terça-feira, 25 de maio de 2021

Crítica: Aqueles Que Me Desejam a Morte / Those Who Wish Me Dead (2021)

"Talk to me and I'm gonna help you. Alright?"

Hannah

*4.5/10*

Aqueles Que Me Desejam a Morte, de Taylor Sheridan, leva-nos às vastas florestas do Montana e aos grupos de combate a incêndios, para uma história de crime e perseguição.

"Um adolescente testemunha de um homicídio e a especialista em fogos florestais que o tenta proteger são perseguidos por assassinos nas zonas remotas do Montana enquanto um incêndio ameaça consumi-los a todos."


A acção desenrola-se em volta de dois pontos fundamentais: por um lado, o terror de Connor (Finn Little), uma criança que acaba de ficar órfã e desconfia de todos com quem se cruza; por outro, os fantasmas de Hannah (Angelina Jolie), uma mulher traumatizada por um acidente enquanto combatia um fogo, e que a têm impedido de regressar ao terreno. Os dois terão de aliar-se, enquanto tentam escapar de dois assassinos que os perseguem e de um incêndio que não dá tréguas.

Aqueles Que Me Desejam a Morte é um filme dinâmico e repleto de acção - e bastante violência -, mas a sucessão dos acontecimentos torna-se pouco realista (os assassinos caem, por vezes, no ridículo) e a fuga de Connor e Hannah só se torna realmente emocionante quando o fogo se revela o verdadeiro perigo. 

Taylor Sheridan não nos revela as motivações dos assassinos, nem os segredos que Connor guarda consigo. Se, por um lado, tal poderia contribuir para o adensar do suspense da longa-metragem, por outro, torna todos os acontecimentos quase irrelevantes. Ao mesmo tempo, é uma pena o pouco foco da narrativa no trabalho dos bombeiros e dos outros operacionais no combate aos incêndios (Só Para Bravos, de Joseph Kosinski, faz isso com distinção).

Aqueles Que Me Desejam a Morte entretém e vale pelas cenas nocturnas, mas, infelizmente, não se leva muito a sério.

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