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domingo, 25 de junho de 2023

Sugestão da Semana #566

Das estreias da passada Quinta-feira, a Sugestão da Semana destaca Cidade Rabat, de Susana Nobre. O Hoje Vi(vi) um Filme já tem crítica à longa-metragem.

CIDADE RABAT


Ficha Técnica:
Título Original: Cidade Rabat
Realizadora: Susana Nobre
Elenco: Raquel Castro, Paula Bárcia, Paula Só, Sara de Castro, Laura Afonso
Género: Drama
Classificação: M/12
Duração: 101 minutos

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Crítica: Cidade Rabat (2023)

*7/10*


Cidade Rabat, de Susana Nobre, é uma tragicomédia sobre o processo do luto e como cada um o experimenta de formas tão distintas.

"Helena tem 40 anos e uma filha com 12 anos chamada Maria com quem vive, em semanas alternadas com o pai. Helena trabalha como produtora de cinema e sente-se reprimida pelo quotidiano burocrático das suas funções. Após a morte da mãe, Helena é atingida por um sentimento de orfandade enegrecido pela morbidez que a envolveu nos últimos tempos. Esse olhar tocado pelas misérias e tristezas do mundo, na equidistância em que se encontra entre o princípio e o fim da vida, provocam em Helena o despertar de uma segunda adolescência."


Helena
- um belíssimo desempenho de Raquel Castro - é uma mulher recatada, de poucas palavras, que expressa pouco o que sente e passa os dias entre o trabalho como produtora, as visitas à mãe idosa (que rasga fotografias como quem quer eliminar o Passado) e a convivência, nem sempre fácil, com a filha adolescente. É após a morte da mãe que, contrariando a tristeza que sente, ganha um espírito mais aventureiro e desafiador, mas vê, inicialmente, a bebida como principal aliada. É como se, nos primeiros dias, a protagonista vivesse numa dualidade entre a melancólica noção de finitude e a constatação de que tem de aproveitar a vida ao máximo.

Local de rodagens e de muito trabalho durante o dia, o bairro da Estrada Militar, na Reboleira (que tem sido tantas vezes filmado por Basil da Cunha, e que Cidade Rabat reencontra algumas caras conhecidas dos filmes do realizador luso-suíço) surge como refúgio nocturno para Helena durante uma festa com muita música, dança e bebida, quase uma realidade paralela de fuga à realidade e à dor. E é durante essa noite que a vida de Helena sofre uma reviravolta, em jeito de ensinamento.


O que se segue é uma reconciliação consigo mesma e com quem a rodeia. Helena desaba e reergue-se, criando e reforçando laços, e usa o luto para se reconstruir. Cidade Rabat segue de perto os altos e baixos destes dias da vida de Helena, sempre com um humor subtil - por vezes envergonhado - a acompanhar os percalços e tristezas que sucedem.

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Alvalade Cineclube apresenta BOOMBOX - ciclo de cinema dedicado à música - em Fevereiro

O Alvalade Cineclube apresenta o BOOMBOX, um ciclo de cinema dedicado à música, que terá lugar todas as Quintas-feiras de Fevereiro, às 21h00, no Cinema Fernando Lopes, em Lisboa.

Serão exibidos quatro documentários sobre música, som e aos artistas que os criam. O primeiro é Soa, de Raquel Castro, que apresenta uma visão sobre "o seu festival lisboeta, dedicado ao som e às suas expressões artísticas. Durante anos a realizadora filmou experiências, depoimentos e manifestações sonoras do melhor que se faz pelo mundo". A segunda semana de Fevereiro conta com uma sessão puramente islandesa, com dois filmes: When we are born, de Vincent Moon, segue o pianista Ólafur Arnalds numa viagem pelo que ouve e dá aos outros; e Grandma Lo-fi, de Ingibjörg Birgisdóttir, Kristín Björk Kristjánsdóttir e Orri Jónsson, sobre a "avozinha" Sigríður Níelsdóttir, mulher dos sete instrumentos que deu em artista de música electrónica.

