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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Oscars 2016: Melhor Filme

Chego, finalmente, à análise dos nomeados para Melhor Filme. Esta é uma edição em que sinto a ausência de filmes que gostei muito e não conseguiram a nomeação - Os Oito Odiados, 45 Anos ou Carol, por exemplo. Ainda assim, há três filmes que, a meu ver, mereciam a estatueta dourada. Eis os oito nomeados, mais uma vez por ordem de preferência.

É o meu preferido do coração. Emocionou-se e surpreendeu-me por se revelar muito mais profundo e do que poderia parecer à primeira vista. O romance existe, sim, mas em jogo está algo maior: o sentimento de pertença. Afinal, onde está o nosso verdadeiro Lar? John Crowley vai até aos anos 50 e, apesar da dura jornada dos irlandeses, as cores e o ambiente são vivazes, cheios de sorrisos, de música e alegria, e, mesmo nos momentos dramáticos e introspectivos, a cor predomina, como uma esperança que não se desvanece.

Uma experiência inebriante e cruel para o espectador. The Revenant é um filme pesado, onde o instinto de sobrevivência é alimentado pelo desejo de vingança, numa jornada violenta e visceral. Desta vez, Iñárritu exibe-se mas com brilhantismo e proporciona aos actores um desafio como poucos.

Era, possivelmente, o menos esperado dos nomeados, mas ele cá está e em força. As cores fortes pintam a desolação deste mundo apocalíptico dominado por homens demoníacos. Mad Max regressou ao grande ecrã em grande forma e, desta vez, até é ofuscado pelo brilho das mulheres de armas que lutam pela dignidade dos seus. Uma surpresa cheia de acção, girl power, com George Miller ao comando a mostrar como, fiel ao original q.b., Mad Max também se sabe actualizar.

Boas histórias de jornalistas são comigo. Despertam-me inevitavelmente o interesse. O Caso Spotlight não será um filme especialmente marcante, mas é um excelente regresso aos filmes de jornalistas, dos bons. O realizador trouxe para o cinema uma das grandes investigações jornalísticas dos últimos tempos e conta-a ao mundo. Simples e eficaz, o filme de Tom McCarthy faz o que os jornalistas têm por regra fazer: contar um "estória" - com clareza e dedicação.

A Queda de Wall Street mune-se de um argumento bem construído e resulta numa critica mordaz ao ciclo vicioso do crédito. Com muito humor, Adam McKay é tão simples como arrojado e dá uma aula sobre a crise à plateia, provoca-a. Usa a câmara como se de um documentário se tratasse, aproximando o espectador das personagens, das suas expectativas e desilusões. Os actores, por vezes, olham-nos nos olhos e falam para a câmara, integrando-nos como se não houvesse qualquer ecrã a separar-nos. Somos uma espécie de espectador-participante. 

Spielberg mune-se dos actores ideais, e dá-nos mais uma lição de história, com personagens bem exploradas e um suspense de invejar. A desconfiança paira nas sombras, nas ruas geladas e inseguras, nas salas de negociação. Mais ou menos conhecedores desta época, é impossível tirar os olhos do ecrã e o tempo - quase 2h30 de filme - passa a voar.

Ridley Scott já teve muito mais êxito e ambição ao viajar no espaço. Perdido em Marte é bom entretenimento, mas o público parece conseguir adivinhar cada novo desenvolvimento da narrativa, cada nova "surpresa" e até o final - que poderia ter sido muito mais impactante. Afinal, quem acabou por se perder no planeta vermelho foi o realizador. Esperemos que, pelo menos por lá, encontre a inspiração necessária para as sequelas de Prometheus.

