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domingo, 27 de março de 2022

Oscars 2022: Os Actores Principais

Foco-me agora nos nomeados para o Oscar de Melhor Actor. Mais uma categoria em que não assisti ao filme de um dos nomeados (Andrew Garfield em Tick, Tick... Boom!), e onde o vencedor é quase certo (Will Smith, como Richard Williams, parece ter a vantagem). Ainda assim, ainda há outras possibilidades em aberto. Dos quatro nomeados a que assisti, um destaca-se com grande distância dos restantes. 

Se fosse eu a escolher, facilmente colocaria nesta lista o actor japonês Hidetoshi Nishijima, pelo desempenho em Drive My Car, ou Oscar Isaac, por The Card Counter

Eis os nomeados, por ordem de preferência.

1. Benedict Cumberbatch (The Power of the Dog)

Sempre exímio no que faz, Benedict Cumberbatch é Phil, um homem cruel e intransigente como forma de esconder os sentimentos recalcados que guarda. Vê a esposa do irmão como uma ameaça, que tanto o receia como o desafia, e o filho desta surge como um desafio ainda maior: Phil quer domá-lo à sua medida, rebaixá-lo, ao mesmo tempo que se identifica com ele. Num tão grande cocktail de sentimentos - muitos deles contraditórios -, Cumberbatch nunca perde a postura imponente que o caracteriza e que tão bem assenta neste protagonista.

2. Denzel Washington (The Tragedy of Macbeth)

Na pele de Macbeth, Denzel Washington é glorioso em cena como só ele é capaz - num misto entre o teatral e o cinematográfico. A personagem vive entre a hesitação, a cobardia e o remorso, a que se segue a sede de poder, muito por influência da esposa. A evolução do casal protagonista é fabulosamente interpretada pelos actores, que vão da discrição à loucura em pouco tempo e se transformam também fisicamente consoante as mudanças do enredo.

3. Will Smith (King Richard)

Na pele de Richard Williams, o pai controlador de Venus e Serena, Will Smith tem grandes chances de levar para casa o Oscar de Melhor Actor. Não é o melhor desempenho entre os nomeados deste ano, mas esforça-se por incorporar a personalidade e alguns maneirismos da figura que interpreta, um homem que pretende que as filhas consigam afirmar-se como tenistas, muito para lá da cor da pele, não se deixem iludir pela fama, superem todos os estereótipos e possam inspirar tantas outras jovens como elas.

4. Javier Bardem (Being the Ricardos)

Eis que Javier Bardem foi nomeado pelo filme errado. O actor nunca faz um mau trabalho, longe disso, mas, neste caso, o esperado seria uma nomeação pelo filme espanhol O Bom Patrão. Surpresas à parte, como Desi Arnaz, Bardem tem um desempenho competente, especialmente na relação em cena com Nicole Kidman. Todavia, está muito longe de merecer uma nomeação.


Andrew Garfield (Tick, Tick … Boom!)


Sem avaliação.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Crítica: A Tragédia de Macbeth / The Tragedy of Macbeth (2021)

"Life is but a walking shadow... a poor player that struts and frets his hour upon the stage and then is heard no more. It is a tale told by an idiot... full of sound and fury, signifying nothing."

Macbeth


*7/10*

Joel Coen arriscou numa adaptação da obra de William Shakespeare e eis que surge A Tragédia de Macbeth (The Tragedy of Macbeth), uma versão mais minimalista e estilizada da peça.

"Macbeth, o Thane de Glamis, recebe uma profecia de um trio de bruxas de que um dia se tornará Rei da Escócia. Consumido pela ambição e incitado à acção pela esposa, Macbeth assassina o seu rei e toma o trono para si."


