domingo, 31 de março de 2019

Monstra 2019: Os Vencedores

A Monstra - Festival de Animação de Lisboa anunciou este Sábado os vencedores da sua 18.ª edição. Porque é Este o meu Ofício conquistou o prémio da Competição Portuguesa.


Realizado por Paulo Monteiro, Porque é Este o meu Ofício é uma espécie de homenagem que faz ao pai, e venceu o Prémio SPA | Vasco Granja para Melhor Curta-Metragem Portuguesa. O júri do festival considerou que o filme "tem tudo: emoção, beleza e, claro, ofício. É um filme sólido com o equilíbrio certo entre bom storytelling e técnica." Entre Sombras, de Alice Guimarães e Mónica Santos, foi o favorito do público. 

This Magnificent Cake, de Marc James Roels e Emma de Swaef, recebeu o Grande Prémio RTP para Melhor Longa-Metragem. "O trágico, sombrio e irónico comentário sobre o colonialismo e o racismo tanto perturba quanto é cómico. Brilhantemente executado e sumptuosamente animado, é repleto de uma luz onírica que cria um universo único que nunca iremos esquecer.", justificou o júri. Mirai, de Mamoru Hosuda, recebeu o Prémio Melhor Filme para a Infância e Juventude e Tito e os Pássaros conquistou o Prémio do Público.

A 18.ª edição do Festival Monstra começou no dia 20 de Março e termina hoje, dia 31. Os filmes vencedores podem ser vistos no Cinema São Jorge às 18h00 (curtas) e às 20h00 (longa) e no Cinema City Alvalade às 20h00 (curtas) e às 22h00 (longa).

Em 2020, o festival irá realizar-se entre 18 e 28 de Março.

Conhece a lista completa de vencedores da Monstra 2019:

Competição Portuguesa
Melhor Curta-Metragem Portuguesa - Prémio SPA | Vasco Granja
Porque é este o Meu Ofício de Paulo Monteiro
Menções Honrosas
À Tona de Filipe Abranches
Agouro de David Doutel e Vasco Sá
Prémio do Público
Entre Sombras de Alice Guimarães e Mónica Santos

Competição de Longas-Metragens
Melhor Longa-Metragem - Grande Prémio RTP
This Magnificent Cake de Marc James Roels & Emma De Swaef (Bélgica, França e Holanda)
Melhor Filme para a Infância e Juventude
Mirai de  Mamoru Hosoda (Japão)
Melhor Banda Sonora
The Tower de  Mats Grorud (Noruega, França, Suécia)
Prémio Especial do Júri
The Tower de  Mats Grorud (Noruega, França, Suécia)
Prémio do Público
Tito e os Pássaros de Gustavo Steinberg, André Catoto e Gabriel Bitar (Brasil)
Competição de Curtas-Metragens
Melhor Curta-Metragem Internacional - Grande Prémio RTP
Egg de Martina Scarpelli (França, Dinamarca)
Menções Honrosas
Mitya's Love de Svetlana Filippova Rússia)
Melhor Banda Sonora
Bloeistraat 11 de  Nienke Deutz (Bélgica, Holanda)
Melhor Filme Experimental
Ride de Paul Bush (Portugal, Reino Unido)

Melhor Curta Portuguesa
Agouro de David Doutel, Vasco Sá
Prémio Especial do Júri
Bloeistraat 11 de  Nienke Deutz (Bélgica, Holanda)
Prémio do Público
Entre Sombras de Alice Guimarães e Mónica Santos
Competição de Estudantes - Júri Sénior
Melhor Curta de Estudantes Internacional 
A Gong de  Yen-Chen Liu, Ellis Kayin Chan, Zozo Jhen, Marine Varguy e Tena Galovic (França, Taiwan)
Melhor Curta de Estudantes Portuguesa
Sweet Algarve de Catarina Gil
Menções Honrosas
A Blink of an Eye de Kiana Naghshineh (Alemanha)
Las Del Diente de  Ana Perez Lopez (EUA, Espanha)
Prémio do Público 
Sister de  Siqi Song (China)

Competição de Estudantes - Júri Junior
Melhor Filme Internacional 
A Blink of an Eye, de  Kiana Naghshineh (Alemanha)
Melhor Filme Português
Sentir-me, de Débora Rodrigues, Joana Flauzino e Vanessa Santos

Menções Honrosas
Sister, de Siqi Song (China)
Oneself Story, de  Géraldine Charpentier (Bélgica)

Competição de Curtíssimas 
Melhor Curtíssima Internacional 
Confetti de  Àngel Estois, Mercè Sendino e Lucía Hernández (Espanha)
Menções Honrosas
Cycle de Sophie Olga de Jong e Sytske Kok (Holanda)
I am OK de  Michel Digout (França)
Kinky Kitchen de  Bea Höller (Alemanha)
Competição MONSTRINHA
Menções Honrosas
3 aos 6 -  Swim, de  Maike Mahira Koller (Alemanha)
7 aos 12 -  Matilda, de Irene Iborra e Eduard Puertas (Espanha, França, Bélgica)
+ de 13 -  Carlotta's Face, de Valentin Riedl e Frédéric Schuld (Alemanha)
Pais e Filhos -  The Mosquito Pieks, de Maria Steinmetz Alemanha)
Prémio do Público Monstrinha
3 aos 6 -  The Bulf, de Adam Witkoeski, Marcin Domitrz (Polónia)
7 aos 12 - Matilda, de  Irene Iborra e Eduard Puertas (Espanha, França, Bélgica)
+ de 13 -  The Messenger, de Lowe Haak (Dinamarca, Suécia)

Prémio do Público Pais e Filhos
Cloudy, de  Zuzana Cupova, Filip Diviak (República Checa)
Grande Prémio Monstrinha
The Metamorphosis of a Bottle Cup, de  Kathryn Jankowski (Canadá)

sábado, 30 de março de 2019

Guiões 2019: Língua Portuguesa em discussão

O Guiões - Festival do Guião em Língua Portuguesa aconteceu nos dias 28 e 29 de Março (e continua até 31 com uma oficina dada por Miguel Clara Vasconcelos) com diversas conversas, masterclasses e debates. O Hoje Vi(vi) um Filme esteve por lá, onde moderou o debate sobre Escrita de Cinema em Língua Portuguesa.


