sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Estreias da Semana #651
Prémios César 2025: Nomeados
MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
domingo, 26 de janeiro de 2025
Sugestão da Semana #650
sábado, 25 de janeiro de 2025
Crítica: O Brutalista / The Brutalist (2024)
*8.5/10*
Os primeiros planos de O Brutalista, especialmente o que mostra a Estátua da Liberdade filmada de um ângulo incomum, são, desde logo, um alerta para a experiência opressiva que é o novo filme de Brady Corbet. Eis uma nova forma de filmar o Sonho Americano e como ele não é aquilo que se espera, agora num épico de quase quatro horas de duração - e com direito a um intervalo preparado e pensado pelo realizador.
Ao longo da primeira metade de O Brutalista, assistimos às tentativas de integração de Lázló na sua nova vida, inicialmente ajudado pelo primo, depois por ele descartado, o arquitecto cai na miséria e decadência até ao aparecimento da família de Harrison Lee Van Buren.
Se, por um lado, parece que finalmente alguém reconhece o seu trabalho de excelência na Hungria - que resistiu à guerra -, e o contrata para uma obra extremamente ambiciosa; por outro, há obsessões que começam a revelar-se, mesmo com a chegada há tanto esperada de Erzsébet.
A banda sonora de O Brutalista é quase mais uma personagem. Inebriante e intensa, adensa, mais ainda, a opressão do filme. Deixa no ar uma intranquilidade latente, fazendo crer que o pesadelo de Lázló está longe de acabar.
Com uma direcção de fotografia fundamental para unir toda a longa-metragem, eis o visual triste, sombrio, onde abundam as cores frias e escuras e onde também o aspecto da película de 35mm, apresentada inteiramente no formato VistaVision - muito comum na época em que se passa O Brutalista -, transportam a plateia para o isolamento da casa de Harrison e da mente de Lázló.
Depois de A Infância de um Líder (2015) e Vox Lux (2018), é O Brutalista que traz o nome de Brady Corbet para as bocas do mundo - e ainda bem. Há muito tempo que merecia o reconhecimento que parece ter chegado agora, 10 anos depois da sua primeira (e tão prometedora) longa-metragem.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Oscars 2025: Nomeados
Melhor Realizador
quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Estreias da Semana #650
quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Razzie Awards 2025: Nomeados
segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
Crítica: Emilia Pérez (2024)
Sugestão da Semana #649
sábado, 18 de janeiro de 2025
Crítica: Lobisomem / Wolf Man (2025)
"Sometimes when you're a daddy, you're so scared of your kids getting scars that you become the thing that scars them"
Blake
*4.5/10*
Leigh Whannell é um realizador com um percurso curto mas ascendente. Se o distópico Upgrade (2018) atraiu as atenções para o seu trabalho e criatividade, O Homem Invisível (2020) tornou-o mundialmente famoso. Lobisomem (2025) parece ser a primeira pedra no seu caminho enquanto cineasta.
Pegando em mais uma personagem do terror, Leigh Whannell não consegue, contudo, transpor o lugar comum do lobisomem clássico, apesar das tentativas para o tornar mais humano.
"Blake herda a sua remota casa de infância na zona rural do Oregon depois do seu pai desaparecer e ser dado como morto. Com o casamento desgastado, Blake convence a esposa Charlotte a visitar a propriedade com a filha de ambos, a pequena Ginger. Quando a família se aproxima da casa, são atacados por um animal que não conseguem identificar. Numa fuga desesperada, barricam-se dentro da casa enquanto a criatura ronda o perímetro. À medida que a noite avança, Blake começa a comportar-se de forma estranha e transforma-se em algo irreconhecível. Charlotte vê-se forçada a optar entre o terror dentro de casa e o perigo que as espera lá fora."
A premissa de Lobisomem passa por um passado familiar mal resolvido entre Blake e o pai. O protagonista cresceu delimitado por regras e disciplina, qual soldado raso do pai, que via na sua extrema proteção o melhor acto de amor que poderia demonstrar pelo filho. Sem mãe, a criança vivia com o progenitor, rodeados pela floresta e por um receio extremo dos adultos da região, que Blake não compreendia na totalidade. Quando cresce, o protagonista vai viver para a cidade e perde o contacto com o pai, entretanto desaparecido.
O passado esquecido regressa para compensar os anos de afastamento quando chega a Blake a informação da morte do pai, há tanto tempo em parte incerta. O regresso à casa onde cresceu, juntamente com a família que entretanto constituiu na cidade, torna num pesadelo aquilo que queriam que fosse um tempo de reconciliação e união. Regressam os terrores, e um ser meio humano, meio animal persegue-os - ou será uma doença?
Infelizmente, os mistérios de Lobisomem não se mantêm por muito tempo, o que desaponta a plateia, que nem jump scares encontra nesta longa-metragem de terror (e aqui o trailer é muito enganador). A tragédia iminente, todavia, está patente desde o início.