A Tragédia de Macbeth é uma obra sóbria e eficaz a relatar uma tragédia já tantas vezes filmada. Desta vez, a ambição e a sede de poder são encarnados por Denzel Washington e Frances McDormand, ele entre a hesitação, a cobardia e o remorso, ela capaz de corrompê-lo e aliciá-lo a cometer o crime para fazer cumprir a profecia das trevas. A evolução do casal protagonista é fabulosamente interpretada pelos actores, que vão da discrição à loucura em pouco tempo e se transformam também fisicamente consoante as mudanças do enredo.

Filmado a preto e branco, com cenários assolados por um nevoeiro cerrado, terrenos áridos, ruínas e o imponente castelo de Macbeth, desprovido de decoração, A Tragédia de Macbeth explora o misticismo da história criando o ambiente ideal, mas sem desviar a atenção dos actores. A direcção de fotografia de Bruno Delbonnel faz um excelente trabalho na criação de uma atmosfera fantasmagórica, tirando o melhor partido das cores neutras e jogando com luzes e sombras ao longo de toda a acção.

Joel Coen dotou o seu filme de uma forte componente teatral, seja pelos cenários espaçosos e com uma iluminação repleta de significância - qual palco no ecrã -, ou pelo modo como as palavras de Shakespeare são proclamadas pelos actores, eles mesmos com uma presença dramática muito forte.

A Tragédia de Macbeth distingue-se pelas opções estéticas singulares - tão cinematográficas - e por colocar uma tragédia tão reconhecida num patamar totalmente diferente das adaptações suas antecessoras.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Crítica: As Pequenas Coisas / The Little Things (2021)

 "It's the little things that are important, Jimmy. It's the little things that get you caught."

Deacon

*6/10*

Um thriller policial morno é a proposta de John Lee Hancock com As Pequenas Coisas. A obsessão de dois polícias com casos de assassinatos de mulheres por resolver, em 1990, dá o mote para a longa-metragem protagonizada por Denzel Washington, Rami Malek e Jared Leto.

"O xerife adjunto do condado de Kern, Joe 'Deke' Deacon (Washington) é enviado a Los Angeles para o que deveria ter sido uma simples recolha de provas. Em vez disso, envolve-se na perseguição a um assassino em série que aterroriza a cidade. O líder da busca, o sargento Jim Baxter (Malek) do Departamento do Xerife de L.A., fica impressionado com os instintos de Deke e pede-lhe para o ajudar de forma oficiosa. Mas enquanto tentam descobrir o rasto do homicida, Baxter desconhece que a investigação está a desenterrar ecos do passado de Deke e a revelar segredos perturbadores."

Desde o início, percebemos que há muito segredos escondidos ao longo de As Pequenas Coisas. As personagens Deacon e Baxter partilham muitas características, começando pela obsessão de encontrar o assassino, e o presente de um relembra o passado do outro - o trabalho de montagem usa de vários flashbacks para fazer o paralelismo entre os dois homens.

Originalidade não é algo que se possa apontar ao filme de John Lee Hancock, sendo que há momentos em que sentimos um dejà vu. Há semelhanças óbvias - mas muito menos inspiradas - com Sete Pecados Mortais, de David Fincher, mas o impacto no espectador é quase nulo.

O grande destaque de As Pequenas Coisas vai para Jared Leto, na pele de um suspeito que deixa os dois detectives com a cabeça a mil. Esta personagem secundária distingue-se pela singularidade dos gestos, voz e olhar vazio e alucinado, contrastando com a tranquilidade e frieza com que ganha todas as cenas em que surge no ecrã. O actor emana um magnetismo perturbador, intimidante e doentio, confirmando o talento que tem revelado em cada papel.

