*7/10*
Os fantasmas de cada um surgem no lado mais obscuro da fama e David Cronenberg faz questão de mostrá-los no seu Maps to the Stars. No elenco deste pesadelo cinematográfico temos Julianne Moore, Mia Wasikowska, Robert Pattinson e John Cusack.
O passado aqui define, efectivamente, o presente. Na Los Angeles actual, Maps to the Stars apresenta-nos uma jornada negra e satírica em volta de uma família de Hollywood, de uma actriz de meia idade e de um motorista que quer ser actor, entre encontros e desencontros, desequilíbrios e passados atormentadores.
Não simpatizaremos com ninguém, não tomaremos partido, mas ficaremos chocados com os bastidores da fama - aqui marcados pelo incesto. A introdução e ligação entre cada personagem é feita de forma brilhante e sarcástica, onde é o incesto que une os protagonistas desta longa-metragem. É muito o que têm em comum Havana Segrand, Agatha e Benjie e será neles que as principais atenções vão recair, também muito graças ao excelente desempenho dos seus actores. Julianne Moore tem aqui mais uma das suas grandes performances, na pele de uma mulher capaz de tudo por um papel e totalmente desequilibrada, com uma transformação física que não tem medo de mostrar o cansaço e as marcas da idade. Mia Wasikowska é a sinistra Agatha, numa das sua melhores interpretações, extremamente bizarra e parca de sentimentos. Uma boa revelação é Evan Bird como Benjie, o jovem actor que alcançou o sucesso cedo demais e se deixou deslumbrar pelas drogas e vida fácil, mas que vive atormentado por um passado que teima em não o deixar.
Sexo, drogas, obsessão, loucura, família, alucinações e morte são os ingredientes fulcrais deste Maps to the Stars, que apesar da superficialidade com que nos apresenta a história de cada personagem - queríamos saber mais sobre Havana, sem dúvida -, consegue perturbar e deixar-nos a pensar sobre o outro lado deste sonho que tantos ambicionam. E nesta Hollywood irónica e mordaz, encontramos facilmente marcas de Cronenberg, um pouco por toda a parte.
Depois de passar pelo LEFFEST'14, o filme chegará aos cinemas portugueses ainda este ano.
Não simpatizaremos com ninguém, não tomaremos partido, mas ficaremos chocados com os bastidores da fama - aqui marcados pelo incesto. A introdução e ligação entre cada personagem é feita de forma brilhante e sarcástica, onde é o incesto que une os protagonistas desta longa-metragem. É muito o que têm em comum Havana Segrand, Agatha e Benjie e será neles que as principais atenções vão recair, também muito graças ao excelente desempenho dos seus actores. Julianne Moore tem aqui mais uma das suas grandes performances, na pele de uma mulher capaz de tudo por um papel e totalmente desequilibrada, com uma transformação física que não tem medo de mostrar o cansaço e as marcas da idade. Mia Wasikowska é a sinistra Agatha, numa das sua melhores interpretações, extremamente bizarra e parca de sentimentos. Uma boa revelação é Evan Bird como Benjie, o jovem actor que alcançou o sucesso cedo demais e se deixou deslumbrar pelas drogas e vida fácil, mas que vive atormentado por um passado que teima em não o deixar.
Sexo, drogas, obsessão, loucura, família, alucinações e morte são os ingredientes fulcrais deste Maps to the Stars, que apesar da superficialidade com que nos apresenta a história de cada personagem - queríamos saber mais sobre Havana, sem dúvida -, consegue perturbar e deixar-nos a pensar sobre o outro lado deste sonho que tantos ambicionam. E nesta Hollywood irónica e mordaz, encontramos facilmente marcas de Cronenberg, um pouco por toda a parte.
Depois de passar pelo LEFFEST'14, o filme chegará aos cinemas portugueses ainda este ano.
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