrói uma releitura fabulada da icónica obra feminista Lesbian peoples: material for a dictionary, escrita em 1976 por Monique Wittig e Sande Zeig".

Até 13 de Agosto, o Foyer 1 e Sala-Filme acolhem a instalação Escondidas na caverna que forjamos umas das outras, de CAConrad com Alice dos Reis e Isadora Pedro Neves Marques.

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