*5/10*
É de elogiar, antes de mais, a coragem de Diogo Morgado e da sua equipa em mergulhar de cabeça num filme português de ficção científica. Nas últimas décadas, são poucos ou nenhuns os filmes nacionais deste género cinematográfico.
Solum está longe de ser perfeito, mas vale muito a pena pelas paisagens de cinco ilhas açorianas que serviram de cenário àquela que dá nome ao filme. Eis que muitos ficarão surpreendidos pela inacreditável beleza dos locais, qual postal turístico. Afinal, porque é que não se filma mais nos Açores?
Um programa de televisão numa ilha inabitada, onde oito concorrentes têm de lutar pela sobrevivência num terreno inóspito, torna-se mais do que parece. Solum não é só um jogo, é uma prova, uma selecção, um espelho que confronta a verdade da Natureza com a mentira da Raça Humana.
Diogo Morgado alia-se ao irmão Pedro Morgado para escrever este argumento que não tem receio de entrar numa realidade sci-fi, onde as alterações climáticas, poluição e guerras despertam consciências acerca do que poderá acontecer ao planeta Terra se não mudarmos de atitude. E contrastando com o pesadelo que se vive no Mundo, eis Solum, um Paraíso perdido. Mas, claro, nem tudo é o que parece.
Aliás, em Solum, pouco é realmente o que aparenta à primeira vista. Esse é talvez um dos maiores problemas do filme: tanto suspense quer transpor para o ecrã que torna o enredo confuso, chegando a perder o sentido. Para isso também contribuem os diálogos. Menos palavras, mais acção teriam melhor resultado.
O elenco, com nomes pouco conhecidos, mostra ter estofo para o desafio que, fisicamente, lhe pede muito. Destaques para os portugueses Catarina Mira e Carlos Carvalho, e para o internacional, Darwin Shaw.
Há que destacar o excelente trabalho no que toca aos efeitos especiais, que não ficam nada atrás do que se faz internacionalmente. Ao mesmo tempo, a direcção de fotografia tem bons momentos e sabe tirar o melhor partido da extraordinária paisagem açoriana, de fazer inveja.
Solum não fica na História, mas não tem medo de assumir riscos, nem de criar algo diferente no panorama nacional. Diogo Morgado mostra nesta segunda longa-metragem como realizador, mais ambição e isso já é meio caminho para melhorar.
Um programa de televisão numa ilha inabitada, onde oito concorrentes têm de lutar pela sobrevivência num terreno inóspito, torna-se mais do que parece. Solum não é só um jogo, é uma prova, uma selecção, um espelho que confronta a verdade da Natureza com a mentira da Raça Humana.
Diogo Morgado alia-se ao irmão Pedro Morgado para escrever este argumento que não tem receio de entrar numa realidade sci-fi, onde as alterações climáticas, poluição e guerras despertam consciências acerca do que poderá acontecer ao planeta Terra se não mudarmos de atitude. E contrastando com o pesadelo que se vive no Mundo, eis Solum, um Paraíso perdido. Mas, claro, nem tudo é o que parece.
Aliás, em Solum, pouco é realmente o que aparenta à primeira vista. Esse é talvez um dos maiores problemas do filme: tanto suspense quer transpor para o ecrã que torna o enredo confuso, chegando a perder o sentido. Para isso também contribuem os diálogos. Menos palavras, mais acção teriam melhor resultado.
O elenco, com nomes pouco conhecidos, mostra ter estofo para o desafio que, fisicamente, lhe pede muito. Destaques para os portugueses Catarina Mira e Carlos Carvalho, e para o internacional, Darwin Shaw.
Há que destacar o excelente trabalho no que toca aos efeitos especiais, que não ficam nada atrás do que se faz internacionalmente. Ao mesmo tempo, a direcção de fotografia tem bons momentos e sabe tirar o melhor partido da extraordinária paisagem açoriana, de fazer inveja.
Solum não fica na História, mas não tem medo de assumir riscos, nem de criar algo diferente no panorama nacional. Diogo Morgado mostra nesta segunda longa-metragem como realizador, mais ambição e isso já é meio caminho para melhorar.
1 comentário:
Sim. Eu compartilho dessa crítica e reforço que gostei muito da ousadia que resultou em um filme que Portugal já merecia. Parabéns!
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