Querem arruinar uma boa história? Quarto ensina-vos como. Nos cativantes primeiros 50 minutos, a longa-metragem esgota totalmente a ideia que tinha ainda muito por explorar e transforma-se em mais um filme sentimental, a chamar pela lágrima fácil.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Os Melhores do Ano: Top 20 [20º-11º] #2015

Muitos foram os filmes que estrearam nas salas nacionais ao longo de 2015. Um ano de escolhas difíceis no que a Melhores do Ano diz respeito e em que poucos filmes me deixaram realmente encantada. Mas o fim do ano está aí e não há como fugir aos tops, pelo menos por aqui.

Em jeito de balanço, o Hoje Vi(vi) um Filme apresenta, como sempre, o seu top 20 (sempre tendo em conta a estreias no circuito comercial de cinema português) do que de melhor se fez no cinema.

Aqui ficam os meus eleitos, do 20º ao 11º lugares (hoje, porque amanhã podiam ter outra ordem qualquer).



Damos de caras com o desespero de alguns, com a dor, mas também com a esperança, a amizade e o amor. Depois de Pára-me de Repente o Pensamento não seremos os mesmos e Miguel também não. A magia do plano final é um culminar em beleza de um trabalho que fazia falta e que devia chegar a todos.

19. As Nuvens de Sils Maria (Clouds of Sils Maria), de Olivier Assayas, 2014


Uma protagonista fortíssima, numa luta existencial entre o seu eu, a personagem que interpretou em jovem e a mulher fragilizada de quem vai vestir a pele agora. Muito mais do que o dilema do actor, As Nuvens de Sils Maria oferece uma excelente interpretação de Juliette Binoche, num dilúvio de emoções, dúvidas, sexualidade e o medo de envelhecer.

18. O Conto da Princesa Kaguya (Kaguyahime no monogatari), de Isao Takahata, 2013


Delicado como a sua protagonista, O Conto da Princesa Kaguya envolve-nos num mundo de fantasia e de lendas japonesas. É um apelo aos sentidos e sentimentos, com uma animação simples, de cores suaves e traços cheios de movimento e magia.

17. Táxi (Taxi), de Jafar Panahi, 2015


Panahi reinventa-se a cada novo filme - ou não-filme. O cineasta proibido de filmar por 30 anos está cada vez melhor e, desta vez, é como motorista de Táxi que denúncia a realidade - ficcionada, é certo, mas não deixa de ser real - iraniana e a forma como se sente aprisionado no seu país. O humor provocatório é contrabalançado com a dor inerente ao estado do cinema no Irão.

16. As Mil e Uma Noites: Vol. 3, O Encantado, de Miguel Gomes, 2015


O capítulo final da trilogia de Miguel Gomes é, como o seu título refere, o mais encantado e positivo. Entre a fantasia do imaginado mundo de Xerazade, cheio de personagens de encantar, aos tentilhões que cantam sem parar, há uma magia que paira e que convida a perdermo-nos em mais histórias dos portugueses.



J.J. Abraams não deu nenhum passo maior do que a perna. A longa-metragem não extrapola os limites, vem matar saudades e manter o ambiente e o tom dos primeiros filmes. A base da saga é sólida e o realizador vem fazer exactamente o que o título diz: despertar a força, novamente. Recupera personagens, as suas histórias, e acrescenta novos focos de atenção, novos protagonistas, alguma novidade. Abraams sabe o que tem em mãos e preservar a nostalgia do passado era certamente o que os fãs mais desejavam. 

14. Mad Max: Estrada de Fúria (Mad Max: Fury Road), de George Miller, 2015


As cores fortes pintam a desolação deste mundo apocalíptico dominado por homens demoníacos. Mad Max regressou ao grande ecrã em grande forma e, desta vez, até é ofuscado pelo brilho das mulheres de armas que lutam pela dignidade dos seus. Uma surpresa cheia de acção, girl power, com George Miller ao comando a mostrar como,fiel ao original q.b., Mad Max também se sabe actualizar.

13. O País das Maravilhas (Le meraviglie), de Alice Rohrwacher, 2014


Entre famílias disfuncionais e sonhos perdidos, este país das maravilhas é o que a pequena Gelsomina ambiciona para si e para os seus. O mel, as abelhas e os que delas precisam para sobreviver formam uma história que se estranha, mas igualmente se entranha com uma magia muito especial.



