Para finalizar a análise aos nomeados, eis as oito longas-metragens na corrida para o Oscar de Melhor Filme. No geral, temos um grupo com qualidade e competência, mas longe de ser um conjunto estrondoso. Há dois filmes muito bons, seguidos de perto por outros dois. Há um dos nomeados que se destaca pela negativa - um filme fraco que não merece a nomeação. Sentem-se as ausências de títulos como Another Round, Malcolm & Marie ou mesmo One Night in Miami..., que poderiam ocupar alguns dos lugares da lista de nomeados de 2021.
Mas é tudo uma questão de votos dos membros da Academia e de opinião. Aí ficam os nomeados para o Oscar de Melhor Filme, por ordem de preferência.
1. Sound of Metal (Amazon Studios)
Sound of Metal, de Darius Marder, leva-nos numa experiência sensorial ao universo da surdez. A violenta viagem que o realizador nos propõe é um confronto de emoções, ruídos e silêncio absoluto, numa aprendizagem permanente e restruturação pessoal total para voltar a viver. E mesmo sem ouvir, a música pode continuar presente - tal como a esperança.
3. Nomadland - Sobreviver na América (Searchlight Pictures)
Chloé Zhao criou um road movie melancólico e realista, que convida à introspecção, enquanto viajamos estrada fora pelas planícies sem fim do Oeste dos EUA. Para além da crítica socio-político, o filme apela ao autoconhecimento, à relação dos humanos com a perda e à harmonia entre o Homem e a Natureza.
4. Uma Miúda com Potencial / Promising Young Woman (Focus Features)
Uma Miúda Com Potencial (Promising Young Woman) é um thriller em tons de rosa, onde Carey Mulligan encarna a vingança feminista. A estreia de Emerald Fennell na realização de longas-metragens alia a angústia ao humor sarcástico, num resultado extremamente desafiador. Um revenge movie no seu esplendor, com características que o tornam singular: provocador, sensual, feminino, delicado e inteligente (menos o seu final!).
5. Os 7 de Chicago / The Trial of the Chicago 7 (Netflix)
Entre vinganças políticas, muita violência e um juiz incapaz de imparcialidade, constrói-se a acção de Os 7 de Chicago. Através do elenco que dá vida ao filme, Aaron Sorkin faz-nos olhar para o passado, através destas personagens, e constatar como há ainda tanto a fazer política e socialmente e, afinal, tão pouco mudou desde 1968.
7. Judas and the Black Messiah (Warner Bros.)
8. Minari (A24)
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