Sem grandes emoções ou reviravoltas, As Pequenas Coisas foca-se nos detalhes de uma investigação difícil de resolver e nos efeitos secundários na vida de quem se envolve em demasia. Vale pelas interpretações.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Oscars 2018: Os Actores Principais

Para finalizar, avalio agora os nomeados para o Oscar de Melhor Actor. Numa categoria onde o vencedor está quase certo, encontramos bons desempenhos, em especial os dois primeiros da minha lista. O último dos nomeados começa a ser a Meryl Streep no masculino, somando nomeações nos últimos anos e, apesar de ter uma boa prestação, havia outros nomes que poderiam ocupar o seu lugar na lista de nomeados. Falo, em especial, de James Franco. Eis os nomeados para Melhor Actor, por ordem de preferência:

1. Timothée Chalamet, Chama-me Pelo Teu Nome (Call Me By Your Name)


Timothée Chalamet retrata a inocência, os medos e a arrogância típicas da adolescência, a par da curiosidade imensa pelo que o rodeia. Como Elio, ele interioriza as dúvidas e a paixão avassaladora que é este primeiro amor. Vive e sofre com a mesma ânsia e deixa-nos arrebatados com uma interpretação tão adulta. Se um actor tão jovem é capaz de tanto, há que lhe dar o merecido valor.

2. Daniel Day-Lewis, Linha Fantasma (Phantom Thread)


Daniel Day-Lewis é metódico, elegante, encarna o estilista como se estivesse a fazer de si mesmo. Cada papel, cada novo Day-Lewis, ele que é um dos melhor actores da sua geração. Rígido mas frágil, apaixonado mas igualmente enlouquecido quando as emoções fogem ao seu controlo, é um homem aparentemente decidido mas que depende em demasia da irmã e de outras mulheres que compõem a sua vida. Ele esconde segredos nas bainhas, segredos que prefere partilhar com as roupas que desenha, mais do que com as pessoas que o rodeiam.

3. Gary Oldman, A Hora Mais Negra (Darkest Hour)


Gary Oldman desaparece na personagem e ganha todas as cenas em que entra. A caracterização fez um trabalho estupendo, e é mesmo difícil encontrarmos o actor, não fossem os olhos azuis e alguns trejeitos de boca. De resto, voz, movimentos, expressões estão totalmente entregues ao filme.

4. Daniel Kaluuya, Foge (Get Out)


Daniel Kaluuya, o protagonista Chris, mostra-se à altura do desafio. O actor é extremamente expressivo e cativa a audiência ao juntar na perfeição curiosidade, inocência e terror. Um estreante com potencial.

5. Denzel Washington, Roman J. Israel, Esq.

Denzel Washington é um grande actor e interpreta com coração cada papel que lhe dão. Roman J. Israel, Esq. não é excepção, onde veste a pele do protagonista homónimo, um advogado convicto e orgulhoso. De aparência extravagante e com algumas dificuldades de socialização, Washington surge ligeiramente diferente da imagem a que nos tem habituado. Roman é especialmente dedicado ao que defende e luta pelas suas convicções, mesmo quando um dilema moral se atravessa no seu caminho. Se a nomeação é merecida, talvez, mas há outros desempenhos tão ou mais merecedores deste lugar.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Oscars 2017: Os Actores Principais

Para finalizar, avalio agora os nomeados para o Oscar de Melhor Actor. Numa categoria onde o vencedor não é evidente, encontramos quatro desempenhos fabulosos (onde é quase impossível escolher o melhor) e uma prestação muito inferior às restantes. O melhor é que temos interpretações para todos os gostos. Eis os nomeados, por ordem de preferência:

Casey Affleck é o motor da narrativa e seguimo-lo de Boston a Machester-by-the-sea, entre o presente e passado, num conflito interior constante. Um homem triste, deprimido, com uma aura cheia de mágoa e culpa. O actor transparece todas estes sentimentos e emoções sem esforço e faz-nos nutrir facilmente uma simpatia tímida pela sua personagem reservada. Uma interpretação muito sentida e competente do actor que, cada vez mais, vai mostrando quem é o Affleck talentoso.