O lobisomem de Leigh Whannell é percebido como alguém que padece de uma doença transmissível, que o vai transformando, aos poucos, e, aparentemente, incurável. Perde capacidades humanas, o seu corpo entra em decadência. O realizador pretende conferir-lhe um lado mais humanizado, em especial através da relação de Blake com a filha.
A caracterização é muito competente e segue esta ideia de humanizar o protagonista, sendo que um dos maiores pontos fortes de Lobisomem são os efeitos visuais práticos, onde não foi usado qualquer CGI.
Leigh Whannell falha o seu propósito quase desde o início. Não se constrói uma ligação forte à família de Blake por parte da plateia. A relação entre os três é fria e pouco natural, e nem Christopher Abbott, nem Julia Garner conseguem criar esse laço. Só mesmo a jovem Matilda Firth, Ginger, se esforça realmente por tentar unir elenco e plateia.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
MONSTRARE - Mostra Internacional de Cinema Social regressa a Loulé de 18 a 25 de Janeiro
A MONSTRARE - Mostra Internacional de Cinema Social está de regresso a Loulé, de 18 a 25 de Janeiro, e integra a programação do Algarve Film Week.
A mostra será composta por documentários, curtas e longas-metragens, bem como workshops, talks, momentos dirigidos à indústria e um programa do festival MOTELx. Trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal de Loulé através do Loulé Film Office e a entrada é livre.
![]() |
Flow, de Gints Zilbalodis |
No dia 18 de Janeiro, pelas 17h00, a Monstrare arranca no Auditório Solar da Música Nova, com a apresentação do Programa de Apoio Audiovisual e, logo de seguida, às 18h00 é apresentada a performance {EYE} Cult.
A programação cinematográfica inicia-se no Domingo, 19 de Janeiro, no Pavilhão Multiusos 25 de Abril, em Almancil, com a exibição do filme de animação Robot Dreams - Amigos Improváveis, de Pablo Berger, que narra a história da amizade entre um cão e um robot, na Nova Iorque dos anos 80.
Com o MOTELx como convidado do Algarve Film Week, o festival de terror lisboeta irá programar dois dias: a 20 de Janeiro, serão exibidos o filme de animação Flow, de Gints Zilbalodis; e Oddity, filme de terror do irlandês Damian McCarthy. Neste dia, haverá ainda um workshop prático de cinema, intitulado Cria a tua Própria História de Terror. No dia seguinte, 21 de Janeiro, às 14h00, será apresentada a Melhor Curta Portuguesa MOTELx e, à noite, o filme Vampira Humanista Procura Voluntário Suicida (Humanist Vampire Seeking Consenting Suicidal Person), de Ariane Louis-Seize, um coming-of-age, que balança entre romance e terror.
A curta-metragem de animação A Rapariga Que Caminhava Sobre a Neve, de Bruno Carnide, é exibida na EB 2/3 D. Dinis, em Quarteira, no dia 22 de Janeiro. À noite, no Cineteatro Louletano, em antestreia nacional, é exibido o filme Noites Claras, escrito e realizado por Paulo Filipe Monteiro.
No dia 23 de Janeiro, às 21h00, o documentário Energia Nuclear Já!, de Oliver Stone, é exibido no Cineteatro Louletano. Já na noite de 24 de Janeiro, será apresentado L´Empire, de Bruno Dumont, também no Cineteatro Louletano.
A encerrar a programação da Monstrare, estará Lindo, de Margarida Gramaxo, no dia 25 e Janeiro, às 14h30. Este documentário ficcional acompanha um caçador de tartarugas da Ilha de Príncipe, que decide mudar de vida para começar a proteger esta espécie marinha contra os seus predadores.
Workshops, Talk, Encontros e Prémios Cinetendinha
No âmbito do programa do Algarve Film Week, terão lugar várias iniciativas ligadas ao cinema, como o workshop Candidatura e Financiamento para Cinema, com o produtor Bernardo Lopes, que acontece nos dias 22 e 23 de Janeiro, das 18h00 às 20h00, na Black Box do Pavilhão Multiusos 25 de Abril, em Almancil. No dia 24 de Janeiro, às 18h00, realiza-se mais um encontro destinado a profissionais da área do cinema no Bar do Cineteatro Louletano. Para encerrar uma semana dedicada ao cinema, haverá o jantar Algarve Film Week no Palácio Gama Lobo, dia 25 de Janeiro, às 21h00.
A 5.ª edição dos Prémios Cinetendinha, promovidos pelo jornalista e crítico de cinema Rui Pedro Tendinha, terão lugar no sábado, dia 25 de Janeiro, às 18h00, no Cineteatro Louletano.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Estreias da Semana #649
BAFTA 2025: Nomeados
Melhor Filme Infantil e Familiar
Melhor Argumento Original
-
"Our faith is a living thing precisely because it walks hand-in-hand with doubt. If there was only certainty and no doubt, there would ...
-
O Festival Monstra 2025 terminou no passado dia 30 de Março e já são conhecidos os vencedores desta 25.ª edição. Percebes , de Alexandra Ra...