Os vencedores da 5.ª edição do festival foram anunciados na Quinta-feira. O Rio, de Wislan Esmeraldo, Victor Costa e Mariana Nunes conquistou o 1.º lugar, em 2.º ficou É Lá Que Eu Quero Morar, de Mariana Carrara, e Alternativa D, de Letícia Fudissaku, ficou na 3.ª posição.

Alguns debates foram transmitidos em streaming no facebook da Universidade Lusófona, onde aconteceu o segundo dia do Guiões. Podem assistir aos vídeos abaixo:

Debate Sobre o Público do Cinema Português, com Elsa Mendes, Luís Urbano, Pandora da Cunha Telles, Paulo Gonçalves, Saúl Rafael, e moderação de Paulo Portugal, e debate sobre Escrita de Ficção Televisiva com Lara Morgado, Roberto Pereira, Rui Cardoso Martins, Sebastião Salgado e moderação de Jorge Pereira:


Debate sobre Escrita de Cinema em Língua Portuguesa, com Bráulio Mantovani, Carolina Kotscho, Eliane Ferreira, João Canijo, moderado por mim, e masterclass de Miguel Clara Vasconcelos:

quinta-feira, 28 de março de 2019

Estreias da Semana #370

Nove filmes chegam aos cinemas esta Quinta-feira. A Pereira Brava, Dumbo e Mirai são algumas das estreias.

The Kamagasaki Cauldron War (2018)
Tsukiyonokamagassen 
Kamagasaki é um bairro de lata "invisível" na cidade japonesa de Osaka que atrai trabalhadores e prostitutas desde os tempos da Segunda Guerra Mundial. Um novo conflito começa quando o gangue local vê o seu precioso caldeirão, tradicionalmente usado para alimentar os pobres, ser roubado. A guerra para o recuperar envolve os criminosos, um miúdo de 12 anos, uma prostituta e um carteirista. O filme foi vencedor da quinta edição do festival Porto/Post/Doc.

A Pereira Brava (2018)
Ahlat Ağacı
A história de descoberta de Sinan, um jovem autor em ascensão, que regressa da faculdade para seguir a sua paixão pela literatura, mas depara-se com uma complicada dinâmica familiar provocada pelo vício do jogo do pai e pelo desespero da mãe e irmã. Enquanto tenta reorientar-se no drama familiar, Sinan tenta também lidar com esta nova fase da sua vida.

Captive State - Cercados (2019)
Captive State
Quase uma década após a ocupação por forças alienígenas, as vidas dos habitantes de um bairro de Chicago dividem-se entre os que colaboram com os invasores e os que resistem por todos os meios ao seu alcance.

Destino: Casamento (2018)
Destination Wedding
Lindsay e Frank não se conhecem mas foram ambos convidados para o casamento do irmão de Frank em Paso Robles, na Califórnia. Durante a festa ficam a conhecer-se e descobrem que partilham o mesmo nível de irritabilidade e amargura em relação a tudo o que os rodeia. No entanto, sob a espessa nuvem de exasperação, caem lentamente nos braços um do outro…

Dumbo (2019)
Max Medici (Danny DeVito), dono de um circo decadente, pede à antiga estrela Holt Farrier (Colin Farrell) e aos seus filhos, Milly (Nico Parker) e Joe (Finley Hobbins), para cuidarem de um elefante recém-nascido, vítima de troça devido às suas enormes orelhas. Quando descobrem que Dumbo consegue voar, o sucesso volta ao circo e atrai a atenção do empresário V.A. Vandevere (Michael Keaton), que contrata o talentoso elefante para o seu mais recente parque de diversões, Dreamland. Dumbo torna-se uma vedeta ao lado da trapezista Colette Marchant (Eva Green), mas Holt descobre que, por detrás de todo o brilho, a Dreamland está repleta de segredos sombrios.

Fevereiros (2017)
A Mangueira foi campeã do Carnaval 2016 com uma homenagem a Maria Bethânia, escolhendo como recorte principal a peculiar religiosidade da cantora, devota do catolicismo e do candomblé. O filme acompanhou a construção deste Carnaval – desde os desenhos das primeiras alegorias aos desfiles na avenida – e viajou com Maria Bethânia para o recôncavo baiano, participando do seu ambiente familiar, religioso e das festas da sua cidade natal, Santo Amaro, conhecendo o universo que inspirou o enredo e apontando algumas influências do recôncavo no surgimento do samba carioca.

Kursk (2018)
Inspirado na história verídica do K-141 Kursk, o submarino nuclear russo que se afundou no Mar de Barents, em Agosto de 2000. À medida que os marinheiros lutam pela sobrevivência dentro da embarcação, as suas famílias desesperadas combatem obstáculos burocráticos e probabilidades assustadoras para conseguirem encontrar respostas e salvar os entes queridos.

Mirai (2018)
Mirai no Mirai
O filme segue um menino de quatro anos que luta para lidar com a chegada de uma irmã mais nova. Um jardim misterioso no quintal da casa do menino torna-se um portal que lhe permite viajar no tempo até à altura em que a sua própria mãe era pequena e o avô um jovem. Essas aventuras repletas de fantasia permitem que a criança mude a sua forma de ver e ajudam-no a preencher o papel de irmão mais velho.

Tripla Ameaça (2019)
Triple Threat
Uma poderosa organização criminosa contrata um grupo de assassinos para matarem a filha do bilionário que os tentou destruir.

segunda-feira, 25 de março de 2019

Prémios Sophia 2019: Vencedores

A cerimónia de entrega dos Prémios Sophia 2019 aconteceu este Domingo à noite, no Casino Estoril. Raiva, de Sérgio Tréfaut, foi um dos grandes vencedores desta edição.


Fica a conhecer a lista completa de vencedores dos prémios do cinema português.