Um argumento simples, realista, onde as palavras não dizem tudo e são os olhares, os gestos e os momentos de introspecção que nos ajudam a saber o que vai dentro de cada personagem, conhecer os seus dilemas, a sua dor. Desde o David rebelde, sem futuro em vista, ao David protector da mãe, da irmã e do avô - que paira sempre como um espectro ausente mas muito presente e cuja importância na vida do protagonista parece ser crucial -, o David apaixonado, desiludido, desencantado, revoltado, perdido...



A estreia de Alex Garland na realização retoma os dilemas éticos da Inteligência Artificial do cinema de ficção científica e tem ao comando uma protagonista fabulosa. Em Ex Machina, o realizador enclausura-nos numa isolada e "fortificada" casa-laboratório, conduz-nos por cenários incríveis e introduz-nos num ambiente claustrofóbico, onde deuses e homens parecem coexistir. Naquela casa há algo nunca antes visto, mas isso não nos coloca num futuro muito longe do presente actual. 

terça-feira, 19 de maio de 2015

Sugestão da Semana #168

Das estreias da passada Quinta-feira, um destaque a dobrar e para gostos bem diferentes aqui no Hoje Vi(vi) um Filme. A Sugestão da Semana recai então sobre É Difícil Ser um Deus e Mad Max: Estrada da Fúria.

É DIFÍCIL SER UM DEUS


Ficha Técnica:
Título Original: Trudno byt bogom
Realizador: Aleksey German
Actores: Gali Abaydulov, Yuriy Ashikhmin, Remigijus Bilinskas
Género: Drama, Ficção Científica
Classificação: M/16
Duração: 170 minutos



MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA


Ficha Técnica:
Título Original: Mad Max: Fury Road
Realizador: George Miller
Actores: Tom Hardy, Charlize Theron, Nicholas Hoult
Género: Acção, Aventura, Ficção Científica
Classificação: M/14
Duração: 120 minutos

sábado, 16 de maio de 2015

Estreias da Semana #168

Esta Quinta-feira, e no rescaldo da Festa do Cinema, chegaram às salas nacionais nove filmes. O regresso às salas de três longas-metragens de Paulo Rocha (Os Verdes Anos e Mudar de Vida em versões digitais restauradas) e Mad Max: Estrada da Fúria marcam a semana.

Bobô (2013)
Sofia vive isolada num velho apartamento de família onde até o pó parece ser preservado. A pedido da sua mãe chega Mariama, uma jovem guineense, para ajudar a cuidar da casa e do seu filho. Mas onde está este filho que nunca vemos? Bobô, irmã mais nova de Mariama, vai despertar em Sofia uma vontade de sair do casulo. Atrás do seu sorriso confiante, Mariama atormenta-se com a ameaça da mutilação genital feminina a que Bobô está prestes a ser submetida… O encontro entre Sofia e Mariama fá-las confrontarem-se com os seus fantasmas.

Chique! (2015)
Chic!
O luxo, a moda, o estilo, os perfumes: a excelência francesa e muito mais, parisiense. Neste filme, o ambiente de vida sofisticado e atribulado desta movimentada comédia irá conduzir-nos através de dois mundos opostos. Fraquezas, paixões, confrontos, sinceridade, afinidades e muitos mais são os aspectos pelos quais se regem os protagonistas da história.

