O MOTELx começa já no dia 11 de Setembro e, aproveitando o momento, publico aqui as entrevistas que tenho realizado no âmbito do Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, para o Espalha-Factos.
Para o Prémio Yorn MOTELx – Melhor Curta de Terror Portuguesa 2013, o único galardão do festival, estão a concorrer nove curtas-metragens nacionais: Bílis Negra, de Nuno Sá Pessoa, Desespero, de Rui Pilão, A Herdade dos Defuntos, de Patrick Mendes, Longe do Éden, de Carlos Amaral, Nico – A Revolta, de Paulo Araújo, O Coveiro, de André Gil Mata, Hair, de João Seiça, Monstro, de Alex Barone, e Sara, de Miguel Ângelo.
Entrevistei os nove realizadores, que apresentam os seus filmes, e falam sobre o actual estado do cinema português. Conhece, hoje, Miguel Ângelo, realizador de Sara.
Quem é esta Sara que dá título à curta-metragem?
Miguel Ângelo – A Sara é uma de duas irmãs de uma família que perdeu a matriarca. Esta situação vai criar uma disfuncionalidade que torna Joana (irmã de Sara) instável.
No centro da acção estão duas irmãs com uma relação muito pouco comum. O que as caracteriza e faz com que o filme se distinga do que tem sido feito?
MA – Os acontecimentos do filme precedem uma tragédia familiar e Joana, apesar de ter a sua moral deturpada não deixa de nutrir um grande amor pela irmã. Acho que é isso que difere do resto. A dinâmica entre o suposto herói e respectivo vilão é diferente do habitual. Não há sentimento negativo, apenas uma necessidade de protecção e o medo da solidão.
A protagonizar a curta estão duas caras conhecidas do público: Marta Andrino e Sara Barros Leitão. Como surgiu a oportunidade de trabalharem juntos?
MA – Felizmente, trabalho no meio audiovisual e por isso mesmo tenho facilidade de contacto com actores e actrizes profissionais. A Marta e a Sara, além de serem grandes actrizes, são de simples trato o que para mim foi perfeito pois tenho pouca experiência na direcção de actores e isso facilitou todo o processo. Convidei-as para participarem no projecto e elas prontamente disseram que sim. Não vale a pena continuar a tecer elogios, pois basta ver a curta para perceber que são elas que dão vida à mesma. Espero num futuro próximo poder vir a trabalhar com elas novamente.
Quais são as suas principais influências cinematográficas?
MA – Eu acho que sou bastante ecléctico nos meus gostos cinematográficos, por isso penso não ser possível ver através do meu trabalho as minhas influências. Dito isto, tenho como maiores referências neste momento Steve McQueen e Quentin Tarantino.
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