Melhor Filme
Cabaret Maxime, BA FILMES
Parque Mayer, MGN Filmes
Raiva, Faux
Soldado Milhões, Ukbar Filmes

Melhor Documentário em Longa-Metragem
Correspondências, de Rita Azevedo Gomes
Doutores Palhaços, de Hélder Faria e Bernardo Lopes
Luz Obscura, de Susana Sousa Dias
O Labirinto da Saudade, de Miguel Gonçalves Mendes

Prémio Sophia Estudante
Bruma, de Sofia Cachim, Daniela Santos, Gabriel Peixoto e Mónica Correia – Escola das Artes - Univ Católica Portuguesa
No Fim do Mar, de João Monteiro - ESAP - Escola Superior Artística do Porto
O Chapéu, de Alexandra Allen - Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Terra Ardida, de Francisco Romão - ETIC

Melhor Série/Telefilme
3 Mulheres, de Fernando Vendrell – David e Golias
Circo Paraíso, de Tiago Alvarez Marques – Vende-se Filmes
Sara, de Marco Martins – Ministério dos Filmes
Soldado Milhões, de Jorge Paixão da Costa e Gonçalo Galvão Teles – Ukbar Filmes

Melhor Direcção de Fotografia
Acácio de Almeida – Raiva
José António Loureiro – Soldado Milhões
Paulo Castilho – Pedro e Inês
Rui Poças – ZAMA

Melhor Canção Original
Arabic Soul - Letra e música Tomás Gomes – Colo
Cudin - Composição por Miguel Moreira aka Tibars e Vasco Viana – Djon África
Duelo Ao Sol - Composição por Xutos e Pontapés – Linhas de Sangue
Liberdade e Alegria - Letra: António-Pedro Vasconcelos, música: José M. Afonso – Parque Mayer

Melhor Argumento Adaptado
António Ferreira e Glória M. Ferreira, adaptado do livro A Trança de Inês de Rosa Lobato de Faria – Pedro e Inês
Carlos Saboga, adaptado de Livro Negro De Padre Dinis de Camilo Castelo Branco – O Caderno Negro
João Milagre e Fátima Ribeiro, adaptado a partir da obra de Virgílio Ferreira – Aparição
Sérgio Tréfaut, Fátima Ribeiro, adaptado da obra Seara de Vento de Manuel da Fonseca – Raiva

Melhor Argumento Original
Bruno de Almeida e John Frey – Cabaret Maxime
Jorge Paixão da Costa e Mário Botequilha – Soldado Milhões
Leonor Pinhão – Ruth
Tiago R. Santos – Parque Mayer

Melhor Banda Sonora Original
José M. Afonso – Parque Mayer
Luís Pedro Madeira – Pedro e Inês
Manuel João Vieira – Cabaret Maxime
The Legendary Tigerman – Ruth

Melhor Montagem
António Ferreira – Pedro e Inês
Bruno De Almeida e Pedro Ribeiro – Cabaret Maxime
João Braz – Soldado Milhões
Pedro Ribeiro – Parque Mayer

Melhor Maquilhagem e Cabelos
Abigail Machado e Mário Leal – Parque Mayer
Emmanuelle Fèvre – Raiva
Maria José Silvestre – Ruth
Nuno Esteves “Blue” – Cabaret Maxime

Melhor Guarda Roupa
Joana Cardoso – Soldado Milhões
Lucha D'Orey – Ruth
Maria Gonzaga – Parque Mayer
Sílvia Grabowski – Pedro e Inês

Melhor Realizador
António Ferreira – Pedro e Inês
António-Pedro Vasconcelos – Parque Mayer
Bruno de Almeida – Cabaret Maxime
Sérgio Tréfaut – Raiva

Melhor Som
Olivier Blanc, Bruno Tarrière – Raiva
Pedro Melo, Branko Neskov, Ivan Neskov e Elsa Ferreira – Soldado Milhões
Pedro Melo & Miguel Martins – Cabaret Maxime
Vasco Pedroso, Branko Neskov, Elsa Ferreira – Parque Mayer

Melhor Direcção Artística
Clara Vinhais – Parque Mayer
Isabel Branco – O Caderno Negro
Joana Cardoso – Soldado Milhões
João Torres – Cabaret Maxime

Melhores Efeitos Especiais/Caracterização
Filipe Pereira e Manuel Jorge – Soldado Milhões
Júlio Alves – Pedro e Inês
Olga José – Carga
Rita De Castro E Nuno Esteves "Blue" – Linhas de Sangue

Melhor Actriz Principal
Ana Padrão – Cabaret Maxime
Daniela Melchior – Parque Mayer
Isabel Ruth – Raiva
Joana de Verona – Pedro e Inês

Melhor Actor Principal
Adriano Carvalho – Vazante
Diogo Amaral – Pedro e Inês
Francisco Froes – Parque Mayer
Hugo Bentes – Raiva

Melhor Actriz Secundária
Alexandra Lencastre – Parque Mayer
Ana Bustorff – Ruth
Beatriz Batarda – Colo
Carla Maciel - Parque Mayer

Melhor Actor Secundário
Adriano Luz – Raiva
Cristóvão Campos – Pedro e Inês
Dmitry Bogomolov – Carga
Miguel Guilherme – Parque Mayer

Melhor Documentário em Curta-Metragem
Kids Sapiens Sapiens, de António Aleixo
Pele de Luz, de André Guiomar
Russa, de João Salaviza e Ricardo Alves Jr.
Sombra Luminosa, de Mariana Caló e Francisco Queimadela

Melhor Curta-Metragem de Ficção
Aquaparque, de Ana Moreira
Como Fernando Pessoa Salvou Portugal, de Eugène Green
Sleepwalk, de Filipe Melo
Terra Amarela, de Dinis M. Costa

Curta-Metragem de Animação
Agouro, de David Doutel e Vasco Sá
Entre Sombras, de Mónica Santos e Alice Guimarães
Porque É Este O Meu Ofício, de Paulo Monteiro
Razão Entre Dois Volumes, de Catarina Sobral

Prémio Carreira
Lia Gama
Pedro Éfe

domingo, 24 de março de 2019

Sugestão da Semana #369

Das estreias da passada Quinta-feira, a Sugestão da Semana destaca o filme português Gabriel, de Nuno Bernardo. A crítica do Hoje Vi(vi) um Filme pode ser lida no blog, bem como uma entrevista ao realizador.

