*5.5/10*
Exílio (Exil), de Visar Morina, é um thriller que joga com medos, preconceitos e inseguranças.
"Um engenheiro farmacêutico nascido no Kosovo é constantemente obrigado a soletrar o seu nome e a enfrentar situações de discriminação no trabalho. Porém, apesar dos ratos mortos na caixa de correio, ninguém o leva a sério, e é acusado de paranoia."
A premissa inicial de Exílio é boa: Xhafer (Misel Maticevic) é o protagonista que passa os dias com a sensação de que alguém o persegue, tentando dificultar o seu trabalho, e o perturba em casa, onde vive com a sua família alemã. Para além da animosidade que sente por parte de alguns colegas, também a relação com a sogra não é a melhor.
Para Xhafer, todas as atitudes discriminatórias que sente na pele estão relacionadas com a sua origem. Contudo, e mesmo que as situações de que é alvo sejam macabras e o condicionem, ninguém com quem partilha as suas desconfianças parece concordar que Xhafer seja alvo de racismo.
Exílio deambula entre a humilhação, o bullying, a xenofobia, a autocomiseração ou paranóia, num trabalho vazio de emoções, mas atento aos pormenores. Visualmente cativante, o filme de Visar Morina conduz-nos mais pela estética, criadora de um forte ambiente de suspense, do que por uma narrativa que leve a uma conclusão.
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