2. Viggo Mortensen por Capitão Fantástico (Captain Fantastic)
Viggo Mortensen é o outsider da categoria de Melhor Actor, pelo seu papel num filme sem mais nenhuma nomeação (mas que merecia, sem dúvida, estar na corrida para Melhor Argumento Original). O actor encarna uma personagem surpreendente, o homem que cria os filhos no meio da natureza, com exigência, rigor mas muito amor - à sua maneira. Poderá passar por lunático, vagueia entre a inconsciência e a vontade de que os filhos sejam os melhores e estejam o melhor preparados possível para o mundo. Firme e seguro ao início, a tristeza, o desalento e as dúvidas vão tomando conta da sua personagem ao longo de Capitão Fantástico. Uma verdadeira surpresa.

Ao lado de Emma Stone, Ryan Gosling canta, dança e representa. Em La La Land, o actor mostra a sua versatilidade, provando como se sabe reinventar e surpreender. Vai na sua segunda nomeação (que podia ser terceira, caso o tivessem nomeado pelo fabuloso papel em Blue Valentine), e ainda não é desta que leva o Oscar.

Denzel Washington encarna com a naturalidade da prática (representou no teatro esta mesma personagem, mais de 100 vezes) um homem de sonhos perdidos, que refugia no álcool os seus desgostos, em constante conflito com os filhos, ambicioso e egoísta. Quer fazer tudo pela família, mas são mais as oportunidades de triunfo que lhes rouba. Sendo quase omnipresente, não deixa de ser uma personagem incapaz de conquistar a plateia, tanta é a amargura que carrega em si. 

A ser nomeado, Andrew Garfield devia sê-lo por Silêncio, onde tem um desempenho especialmente bom a interpretar um padre jesuíta português no Japão, que sofre, perde-se e encontra-se, contra crenças e injustiças. Já em O Herói de Hacksaw Ridge, Garfield é dramático, frágil e inocente como a personagem pede, e cedo conquista a simpatia da plateia. No entanto, o fôlego que o filme precisa só chega quando passamos a ver Desmond tentar salvar os seus colegas feridos no campo de batalha. O actor é o anjo protector daquela batalha, incansável, mas de tão angelical, torna-se pouco convincente.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Crítica: Vedações / Fences (2016)

"Some people build fences to keep people out, and other people build fences to keep people in."
Bono

*7/10*

Vedações, de Denzel Washington, não engana: é um filme onde as palavras e interpretações ganham um espaço muito maior do que a própria imagem. É verdade, adapta uma peça de teatro ao cinema. 

É muito mais um filme de emoções e sentimentos do que de acontecimentos ou acções, que vive, em especial dos seus actores, com destaque para o casal protagonista Washington e Viola Davis.

Vedações retrata a vida e as frustrações de uma família operária afro-americana nos anos 50. Troy Maxson (Denzel Washington) é um homem que sonhou ser uma estrela de basebol mas que, devido à sua raça, se resignou a trabalhar na recolha do lixo para sustentar a família. Os conflitos existenciais consomem-nos e ameaçam destruir tudo à sua volta.


Adaptar uma peça de teatro ao cinema não é tarefa fácil. Washington fá-lo bem como realizador e protagonista, como bom conhecedor da peça de August Wilson das suas representações teatrais - mais de 100 vezes em palco como Troy. Não é de estranhar, portanto, a familiaridade com que o actor e parte do restante elenco (que também fez os mesmos papéis no palco) tratam o texto que representam.

Muito teatral, especialmente ao início, com longos diálogos, muito vocabulário e poucos silêncios. Vedações evidencia ainda mais a sua ascendência ao passar-se quase exclusivamente no mesmo espaço ao longo do filme - a casa da família Maxson.

Passado e futuro misturam-se nas tomadas de decisão das personagens e condicionam-nas. É curioso estabelecer certos paralelismos entre as personagens que ditam o seu rumo ao longo do filme. A relação familiar e os sonhos desfeitos de pais e filhos são o centro da narrativa e é a mãe Rose, quem procura conciliar diferenças e frustrações. A frase que Bono, o amigo fiel de Troy, diz a certo momento no filme, resume bem o papel da personagem feminina: "Some people build fences to keep people out, and other people build fences to keep people in." ("Alguns constroem vedações para manter as pessoas fora, outros constroem para as manter dentro").