A terceira semana do ciclo conta com Os Doces Bárbaros, a forma como "Gal Costa, Maria Bethânia, Caetano Veloso e Gilberto Gil se apresentavam em 1976, para celebrarem uma década das suas carreiras individuais". O realizador Jom Tob Azulay documentou uma das tournées históricas do Brasil. O filme "é uma homenagem à recém falecida Gal Costa e uma celebração da música popular brasileira".

A fechar o ciclo BOOMBOX, estará Moonage Daydream, de Brett Morgen, filme sobre David Bowie, com imagens de arquivo pessoal (o realizador teve um acesso sem precedentes à colecção do cantor), actuações inéditas, ancorado na própria música e palavras do artista.

Ciclo BOOMBOX

2 Fevereiro - Soa, de Raquel Castro

9 Fevereiro - When we are born, Vincent Moon / Grandma Lo-fi, de Ingibjörg Birgisdóttir, Kristín Björk Kristjánsdóttir e Orri Jónsson

16 Fevereiro - Os Doces Bárbaros, de Jom Tob Azulay

23 Fevereiro - Moonage Daydream, de Brett Morgen

Mais informação em https://alvaladecineclube.pt/demo/portfolio-item/boombox/.

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Cinco longas-metragens de realizadoras portuguesas estreiam na Netflix

A partir de hoje, dia 4 de Novembro, há cinco novas longas-metragens de realizadoras portuguesas disponíveis na plataforma de streaming Netflix a nível mundial. 

A Metamorfose dos Pássaros, de Catarina Vasconcelos, Desterro, de Maria Clara Escobar, Mar, de Margarida Gil, Simon Chama, de Marta Sousa Ribeiro, e Soa, de Raquel Castro, foram os projectos vencedores da convocatória aberta lançada pela Netflix e pela Academia Portuguesa de Cinema, "com o objectivo de apoiar as produtoras, guionistas e realizadoras nacionais que estiveram envolvidas diretamente em longas-metragens portuguesas de ficção e/ou documentário"

De um total de 31 candidaturas apresentadas, referentes a longas-metragens finalizadas entre 2019 e 2020, o concurso pretendia colmatar as disparidades de género no sector do cinema e audiovisual.

A estreia dos filmes acontece na véspera da celebração do Dia Mundial do Cinema, a 5 de Novembro.

O comité de selecção foi constituído por Carla Chambel, actriz, formadora  e vice-presidente da Academia Portuguesa de Cinema; Fátima Ribeiro, guionista, professora e realizadora; Isadora Laban, Gestora de Conteúdos da Netflix Portugal e Espanha; e Tota Alves, guionista e realizadora.

Sobre as cinco longas-metragens:

"A Metamorfose dos Pássaros, com Catarina Vasconcelos na realização e Joana Gusmão na produção, este é um filme que retrata a história da família da cineasta Catarina Vasconcelos, abordando temas complexos como o amor, a distância a maternidade."

"Desterro, com realização de Maria Clara Escobar, uma longa-metragem que  no feminino sobre a vida e as várias vidas, onde a poesia motivou o guião, questionando a representação da ideia de família na sociedade contemporânea."

"Mar, com Margarida Gil na realização e argumento e Rita Benis como coargumentista, retrata a história de vida de uma ex-funcionária da Comissão Europeia que decide mudar de vida e embarcar num veleiro que vai seguindo a  rota dos descobridores Portugueses do séc. XVI em alto mar."

"Simon Chama, com Marta Sousa Ribeiro na realização e Joana Peralta na produção, um filme que conta a história de uma adolescente que procura escapar das amarras típicas da vertigem existente entre a infância e a idade adulta."

"Soa, com Raquel Castro na realização e argumento e Isabel Machado, Joana Ferreira e Sara Serra Simões na produção, aborda temas como as paisagens sonoras, o ruído e o silêncio e de que forma as paisagens sonoras afetam as pessoas, sendo que estas são na maior parte das vezes responsáveis pelo som que geram."