*7.5/10*
As realizadoras Stéphanie Chuat e Véronique Reymond criaram um drama familiar intenso, em que dois irmãos gémeos lutam para lidar com um cancro. Irmãzinha (Schwesterlein) é um retrato de amor fraternal e uma batalha atenuada pela paixão pelo teatro.
"Um actor de teatro, cuja doença em estado terminal o afasta do grande palco, e a sua irmã gémea, que tenta reiniciar a sacrificada carreira do irmão com um último guião escrito para ele."
Irmãzinha é um drama pesado mas nunca decadente ou sombrio. É uma história dinâmica, cheia de vida, num contraste desafiador à doença que teima em não deixar Sven. Nina Hoss tem um desempenho avassalador e realista, entre a expectativa de melhoras e o desgaste emocional que sente a nível familiar. A relação entre irmãos gémeos é alvo de uma bonita homenagem, e para isso muito contribui a cumplicidade entre Hoss e Eidinger. O actor oferece-nos uma prestação extremamente física e exigente, mas igualmente com uma carga psicológica imensa, entre a vontade de recuperar e de voltar ao trabalho - que lhe dá vida - e a confrontação com essa impossibilidade, que se verifica sinónimo de uma recaída.
Chuat e Reymond trazem-nos um filme cheio de luz (podemos vê-la como mais uma personagem), símbolo da esperança, amor e dedicação desta irmã incansável.
1 comentário:
Ótimo texto, ótimo filme
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