É Difícil Ser Um Deus (2013)
Trudno Byt Bogom
É difícil ser um deus: sobretudo se cairmos, como extraterrestres, num planeta igual à Terra, e formos aclamados como divindades num tempo vivido há 800 anos. O filme pega num livro de Arkady e Boris Strugatsky e no conflito entre dois mundos – o conhecimento de toda uma evolução cognitiva e o desejo de a impor no tempo das trevas – para servir de estudo sobre a natureza humana. Planeado durante quatro décadas, o último filme do realizador russo Aleksei German foi terminado, depois da sua morte em 2013, pelo seu filho e realizador Aleksei German Jr

Mad Max: Estrada da Fúria (2015)
Mad Max: Fury Road
Perseguido pelo seu turbulento passado, Mad Max acredita que a melhor forma de sobreviver é não depender de mais ninguém para além de si próprio. Ainda assim, acaba por se juntar a um grupo de rebeldes que atravessa a Wasteland, numa máquina de guerra conduzida por uma Imperatriz de elite, Furiosa. Este bando está em fuga de uma cidadela tiranizada por Immortan Joe, a quem algo insubstituível foi roubado. Exasperado com a sua perda, o Senhor da Guerra reúne o seu letal gang e inicia uma impiedosa perseguição aos rebeldes e a mais implacável Guerra na Estrada de sempre.

Mudar de Vida (versão digital restaurada) (1967)
Uma praia de pescadores, o mar que a pouco e pouco vai conquistando a terra. A luta do homem com o mar e sobretudo a luta entre a tradição e o progresso. No centro do drama estão as relações sentimentais, difíceis e quase absurdas que unem um pescador, Adelino, de regresso da guerra de África, e duas mulheres, Júlia, uma mulher do mar (à moda antiga), e Albertina, uma operária misteriosa e selvagem. Voltando do Ultramar, Adelino encontra Júlia, a sua antiga namorada, casada com o seu irmão. O drama surge…

O Sapateiro Mágico (2014)
The Cobbler
Um solitário sapateiro de Nova Iorque (Adam Sandler) costuma arranjar os sapatos de clientes experientes na arte de viver. Juntamente com o seu amigo barbeiro (Steve Buscemi), espera ansiosamente por ter a sua própria aventura, mas enquanto isso não acontece vê a sua vida passar diante dos seus olhos sem conseguir fazer nada. Quando recebe uma generosa herança de família, surge a possibilidade deste sapateiro assumir outro papel e ver o mundo de uma forma diferente.

Os Verdes Anos (versão digital restaurada) (1963)
Um rapaz de 19 anos, Júlio, vem para Lisboa a fim de tentar a sua sorte como sapateiro. No dia em que chega à capital, um acidente fá-lo conhecer Ilda, uma rapariga da mesma idade, empregada doméstica num prédio perto do local de trabalho de Júlio.

Prisioneira (2014)
The Captive
A adolescente Cassandra (Alexia Fast) está presa contra a sua vontade, incapaz de comunicar à sua família que está viva. Oito anos antes, quando Cass tinha apenas nove anos e foi raptada da carrinha do pai, Matthew (Ryan Reynolds), ele contactou de imediato as autoridades que o viram como o principal suspeito. Hoje, o casamento de Matthew deteriorou-se e este continua a ser investigado pela polícia, que tenta decifrar o problema mas sem conseguir levar as pistas a algum sítio conclusivo. O tempo passou, mas quase nada mudou, e caberá a Mathew e à própria Cassandra reparar a distância que se instalou na família.

Se Eu Fosse Ladrão Roubava (2013)
Estamos nos anos vinte, um pequeno lavrador de S. Vicente vê o seu pai morrer com a peste que dizima o país. Alguns anos mais tarde, de todos os irmãos, Vitalino é o mais aguerrido e toma o lugar de homem da casa. Mas a aldeia onde vive é demasiado pequena para as suas aspirações, e decide rumar ao Brasil deixando as suas irmãs encarregues dos trabalhos da casa. Em paralelismo com a história de Vitalino entramos no mundo cinematográfico de Paulo Rocha, percorrendo os seus filmes e fantasmas ao longo destes anos. 

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Mad Max: Estrada da Fúria - Trailer e Poster

Eis mais um trailer de Mad Max: Estrada de Fúria, de George Miller. Depois da trilogia original, o quarto filme de Mad Max promete. O poster português também já é conhecido.