*6.5/10*
Gipsofila, de Margarida Leitão, é outro dos quatro títulos que passaram pela Competição Nacional de Longas-metragens do IndieLisboa'15. Um trabalho intimo e muito pessoal da realizadora que nos introduz no espaço da sua avó, mostra-nos a sua casa e faz-nos acompanhar a relação entre ambas.
Partilhando o nome com as flores que plantou para o seu casamento, Gipsofila pretende não só dar a conhecer a vida de Lurdes Albuquerque, a avó da realizadora, como, mais do que isso, filmar a relação entre avó e neta, colocando-nos no espaço privado de Lurdes, num apelo à memória, aos laços familiares e à existência. A casa, repleta de memórias - sejam elas fotografias, vestidos antigos, etc. -, a partilha de momentos simples, de conversas banais, de preocupações e medos, tudo isso é captado pela câmara de Margarida e envolve o espectador que consegue facilmente passar das gargalhadas sinceras às lágrimas.
Por outro lado, talvez os maiores problema de Gipsofila se prendam com a falta de foco do documentário, que parece não ter um objectivo demarcado, e na dificuldade de Margarida Leitão encontrar o seu lugar à frente das câmaras.
Gipsofila revela-se um trabalho muito emocional, que peca, contudo, por ser demasiado pessoal. Sente-se a falta de um maior distanciamento da realizadora no produto final. Ainda assim, Margarida Leitão mostrou coragem ao filmar este projecto tão íntimo e com uma protagonista tão cativante como a sua avó.
Por outro lado, talvez os maiores problema de Gipsofila se prendam com a falta de foco do documentário, que parece não ter um objectivo demarcado, e na dificuldade de Margarida Leitão encontrar o seu lugar à frente das câmaras.
Gipsofila revela-se um trabalho muito emocional, que peca, contudo, por ser demasiado pessoal. Sente-se a falta de um maior distanciamento da realizadora no produto final. Ainda assim, Margarida Leitão mostrou coragem ao filmar este projecto tão íntimo e com uma protagonista tão cativante como a sua avó.
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