O 19.º IndieLisboa já tem programa fechado e revelou quais são os cerca de 250 filmes que compõem a sua programação. Entre 28 de Abril e 8 de Maio, o festival regressa ao Cinema São Jorge, Culturgest, Cinemateca Portuguesa, Cinema Ideal e Biblioteca Palácio Galveias.
Viagem ao Sol |
A Competição Nacional de Longas conta com nove obras, de autores de diferentes gerações e abordagens: Atrás Dessas Paredes, de Manuel Mozos; Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta; O Trio em Mi Bemol, de Rita Azevedo Gomes; Super Natural, a primeira longa de Jorge Jácome; Frágil, de Pedro Henrique; Périphérique Nord, de Paulo Carneiro; Rua dos Anjos, primeira longa-metragem de Renata Ferraz e Maria Roxo; Viagem ao Sol, de Susana de Sousa Dias e Ansgar Schaefer; e Águas de Pastaza, de Inês T. Alves.
Nas curtas-metragens nacionais, encontram-se títulos como: Às Vezes Os Dias, Às Vezes A Vida, de Janine Gonçalves; O Banho, de Maria Inês Gonçalves; Domy + Ailucha - Cenas Kets!, de Ico Costa; Azul, de Ágata de Pinho; By Flávio, de Pedro Cabeleira; Mistida, de Falcão Nhaga; e Tornar-se um Homem na Idade Média, de Pedro Neves Marques.
A secção Boca do Inferno conta este ano com oito curtas e quatro longas. Destaque para She Will, de Charlotte Colbert, um revenge movie da era #MeToo sobre uma antiga estrela de cinema num retiro de saúde após uma dupla mastectomia; e Holy Emy, de Araceli Lemos, ambientado na comunidade filipina emigrada em Atenas, segue duas irmãs e os poderes curativos sobrenaturais da mãe delas.
Nesta edição, a secção Novíssimos conta com 12 filmes: Catástrofes Naturais, de Margarida Pinto da Fonseca; e Milagre de Agualva Cacém, de Ricardo Guimarães, são dois dos títulos em competição.
A sessão de abertura do IndieLisboa é um double bill, com dois filmes restaurados no âmbito do Projecto Filmar, da Cinemateca Portuguesa: Albufeira, curta-metragem dos anos 1960, de cariz promocional do turismo na cidade algarvia, mostrando a marca autoral e experimental de António Macedo, um dos fundadores do Cinema Novo português; e Zéfiro, de José Álvaro de Morais, que "caminha por Lisboa enquanto documentário, mas o que quer realmente é galgar o Rio Tejo em pleno modo ficcional, de forma a explorar a margem sul, onde parte à aventura Alentejo fora até ao Algarve".
A sessão de encerramento apresenta A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky, sobre "Pedro IV de Portugal e Pedro I do Brasil, o rei que ficou conhecido pelo grito do Ipiranga e pela independência do Brasil. Encontramo-lo num momento de regresso a Portugal, de onde fugiu das tropas francesas, para agora disputar a coroa portuguesa com o seu irmão, Miguel".
A Viagem de Pedro |
Nas sessões especiais, encontra-se também o documentário de João Botelho, O Jovem Cunhal, com foco em Álvaro Cunhal. O filme examina "os primeiros anos da vida do histórico dirigente do Partido Comunista Português. Pelo meio, são encenados excertos dos seus próprios livros". Também Botelho volta a trazer Alexandre O’Neill ao cinema (depois de Um Adeus Português), agora com o conto Uma Coisa em Forma de Assim.
Em Sita - A Vida e o Tempo de Sita Valles, de Margarida Cardoso, centra-se "no percurso da activista, anticolonialista, e militante do Partido Comunista", que após "a revolução portuguesa, e de uma cisão ideológica com o seu partido, quis contribuir para o movimento de libertação angolano". O filme de João Trabulo Lisboa, Cidade Triste e Alegre baseia-se no "livro de fotografia, dos arquitectos Victor Palla e Costa Martins". Ainda Um Nome para o Que Sou, de Marta Pessoa, foca-se em Maria Lamas, "figura central do feminismo português, a partir do processo de escrita de As Mulheres do Meu País, obra que retratava íntima e meticulosamente a condição das mulheres em Portugal no final dos anos 1940".
O programa Cinema e 5L, uma parceria com o Lisboa 5L, o novo Festival Literário da cidade de Lisboa, "junta cinco filmes onde a literatura é protagonista, seja pela adaptação, interpretação, transformação de um texto em cinema". Entre os filmes programados estão: Correspondências, de Rita Azevedo Gomes, News from Home, de Chantal Akerman, e Cartas da Guerra, de Ivo Ferreira.
Na secção Director’s Cut, encontram-se cinco longas e duas curtas-metragens. Destaque para o restauro, feito em 2021, de The History of the Civil War, de Dziga Vertov; e Prism, de Eléonore Yameogo, An van. Dienderen, and Rosine Mbakam.
Ao programa do IndieMusic, junta-se uma novidade: Meet me in the Bathroom, de Will Lovelace e Dylan Southern, que mostra o "mood de Nova Iorque pré-11 de Setembro. Combinando filmagens nunca antes vistas de bandas como LCD Soundsystem e Yeah Yeah Yeah Yeahs com entrevistas áudio íntimas, o documentário - inspirado no livro homónimo de Lizzy Goodman que por sua vez rouba o título a uma faixa de The Strokes - narra o fim do rock 'n' roll através das bandas que definiram essa época".
Toda a programação poderá ser consultada online em https://indielisboa.com/. Os bilhetes poderão ser comprados na Ticketline ou nas bilheteiras físicas do festival a partir do dia 14 de Abril.
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