GABRIEL


Ficha Técnica:
Título Original: Gabriel
Realizador: Nuno Bernardo
Actores: Igor Regalla, José Condessa, Sérgio Praia,  Ana Marta Ferreira, Ameno GonçalvesCarlos Areia
Género: Drama
Classificação: M/14
Duração: 92 minutos

quinta-feira, 21 de março de 2019

Estreias da Semana #369

Esta Quinta-feira, chegam aos cinemas sete novos filmes. O filme português Gabriel e o mais recente de terror de Jordan Peele, Nós, são duas das estreias.

Bem-Vindos a Acapulco (2019)
Welcome to Acapulco
Matt Booth, um designer de jogos de vídeo, tem a oportunidade de salvar a sua carreira nos Prémios Jogos de Vídeo a decorrer no Novo México. Mas ao encontrar um amigo no aeroporto a beber acima da conta, acaba por apanhar um voo para o verdadeiro México – mais especificamente para Acapulco.

Depois da morte da mãe, Gabriel (Igor Regalla), um jovem pugilista cabo-verdiano recém-chegado a Portugal, vem à procura do pai, um antigo campeão de boxe dos Olivais. Na busca, Gabriel entra em contacto com Rui (José Condessa), um membro violento do gangue local liderado por Jorge (Sérgio Praia), que organiza todas as lutas no bairro.

Miss XL (2018)
Dumplin'
Numa pequena cidade do Texas, a jovem Willowdean Dickson (Danielle Macdonald) vive com problemas em sentir-se bem na sua pele. Em nada é ajudada pela mãe, Rosie (Jennifer Anniston), uma antiga rainha de concursos de beleza, que acha a filha gorda e a trata por Dumplin'. Para agitar as águas e aborrecer a mãe, Willowdean inscreve-se no concurso de beleza que Rosie está a organizar. Para grande surpresa sua, Will é apoiada por outras raparigas que também querem participar e mostrar ao mundo que a beleza vem de dentro.

Nós (2019)
Us
Adelaide Wilson (Lupita Nyong'o), regressa à zona costeira a norte da Califórnia, à casa de praia onde passou a infância. Acompanham-na o marido, Gabe (Winston Duke) e os dois filhos (Shahadi Wright Joseph e Evan Alex), para uma escapadela de verão idílica. Assombrada por um trauma inexplicável, mal resolvido e agravado por uma série de coincidências assustadoras, Adelaide sente a paranóia aumentar e acredita cada vez mais que algo terrível vai acontecer à sua família. Após um dia tenso na praia com os amigos, os Tylers (Elisabeth Moss, Tim Heidecker, Cali Sheldon e Noelle Sheldon), Adelaide e a família regressam à casa de férias. É então que, ao cair da noite, os Wilsons encontram quatro silhuetas de mãos dadas à porta de casa.

O Homem-Pykante – Diálogos com Pimenta não é um documentário de homenagem, é um filme poético de celebração da obra de Alberto Pimenta, fruto de uma amizade e cumplicidade mantidas ao longo dos últimos 24 anos. Pimenta, que divide os poetas em "tolerados" e "tolerantes", é autor de uma vasta obra poética e performática insubmissa e desafiante. O ponto de partida deste filme são os arquivos, filmados por Edgar Pêra entre 1994 e 2018, de performances, conversas e leituras de Alberto Pimenta, material cinético que foi depois objecto de pré-selecção pelo poeta Manuel Rodrigues e posteriormente montado por Pêra.

Uma Criança Como Jake (2018)
A Kid Like Jake
Alex e Greg sempre souberam que Jake, o seu filho de quatro anos, estava mais interessado em contos de fadas do que em carros de brincar. Mas quando a directora da pré-primária salienta que as brincadeiras incompatíveis com as normas de género podem ser mais do que apenas uma fase, são forçados a repensar os seus papéis enquanto pais e enquanto casal.

Uma Nação, Um Rei (2018)
Un peuple et son roi
Em 1789, um povo iniciou uma revolução. Vamos ouvi-lo. Ele tem coisas para nos dizer. Na nova Assembleia Nacional, os destinos de homens e mulheres comuns cruzam-se com figuras históricas. E no coração da história, há o destino do Rei e a ascensão da República.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Entrevista a Nuno Bernardo, realizador de Gabriel

Gabriel chega aos cinemas portugueses esta Quinta-feira, dia 21 de Março. O Hoje Vi(vi) um Filme já viu e a crítica está publicada no blog. Ficámos curiosos e quisemos saber mais sobre todo o processo de criação deste filme sobre um jovem cabo-verdiano, recém-chegado a Lisboa, que procura o pai e vê no boxe uma forma de ajudá-lo e ligar-se a ele.

O realizador Nuno Bernardo respondeu a algumas perguntas do Hoje Vi(vi) um Filme sobre Gabriel, a sua primeira longa-metragem.


Gabriel é um filme atual, que vai muito para além do boxe. De onde surgiu a ideia de escrever e realizar um filme com esta temática?
Nuno Bernardo (NB): Em 2014 estava em Dublin realizar um documentário sobre Stand-Up Comedy e, para um dos segmentos desse documentário, decidiu-se gravar um pequeno combate de boxe, isto porque um dos comediantes era um lutador amador. Esta experiência – de filmar boxe – foi amor à primeira vista. Adorei conhecer o meio, as pessoas e acima de tudo os códigos de valor e ética que regem este desporto. Depois, em Portugal, fui contactando frequentemente com esta comunidade, assistindo a galas e combates, o que fizeram crescer este desejo de fazer um filme sobre boxe. 

A violência das palavras funciona com uma naturalidade assustadora e condiz com a brutalidade dos vilões da história. Acha que é precisa coragem para filmar a violência com este realismo? 
NB: Apesar de não ser um apaixonado pelo Boxe, sempre tive um interesse especial por filmes sobre este desporto. Mas as lutas de Gabriel, em especial a forma de as filmar, seguiram um padrão diferente. O meu foco foi sempre criar uma luta realista, que represente um pouco o mundo do boxe amador como o descobri em Portugal. Ou seja, não estamos a falar de um combate de 12 assaltos, realizado em Las Vegas, com 10.000 espectadores onde tudo é muito estilizado. Em Gabriel, procurei filmar o boxe de uma forma crua, mas real. 

