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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Festival Imaterial 2022: De 1 a 9 de Outubro em Évora, com Cinema Documental, Conferências e Música

A 2.ª edição do Festival Imaterial regressa a Évora de 1 a 9 de Outubro com um Ciclo de Cinema Documental, conferências e muita música. Os eventos terão lugar no Auditório Soror Mariana, no Palácio Dom Manuel e no Teatro Garcia de Resende.

Ciclo de Cinema Documental e Programação Musical

A programação do Imaterial integra, pela primeira vez, um Ciclo de Cinema Documental com curadoria de Lucy Durán, etnomusicóloga britânica, professora de música e autora de vários documentários.

O ciclo contará com a estreia de All mighty Mama Djombo (França, Guiné-Bissau), de Sylvain Prudhomme e Philippe Béziat, com a apresentação de Lucy Durán. O filme segue a história do "cantor e compositor Malan Mané que vive há 30 anos no exílio em Montreuil, França, como trabalhador imigrante anónimo. Tendo sido a estrela de uma das melhores e mais lendárias bandas da África Ocidental, Super Mama Djombo, da Guiné-Bissau. Malan viu sua vida mudar quando recebeu um convite para retornar à sua terra natal e apresentar-se ao vivo perante um público de 100.000 pessoas. O filme acompanha esta viagem emocionante do reencontro com familiares e antigos colegas de música. De volta à Europa, inspirado por esse regresso, Malan entra em estúdio para gravar o álbum acústico com o qual sempre sonhou".

A programação musical conta com artistas que são "à sua maneira, intérpretes daquilo que significa tomar o passado por referência para inventar uma música de hoje"Parvathy Baul (Índia), Tarta Relena (Catalunha), Annie Ebrel & Riccardo Del Fra (Bretanha), Saz’isso (Albânia), Amélia Muge (Portugal), Natch (Cabo Verde) e Lia de Itamaracá (Brasil).

Ciclo de Conferências

O Estado Geral do Cante em 2022 acontece dia 7 de Outubro às 18h00, no Palácio Dom Manuel. Paulo Lima, Francisco Torrão e José Guerreiro irão debater um elemento central do património da região, o Cante Alentejano. Paulo Lima foi Coordenador do Programa Identidades, com vista à salvaguarda do património cultural imaterial do Alentejo, integrou a Direcção Regional de Cultura do Alentejo, foi coordenador da candidatura do Cante Alentejano à lista representativa do património cultural imaterial e director da Casa do Cante, da Câmara Municipal de Serpa. José Guerreiro é coordenador do Observatório do Cante Alentejano e do Centro de Documentação do Cante Alentejano. Francisco Torrão "nasceu em Serpa, cresceu e fez-se adulto com o cante alentejano. Em Paris, viu-o ser consagrado Património Imaterial da Humanidade".

No dia 8 de Outubro, às 18h00, o Palácio Dom Manuel recebe um debate sobre o racismo. "O contínuo apartheid na música internacional, colonialismo e racismo nos mass media é abordado por Ian Brennan, produtor vencedor do Grammy Best World Music 2011". Produziu mais de 40 discos internacionais na última década em cinco continentes, incluindo países como o Ruanda, Tanzânia, Sudão do Sul, Camboja, Romênia, Paquistão, Gana, Comores e Djibuti. O debate conta ainda com a participação de Marilena DelliUmuhoza, mestre em Comunicação Internacional, "escrevendo a primeira tese em Itália sobre cinema africano", e em Janeiro de 2022, tornou-se co-fundadora da primeira Academia online focada em antirracismo em Itália, a Academy dell'Antirazzismo.

Mais informações sobre o Festival Imaterial em http://festivalimaterial.pt/.

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