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domingo, 29 de julho de 2018

Estreias da Semana #335

Na passada Quinta-feira, chegaram aos cinemas oito novos filmes. Happy End e Linhas da Sangue foram duas das estreias.

A Gaivota (2018)
The Seagull
Durante o Verão, uma família e os seus amigos partilham um fim-de-semana numa propriedade junto a um lago. Adaptação ao cinema da peça homónima de Anton Chekov.

Blindspotting - À Queima Roupa (2018)
Blindspotting
Collin (Daveed Diggs) deve aproveitar os seus três últimos dias de liberdade condicional para a oportunidade de um novo começo. Ele e seu problemático amigo de infância, Miles (Rafael Casal), trabalham como estafetas e, quando Collin testemunha um tiroteio policial, a amizade dos dois homens é colocada à prova, à medida que lidam com a identidade e as realidades do bairro onde cresceram.

Eu Mato Gigantes (2017)
I Kill Giants
Barbara Thorson é uma aluna do 5.º ano esperta e de língua afiada, que não tem medo de nada. Porque haveria de ter? Afinal de contas, é a única miúda da escola que anda com um martelo de guerra ancestral nórdico na mala e vive a vida a matar gigantes. Pelo menos, é o que ela conta por aí... Adaptado da novela gráfica de Joe Kelly, Eu Mato Gigantes é a história bizarra e agridoce de uma jovem  que tenta derrotar os seus monstros, reais ou imaginários, à medida que o mundo que construiu com empenho começa a desmoronar-se aos pés de gigantes de uma dimensão que nenhuma criança conseguirá alguma vez enfrentar.

Gotti - Um Verdadeiro Padrinho Americano (2017)
Gotti
John Gotti (John Travolta) ascende ao topo do submundo criminoso de Nova Iorque e torna-se líder da família Gambino. A sua vida sofre uma reviravolta após uma tragédia, múltiplos julgamentos e uma pena de prisão.

Happy End (2017)
A história de uma família francesa rica que vive numa zona burguesa no norte da França, alheada da miséria humana que se desenrola nos campos de imigrantes em torno da cidade portuária de Calais, a poucos quilómetros da sua casa.

Hotel Transylvania 3: Umas Férias Monstruosas (2018)
Hotel Transylvania 3: Summer Vacation
A já conhecida família de monstros embarca numas merecidas férias num luxuoso navio de cruzeiros. Tudo corre de forma suave a relaxada para o grupo de Drac enquanto os monstros aproveitam a diversão a bordo, do vólei de monstros a excursões exóticas, enormes buffets e até sessões de bronzeado à luz da Lua. No entanto, as férias dos sonho transformam-se em pesadelo quando Mavis percebe que Drac se apaixonou por Erica, a misteriosa comandante do navio que esconde um terrível segredo capaz de levar à destruição de todos os monstros.

Um conjunto de malfeitores ameaça a ordem e a paz em Portugal. A resposta não tarda e logo surge um grupo de heróis mais ou menos acidentais, que salva o dia. Mas como já estamos todos habituados, o pior dos inimigos está a guardar-se para o fim. Será o nosso grupo de bravos corajosos, suficientemente forte para enfrentar a ameaça do Chanceler?

Titã (2018)
The Titan
Num futuro próximo em que a Terra está praticamente inabitável, o antigo piloto da Força Aérea Rick Janssen (Sam Worthington) é seleccionado para participar numa experiência militar com o intuito de criar um ser humano capaz de sobreviver nas condições agrestes de Titã, a lua de Saturno. Na ilha no meio do Atlântico onde decorre o programa secreto, Rick é acompanhado pela mulher, a Dra. Abigail Janssen (Taylor Schilling), e pelo filho, Lucas. No entanto, a família Janssen depressa descobre que o director do programa, o Professor Martin Collingwood (Tom Wilkinson), poderá estar a usá-los para um propósito muito diferente, na sua tentativa de colonizar Titã e expandir os horizontes da experiência humana.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Crítica: Linhas de Sangue (2018)

"Não vai doer nada."

*4/10*

Linhas de Sangue está por toda a parte: televisão, Internet, cinemas e acredito que até à estreia esteja ainda por mais locais. Com uma equipa enorme e um excelente trabalho de marketing - estamos a falar de um filme português (!) -, será quase impossível até ao espectador mais distraído não ouvir falar desta longa-metragem.

A divulgação está a ser certeira, mas esta comédia negra pouco usual em Portugal levou-me ao cinema com mais expectativas do que devia. Confesso que esperei algo semelhante a Capitão Falcão, mas está longe disso. Sérgio Graciano e Manuel Pureza são corajosos e ambiciosos, sem dúvida, mas o resultado não é positivo. Garantido é que todos se divertiram à brava a filmar Linhas de Sangue e imaginação não faltou a ninguém.


Um conjunto de malfeitores ameaça a ordem e a paz em Portugal. A resposta não tarda e logo surge um grupo de heróis mais ou menos acidentais, que salva o dia. Mas o pior dos inimigos está a guardar-se para o fim. Será o grupo de bravos corajosos, suficientemente forte para enfrentar a ameaça do Chanceler?

Ideias e influências cinematográficas não faltam, falta sim alguma organização e contenção. Há demasiado fogo-de-artifício para pouco conteúdo, tudo se mistura, fragmenta e pouco se retém. Mas sente-se igualmente um companheirismo e força de vontade pouco comum nos filmes portugueses.

Entre as referências aos heróis da Marvel, aos filmes de terror slash e giallo dos anos 80 - onde ainda descortino uma pseudo-Carrie interpretada pela talentosa Gabriela Barros -, ao nonsense dos Monty Python, também se encontram alusões à História de Portugal ou à mitologia (a Guerra Colonial, a Batalha de Aljubarrota, as Amazonas...). Tudo isto para Linhas de Sangue se perder em si mesmo. Será que funcionaria melhor numa série de curtas-metragens?


O elenco é infindável (muitas pequenas participações que nos farão sorrir), mas dele destaco quem mais me deu gosto ver no grande ecrã (curiosamente, o elenco feminino destaca-se): Marina Mota, Gabriela Barros, Catarina Furtado e o grande José Raposo.

Muito sangue e decotes, muito sarcasmo, algumas boas histórias pelo meio, mas pouco sumo, pouco conteúdo valorativo. Uma remontagem poderia ajudar a que não sentíssemos cortes tão bruscos entre histórias (por vezes parece que estamos a ver outro filme) e uma duração tão excessiva.

São 54 actores, dois realizadores e uma equipa inteira a divertirem-se a valer. É uma pena que não funcione da mesma forma para a plateia. Ainda assim, um esforço admirável no cinema português.