O racismo é um problema que persiste na actualidade e também é abordado em Gabriel. Quer despertar consciências, mudar mentalidades?
NB: As histórias que me dão prazer contar são as histórias que reflectem a vida como ela é, a atualidade, os problemas que nos afetam enquanto sociedade. Por isso Gabriel e esta história de imigração, de integração social, de chegada a um novo país e a uma nova vida. O meu objetivo é sempre contar uma boa história, uma história que não termine quando os créditos começam a passar no final do filme mas sim continue na memória de quem assistiu e gere discussões após sair da sala de cinema.

Como chegou a Igor Regalla para protagonista e como foi trabalhar com ele?
NB: Existiu um trabalho - em ligação com a produtora Sara Moita - de identificar atores portugueses que se enquadrassem nas personagens criadas. Na altura vimos vários showreels, ficção nacional e peças de teatro. A escolha do Igor vem de uma peça que vimos no Teatro São Luiz. A Ana Marta da sua carreira de um filme que tinha visto umas semanas antes em que ela participa. O José Condessa pela paixão que demonstrou no projeto quando reunimos com ele.


A câmara tem uma grande proximidade com as personagens e filma os combates com muita credibilidade. Como foi o desafio de filmar boxe?
NB: Existiu um intenso trabalho realizado com o coreógrafo e preparador de atores - David Chan - e com o Diretor de Fotografia, o Pedro Negrão, para passar o realismo para as cenas do combate de boxe. Eu não queria duplos, ou slow-motions, ou aqueles truques que vemos em filmes do género. Eu queria passar ao espetador a ideia de realismo e que aqueles combates são reais. 

Foi o Igor que lhe deu a conhecer a música de Vado Más Ki Às, que participa com quatro temas na banda sonora de Gabriel (e faz até uma participação especial). Por coincidência a história do cantor tem algumas semelhanças com a do protagonista (também cresceu num bairro problemático). De que forma a música de Vado e de outros interpretes de hip hop influenciaram a produção do filme?
NB: Durante o processo de escrita e de pregação do filme eu ouvi muitas músicas do novo hip hop português. Cheguei a criar um playlist no Spotify que ouvia muitas vezes durante a escrita e reescrita do guião. Algumas dessas músicas foram mesmo usadas no filme. O Vado apenas conheci dois dias antes do início da rodagem - por isso a sua música não influenciou a preparação do filme, mas depois a fase de pós-produção. 

Qual espera que seja a reacção do público português?
NB: Espero que vão ver cinema português, em especial Gabriel. Muitas vezes existe o preconceito contra o filme nacional. Mas Gabriel, como muitos outros filmes portugueses, contam histórias dos nossos locais, das nossas tradições e culturas, algo que nenhuma outra cinematografia faz. Só isso, justifica uma ida ao cinema. Mas Gabriel, espero, adiciona uma história atual, bons atores e a maior sequência de boxe alguma vez filmada em Portugal.

Curtas Vila do Conde'19: Todd Solondz será realizador em foco

O realizador Todd Solondz estará em foco na 27.ª edição do Curtas Vila do Conde - Festival Internacional de Cinema, que este ano irá decorrer de 6 a 14 de Julho.


Todd Solondz é uma referência do cinema independente norte-americano e virá ao festival para apresentar uma retrospectiva da sua filmografia, desde os filmes que contribuíram para a sua descoberta nos anos 1990, como Welcome To the Dollhouse (1995) e Happiness (1998), passando pelas suas obras mais recentes, como Dark Horse (2011) ou Wiener Dog (2016). Esta apresentação irá decorrer de 6 a 10 de Julho no Teatro Municipal de Vila do Conde. 

Todd Solondz vem a Vila do Conde para apresentar o seu trabalho, mas igualmente para uma sessão de encontro com o público do festival, no dia 10 de Julho, também no Teatro Municipal de Vila do Conde. A sua vinda a Portugal passará ainda pela Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, onde vai participar na Summer School da instituição e apresentar um dos seus filmes na cidade do Porto, no dia 5 de Julho, sessão que dará início à retrospectiva do Curtas.

Toda a informação sobre o Curtas Vila do Conde em http://festival.curtas.pt/.

terça-feira, 19 de março de 2019

IndieLisboa'19 anuncia filmes de abertura e encerramento

O IndieLisboa revelou quais os filmes de abertura e encerramento da edição deste ano. The Beach Bum: A Vida Numa Boa, de Harmony Korine, faz as honras de abertura do festival lisboeta e Synonymes, de Nadav Lapid, marca o encerramento.


The Beach Bum segue as desventuras de Moondog (Matthew McConaughey), um “chico-esperto” que vive de acordo com as suas próprias regras. No elenco estão também nomes como Snoop Dog, Zac Efron e Isla Fisher. A Sessão de Abertura será no dia 2 de Maio no Cinema São Jorge. Synonymes, vencedor do Urso de Ouro em Berlim, conta a história de um jovem israelita que rejeita o seu país e a sua língua, para viver em Paris.

De Mike Leigh, a secção Silvestre recebe o filme Peterloo, uma reconstituição do massacre com o mesmo nome, resultante do ataque da coroa britânica a uma pacífica manifestação pro-democracia. Destaque ainda para I Was at Home But, de Angela Schanelec, vencedor do Urso de Prata em Berlim, e Three Faces, de Jafar Panahi, que junta três actrizes em diferentes estados da sua carreira para, através delas, questionar algumas das mais enraizadas tradições da sociedade patriarcal iraniana.

A 16.ª edição do IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema decorre entre os dias 2 a 12 de Maio no Cinema São Jorge, Culturgest, Cinema Ideal e na Cinemateca Portuguesa.

segunda-feira, 18 de março de 2019

Crítica: Gabriel (2018)

"Acredita em ti que tu vais ganhar isto."
Paulo


*7/10*

Eis que as atenções se viram para o boxe e para a direita de Gabriel, a sua arma mais forte contra os adversários. Fora do ringue, mergulhamos numa vida a recomeçar num país diferente, em busca do caminho certo. Gabriel é de um realismo cruel, pouco experimentado no cinema português. A violência das palavras e dos actos mostra o pior dos seres humanos, mas também ensina como é possível construir o trilho mais digno.