A pairar sobre Vedações está uma componente religiosa e mística muito poderosa. O protagonista desafia muitas vezes a morte e o irmão Gabe tem um discurso desconexo sobre a mesma ideia. Troy trata a morte como um adversário com quem se propõe a lutar sempre que for preciso e Gabe, no meio da sua doença, fala de São Pedro e dos cães do Inferno com uma veemência que deixa os que o rodeiam assombrados.

O elenco é o motor desta longa-metragem que traz consigo tanto do teatro. O Troy de Denzel Washington e a Rose de Viola Davis são personagens dotadas de uma força avassaladora, toda ela conferida pelos actores com performances estrondosas. O protagonista encarna com a naturalidade da prática um homem de sonhos perdidos, que refugia no álcool os seus desgostos, em constante conflito com os filhos, ambicioso e egoísta. Quer fazer tudo pela família, mas são mais as oportunidades de triunfo que lhes rouba. Sendo quase omnipresente, não deixa de ser uma personagem incapaz de conquistar a plateia, tanta é a amargura que carrega em si. 


Viola Davis tem, por seu lado, o melhor desempenho do filme, com a sua Rose conciliadora mas muito magoada. A actriz é contida e defende a família com as armas que tem, mas explode com todas as emoções e ressentimentos quando assim tem de ser. De destaque é ainda a boa prestação de Mykelti Williamson como Gabe, o irmão de Troy terrivelmente marcado pela guerra. Apesar de ser uma personagem secundária, Gabe é de extrema importância para conhecermos Troy e traz consigo mágoa e uma espiritualidade muito característica.

Vedações traz o teatro ao cinema, mas consegue fazê-lo cativando a plateia que, apesar de estranhar tantas palavras e menos estímulos visuais, vai embrenhar-se da história da família Maxson e segui-la com verdadeiro interesse e preocupação.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Oscars 2013: Os Actores Principais

Depois das mulheres, seguimos para os homens, enumerando, sempre por ordem de preferência, os cinco nomeados ao Oscar de Melhor Actor.

1. Joaquin Phoenix em The Master - O Mentor
As possibilidades de ganhar são muito poucas para Joaquin Phoenix, mas é ele, sem dúvida, o grande merecedor do prémio. Em The Master - O Mentor, o actor presenteia-nos com uma interpretação exigente, onde se entrega ao problemático veterano de Guerra Freddie Quell, que balança entre o álcool, os problemas pessoais e sexuais, e a aparente pouca vontade de os ultrapassar. Phoenix confere à personagem tudo o que ela pede: a postura física, o descontrole emocional, a nostalgia do passado, a culpa que parece não o largar. Phoenix não levará o prémio para casa, mas tem consigo o reconhecimento de todos os que assistiram à sua performance de tirar o fôlego. É impossível ficar-lhe indiferente.

2. Daniel Day-Lewis em Lincoln
O mais provável vencedor do prémio para Melhor Actor é o meu segundo favorito de entre os nomeados. Day-Lewis não desilude na pele do Presidente Lincoln e a sua interpretação é muito competente. Frágil, mas decidido, e capaz de tudo para que a sua vontade - a aprovação da lei que ilegaliza a escravatura - seja cumprida, o actor oferece-nos um Lincoln muito credível, onde nem a caracterização, que o envelhece uns dez anos, nos faz duvidar do que quer que seja. Tudo aponta para que leve o Oscar para casa e, se tal se verificar, é merecido.

3. Hugh Jackman em Os Miseráveis
No musical de Tom Hooper, Jackman oferece uma participação interessante, onde volta a mostrar os seus dotes vocais (que ainda assim o deixam ficar mal algumas vezes durante a longa-metragem). Não sendo brilhante, o actor veste bem a pele do sofrido e corajoso Jean Valjean, surgindo irreconhecível no início de Os Miseráveis.