Depois da morte da mãe, Gabriel (Igor Regalla), um jovem pugilista cabo-verdiano recém-chegado a Portugal, vem à procura do pai, um antigo campeão de boxe dos Olivais. Na busca, Gabriel entra em contacto com Rui (José Condessa), um membro violento do gangue local liderado por Jorge (Sérgio Praia), que organiza todas as lutas no bairro.


A história de Gabriel é simples e familiar. Filmam-se as dificuldades da vida num bairro social lisboeta, filma-se o racismo, a imigração, a violência, o medo e o desespero. Ao mesmo tempo, capta-se também o amor pela família, a força do desporto e a vontade de ser a nossa melhor versão. A história não nos é contada cronologicamente, mas o encadeamento temporal da narrativa constrói-se com naturalidade graças à montagem eficaz.

Gabriel é incansável na busca pelo seu pai, aventurando-se pelos locais mais sinistros da vizinhança. Ao mesmo tempo, vê na sua paixão pelo boxe a única solução para melhorar a vida dos seus. E mesmo que a ingenuidade do jovem protagonista por vezes nos deixe revoltados, certo é que a sua humildade e coragem criam a empatia necessária para torcermos por ele. Depois de ser Eusébio, Igor Regalla regressa ao grande ecrã e encaixa-se na perfeição na personagem, mesmo com o aspecto franzino que o caracteriza e que torna, ainda mais, Gabriel num herói improvável. O filme foi não só física como psicologicamente desafiante para o actor.


Ao seu lado, há muita química com Ana Marta Ferreira, a namorada que também sofre em silêncio, bem como com o seu rival no ringue de boxe, José Condessa. Um trio de jovens actores que funcionam muito bem em cena. Ainda de destacar são as personagens de Almeno Gonçalves - o treinador que protege e incentiva Gabriel -, e o vilão da história, totalmente desprovido de coração, interpretado e bem por Sérgio Praia.

A banda sonora, repleta de hip hop tuga, torna-se viciante por se encaixar completamente no ritmo e temática do filme. Destaque para Vado Más Ki Às (com uma participação especial na longa-metragem) que assina quatro temas de Gabriel, incluindo a canção original, Vai.


O realizador, Nuno Bernardo, consegue inserir-nos na vida do bairro sem que nos sintamos estranhos. A câmara coloca-nos no local, como mais um morador ou um curioso que aposta tudo em Gabriel. A violência é muito bem filmada, e cada soco parece-nos real, faz-nos sentir desconfortáveis na cadeira do cinema - e isso é muito bom! É fundamental que um filme marque quem o vê e Gabriel é capaz, em alguns momentos, de deixar-nos KO.

Gabriel é mesmo "um murro no estômago" (provavelmente dado com o punho direito do protagonista), um daqueles que o espectador de cinema bem precisa, de vez em quando.

domingo, 17 de março de 2019

Sugestão da Semana #368

Das estreias da passada Quinta-feira, a Sugestão da Semana destaca o filme Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, de João SalavizaRenée Nader Messora.

CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS


Ficha Técnica:
Título Original: Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos
Realizadores: João Salaviza e Renée Nader Messora
Actores: Henrique Ihjãc Krahô, Raene Kôtô Krahô
Género: Drama
Classificação: M/12
Duração: 114 minutos

quinta-feira, 14 de março de 2019

Estreias da Semana #368

Esta Quinta-feira chegam aos cinemas portugueses oito novos filmes. Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos é uma das estreias desta semana.

Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos (2018)
Esta noite, os espíritos e as cobras ainda não apareceram. A floresta ao redor da aldeia está calma. Ihjãc, 15 anos, tem pesadelos desde que perdeu o pai. Ele é um índio Krahô, do Norte do Brasil. Ihjãc avança na escuridão com o corpo suado. Uma voz distante ecoa por entre as palmeiras. A voz do pai chama-o, junto à cascata: chegou o momento de preparar a sua festa de fim de luto para que o espírito possa partir para a aldeia dos mortos. Rejeitando o seu dever e para escapar do processo de se transformar em xamã, Ihjãc foge para a cidade de Itacajá. Longe do seu povo e da sua cultura, vai enfrentar a realidade de ser um indígena no Brasil contemporâneo.

Dragon Ball Super Broly (2018)
Doragon bôru chô: Burorî
A paz voltou uma vez mais à Terra após as épicas batalhas do Torneio do Poder. Depois de descobrir que existem seres incrivelmente poderosos nos diferentes universos, Goku pretende continuar a treinar para se tornar ainda mais forte. Um dia, um guerreiro do espaço chamado Broly aparece diante de Goku e Vegeta. Mas esta raça deveria estar praticamente extinta desde a destruição do Planeta Vegeta... O que faz ele na Terra? Até mesmo Freeza, que regressou do inferno, está envolvido neste encontro entre três super guerreiros, que seguiram destinos diferentes e iniciam uma batalha feroz contra um guerreiro que parece ter poderes ilimitados.

Ladrões de Tuta e Meia (2019)
João e Christiane são um jovem e divertido casal que procura financiar o seu casamento de qualquer forma. Biscates, pequenos golpes, burlas... trabalho é que não, que o trabalho cansa! É então que tropeçam numa notícia de jornal sobre Amílcar, um velho veterano do Ultramar, sozinho e viúvo, que acaba de ganhar o Euromilhões, e vêem nele uma oportunidade de darem o seu último e maior golpe. O plano é simples: encontrar uma forma de entrar na casa de Amílcar, roubar-lhe alguns artigos de higiene íntima para falsificar um teste de ADN, apresentar-lhe João como o seu filho perdido e convencê-lo a colocar o nome do suposto filho nas suas contas. Mas há um problema, chamado Jéssica J., antiga concorrente da Casa dos Segredos e afilhada por casamento de Amílcar. Jéssica já está de olho na fortuna do velho e não aprecia a concorrência.

Marnie e os Amigos (2018)
Marnies Welt
Uma gata gorducha e mimada chamada Marnie é obrigada a sobreviver nas ruas onde descobrem o que realmente é - uma gata solitária que precisa de amigos.

My Name is Now - Elza Soares (2014)
Elza Soares
Elza Soares dispensa maiores apresentações. Diva da música, dona de grande trajectória, ela conquistou não só os palcos brasileiros, como do mundo inteiro.

O Poder da Palavra (2017)
Le Brio
Neïla Salah (Camélia Jordana) é uma jovem de ascendência argelina que cresceu nos arredores de Paris e sonha tornar-se advogada. Matriculada na eminente universidade parisiense de Assas, Neila confronta-se, desde início, com Pierre Mazard (Daniel Auteuil), um professor conhecido pelas provocações e controvérsias. Em busca de redenção pública, Mazard aceita preparar Neïla para um famoso concurso de discursos. Ao mesmo tempo cínico e exigente, o professor poderia tornar-se o mentor de que a estudante necessita mas, para isso, os dois têm de ultrapassar os seus preconceitos.

Réplicas (2018)
Replicas
O neurocientista William Foster (Keanu Reeves) está prestes a conseguir transferir uma consciência humana para um computador. Quase ao mesmo tempo, a sua família morre num trágico acidente. Desesperado para ressuscitar aqueles que perdeu, William pede ao seu colega Ed Whittle (Thomas Middleditch) para secretamente o ajudar a clonar os corpos dos entes queridos. Rapidamente, William depara-se com uma difícil escolha, quando percebe que apenas consegue trazer três dos seus quatro familiares de volta à vida.

Rosie - Uma Família Sem Teto (2019)
Rosie
Expulsa da casa onde vive com o marido e os três filhos, Rosie e a família vêem-se forçados a adaptar o carro como lar, enquanto tentam desesperadamente encontrar um sítio onde passar a noite. Sem a ajuda da família, ou amigos, e com a cidade lotada por causa de um concerto de Lady Gaga, o filme acompanha dois dias na vida desta família sem tecto.

quarta-feira, 13 de março de 2019

Córtex 2019: Novidades

O Córtex - Festival de Curtas-metragens de Sintra revelou os filmes em competição nas suas três secções competitivas - este ano com uma novidade.


Nesta 9.ª edição o festival lança a Competição Nacional de Estreias, com 11 curtas portuguesas para ver pela primeira vez no Córtex: Janela, do colectivo Left Hand Rotation, California, de Nuno Baltazar, Amanhã é Melhor, de João Pedro Barriga e Cristina Santinho, Aea, Tempo Condicionado, ----, de Cinza Nunes e Laura Calado, Milena Milena, de Sofia Bairrão, The Good Fight, de Marco Espírito Santo e Miguel Coimbra, Reverence, de Pedro Maia, Verniz, de Clara Jost, Flumen, de Frederico Ferreira, Consequência, de Virgínia Barbosa e Billy : The Kid, de César Santos.

A Competição Nacional é composta por 18 filmes. Circo do Amor, de Miguel Clara Vasconcelos, Agouro, de David Doutel e Vasco Sá, Russa, de João Salaviza e Ricardio Alves Jr., Equinócio, de Ivo M. Ferreira, Amor Avenidas Novas, de Duarte Coimbra ou Como Fernando Pessoa Salvou Portugal, de Eugène Green, são algumas das curtas que podem ser vistas.

Na Competição Internacional podemos encontrar títulos como Hombre, de Juan Pablo Arias Muñoz, o filme iraniano Like a Good Kid, de Arian VazirdaftariGaze, de Farnoosh Samadi, ou En Attendant, de Thomas Hakim.

A secção Hemisfério traz ao Córtex oito curtas documentais: Histórias do Fundo do Quintal, de  Tiago Afonso, Entrevista com Almiro Vilar da Costa, de Sérgio da Costa e Maya Koza, Tio Rui, de Mário Macedo, Downhill, de Miguel Faro, Acorda Leviatã, de Carlos Conceição, Layla e Lancelot, de Joana Linda, História Secreta de Aviação, de João Manso, e Raimundo, de João Abreu.

Para além da homenagem ao realizador Gabriel Abrantes anteriormente anunciada, o Córtex tem mais para ver, como a secção Frontal - para público sénior e alunos do ensino secundário do concelho de Sintra -, o Mini-Córtex para os mais pequenos e concertos.

O júri da 9.ª edição é composto por Carlos Natálio, Patrick Mendes e Simão Cayatte na competição nacional e Ana Isabel StrindbergCristian Rodriguez e Miguel Ribeiro na competição internacional.

O Festival Córtex decorre de 3 a 10 de Abril, no Centro Cultural Olga de Cadaval, em Sintra, e no Cinema Ideal, em Lisboa. Mais informações em http://www.festivalcortex.com/.

IndieLisboa'19: Brasil também é Herói Independente

O IndieLisboa'19 aproveita toda a recente polémica a envolver o presidente brasileiro e anuncia mais um Herói Independente: "o cinema amado vindo do Brasil".


O ano de 1994, há 25 anos, marcava o regresso do Brasil à produção nacional, depois do período de interregno em que Collor de Mello dissipara todos os apoios e incentivos à criação cinematográfica. Em 2019, os tempos turbulentos regressaram, e o IndieLisboa não o pretende ignorar.

Depois dos filmes brasileiros terem arrecadado os principais prémios do IndieLisboa 2018, o festival quis "celebrar a criatividade, de apoiar uma comunidade que vive um período particularmente auspicioso. Neste programa mostraremos filmes muito recentes e inéditos em Portugal, espelhando uma produção audaciosa e politicamente desperta. Seremos (também) a voz e o espaço deste cinema, contribuiremos activamente para a sua continuidade." O programa do Herói Independente reflecte a proximidade entre o festival, desde o seu início, e o cinema brasileiro, "um cinema atento, revelador, destemido, original".

Para além das longas-metragens, será exibido um conjunto de curtas metragens recentes (a revelar em breve).

Programa (em construção):
A Noite Amarela, Ramon Porto Mota
A Rosa Azul de Novalis, Gustavo Vinagre, Rodrigo Carneiro
Divino Amor, Gabriel Mascaro
Domingo, Clara Linhart, Fellipe Barbosa
Fabiana, Brunna Laboissière
No Coração do Mundo, Gabriel Martins, Maurilio Martins
Os Jovens Baumann, Bruna Carvalho Almeida
Querência, Helvécio Marins Jr
Seus Ossos e Seus Olhos, Caetano Gotardo
Temporada, André Novais Oliveira

terça-feira, 12 de março de 2019

Monstra 2019: Competição Portuguesa

A Monstra 2019 apresenta 17 filmes portugueses, 10 deles na Competição Portuguesa SPA / Vasco Granja, foi hoje anunciado pelo director artístico do festival, Fernando Galrito.