4. Denzel Washington em Decisão de Risco
Duplamente oscarizado, Denzel Washington soma este ano mais uma nomeação. Sabemos que o actor nunca descura nenhum papel, e como o piloto alcoólico Whip Whitaker também não desilude. Contudo esta não será certamente a sua melhor interpretação, e as probabilidades de Washington levar o prémio para casa são baixas.

5. Bradley Cooper em Guia para um Final Feliz
Surpreendentemente, Bradley Cooper tem sido muito aclamado pela sua interpretação em Guia para um Final Feliz. Com uma personagem bipolar que poderia ser interessante, Cooper começa bem, demonstrando ser capaz de muito mais do que nos tem habituado, mas rapidamente a interpretação se torna banal, ao mesmo tempo que a própria personagem perde a sua singularidade. Melhor do que a sua colega  no filme - Jennifer Lawrence -, é certo, o actor, ainda assim, não me convence.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Sugestão da Semana #46

De entre as estreias desta Quinta-feira, a Sugestão da Semana recai sobre o filme protagonizado por Denzel Washington.

DECISÃO DE RISCO

Ficha Técnica:
Título Original: Flight
Realizadores: Robert Zemeckis
Actores: Denzel WashingtonNadine Velazquez, Carter Cabassa
Género: Drama
Classificação: M/16
Duração: 138 minutos

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Estreias da Semana #46

Esta Quinta-feira, dia 10 de Janeiro, quatro são as estreias nos cinemas nacionais. Denzel Washington, Jennifer Lawrence, Bradley Cooper, Orlando BloomPenélope Cruz e Adrien Brody são alguns dos nomes protagonistas dos filmes desta semana.

Decisão de Risco (2012)
Flight
Denzel Washington protagoniza este thriller de acção que conta a história de Whip Whitaker, um experiente piloto de aviões, que consegue salvar quase todos os passageiros de uma catástrofe aérea. Após o acidente, Whip é recebido como um herói, no entanto, quanto mais se investiga, mais dúvidas surgem sobre o que realmente falhou e aconteceu no avião.

Guia para um Final Feliz (2012)
Silver Linings Playbook
Pat Solatano, interpretado por Bradley Cooper, perdeu tudo – a casa, o trabalho como professor e a mulher – e depois de passar oito meses numa instituição estatal para pessoas com distúrbios mentais, regressa a casa dos pais. Pat está determinado a reconstruir a sua vida e reconciliar-se com a mulher e é também isso que os seus pais desejam – e que partilhe com eles a obsessão familiar com o clube Philadelphia Eagles. Todavia, tudo muda quando Pat conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma mulher misteriosa e problemática.

Manolete - Sangue e Paixão (2008)
Manolete
De Espanha e com alguns anos de atraso, chega Manolete - Sangue e PaixãoManuel Rodríguez, mais conhecido por Manolete, é um famoso toureiro. Este homem tímido, rude, de poucas falas e semblante trágico, vive em constante viagem, de Praça de Touros em Praça de Touros durante a temporada de touradas. Lupe Sino é uma mulher bonita com um passado atribulado. Até ao momento em se apaixona por ela, o toureiro teve sempre por único objectivo ser famoso. E apesar de Lupe entrar na sua vida, surge uma sombra entre eles. Manolete está apaixonado pela morte e ela pela vida. Lupe vai mostrar ao matador como amar a vida e, da mesma forma, como começar a temer a morte.


Perto de Mim (2011)
The Good Doctor
Orlando Bloom é Martin Blake, um jovem e ambicioso médico, desejoso de impressionar os seus superiores e colegas - tanto o chefe de serviço Waylands, como o confiante estagiário Dan, ou a enfermeira Theresa. Mas as coisas não correm de feição a Martin que não consegue livrar-se das suas inseguranças. Quando Diane, uma jovem de 18 anos, é internada no hospital com uma infecção renal, Martin torna-se o seu médico e encontra nela o impulso necessário que tanto procura para aumentar a sua auto-estima. Só que tudo se transforma, quando o seu entusiasmo se começa a tornar numa obsessão.