Moulla, de Rui Cardoso, um dos responsáveis pela primeira série de animação portuguesa para televisão, Maravilhosa Expedição às Ilhas Encantadas, vai ter estreia na competição portuguesa da Monstra. Moulla é um reputado Peshmerga, que pode escolher para si qualquer mulher, desde que seja da mesma etnia, da mesma tribo e que tenha a bênção do patriarca. À Flor da Pele também fará a sua estreia no festival. Francisca Coutinho é a realizadora deste filme sobre a quebra do indivíduo e a expressão do seu interior. Não Alimentem Estes Animais, de Guilherme Afonso e Miguel Madaíl de Freitas, é um dos primeiros filmes de animação portugueses de produção independente, a partir dos estúdios Nebula Studios, especializados em animação para publicidade. A curta conta a história de um coelho lobotomizado, que vivia num laboratório, e de personalidade bipolar. Sentir-me, de Débora Rodrigues, Joana Flauzino e Vanessa Santos, apresenta-nos um homem que se deixa levar por uma mulher que o faz encontrar o seu verdadeiro eu.

Agouro, de Vasco Sá e David Doutel, já fez carreira em festivais internacionais e nacionais. A dupla de realizadores conquistaram o Palmaré de Melhor Curta-Metragem Portuguesa SPA/Vasco Granja em 2016 com o filme Fuligem. Entre Sombras, de Mónica Santos e Alice Guimarães é mais um filme com algum historial de festivais e prémios, e recorre à animação da imagem real.

Ensaio Sobre a Morte, de Margarida Madeira, é um um documentário não figurativo sobre a morte e como uma pessoa vai contando a sua própria história. Tiago Albuquerque apresenta o seu mais recente filme, Outubro 28, sobre um ser virtuoso em toda a sua plenitude animal que se vai metamorfoseando numa força inteligente destinada a dominar a força bruta. Porque é Este o meu Ofício, de Paulo Monteiro faz uma espécie de homenagem ao pai. Também À Tona, de Filipe Abranches, faz parte da Competição Portuguesa do festival, e conta a história do resgate de um piloto de combate que se despenha no meio do oceano.

O júri desta secção competitiva é constituído por três realizadoras: a canadiana Wendy Tilby, a portuguesa Catarina Sobral e a bielorrussa Olga Titova, responsável pelo spot Monstrinha 2019. As 10 curtas em competição são exibidas no dia 29 de Março, às 22h00, na Sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge.

Monstra 2019: Programa

A 18.ª edição da Monstra - Festival de Animação de Lisboa realiza-se de 20 a 31 de Março. O cinema de animação canadiano será homenageado.

O festival tem programadas 15 sessões de filmes do Canadá, com retrospectivas da obra de realizadores como Norman Mclaren, Frédéric Back, Caroline Leaf e uma grande retrospectiva do National Film Board of Canada, a produtora de cinema independente canadiana que comemora 80 anos de existência em 2019.

Mirai
A competição internacional de longas-metragens é composta por 7 filmes, 6 dos quais são estreias nacionais. Mirai, de Mamoru Hosoda, tem estreia na Monstra e conta a história de um menino que encontra um jardim mágico que lhe permite viajar no tempo e conhecer os seus antepassados. Funan, de Denis Doé, relata a luta de uma mãe que, durante a revolução do Khemer Vermelho no Cambodja, foi forçosamente separada do filho. O compositor e sound designer vêm apresentar o filme à Monstra. This Magnificent Cake!, de Marc James Roels e Emma De Swaef, passa-se na África colonial do final do século XIX, e conta as histórias de cinco personagens diferentes. Tito e os Pássaros, de Gustavo Steinberg, André Catoto e Gabriel Bitar, apresenta-nos a um menino que salva o mundo de uma epidemia contraída pelo medo. Michel Ocelot marca presença no festival para apresentar a sua mais recente longa Dilili a Paris. Captain Morten and the Spider Queen, de Kaspar Jancis, do qual foi apresentado um excerto em 2018 na Monstra, chega agora finalizado à competição. The Tower, de Mats Grorud, conta a história de uma jovem que vive num campo de refugiados na Palestina. O realizador, assim como o director de arte, Rui Tenreiro, vão estar presentes na Monstra.

Em retrospectiva estará a filmografia completa do japonês Satoshi Kon, falecido em 2010, aos 46 ano. A BD no Cinema de Animação é uma outra das retrospectivas desta edição, com a exibição de cinco longas-metragens inspiradas nas histórias do marinheiro Corto Maltese. Também Tintim, a célebre personagem da animação e da BD, vai estar presente na Monstra com o filme Tintim e os Prisioneiros do Sol, de 1969 que comemora agora 50 anos.

O músico Pierre Kwenders, canadiano nascido no Congo, regressa a Portugal para um concerto na Sala 2 do Cinema São Jorge, acompanhado com animação ao vivo pelo ilustrador António Jorge Gonçalves. As Quatro Estações de Vivaldi vão ser tocadas ao vivo pela Escola Superior de Música de Lisboa, enquanto que alunos das universidades de animação de Tóquio executam um software que permite sincronizar imagem e música ao vivo, desenvolvido em parceria com a Yamaha. Na secção JazzAnim, um programa que se realiza no Hot Clube de Portugal, várias curtas vão são musicados ao vivo pelos alunos desta escola. O colectivo Lisbon Poetry Orchestra dará um concerto de música com poesia e cinema de animação com filmes exclusivos de alunos da Escola Superior de Artes e Design, das Caldas da Rainha. Vai realizar-se ainda um concerto de scratch digital, com um animador a desenhar ao vivo sobre película.

Destaque ainda para as secções Históricos, DokAnim (documentários de animação, representados por duas longas e uma retrospectiva do Festival DokLeipzig),TerrorAnim (filmes de animação de terror), Monstra Triple X (filmes sensuais para maiores de 18 anos), Cinema Experimental e homenagens.

A Monstrinha traz para as famílias a antestreia de The Queen’s Corgi. O realizador Ben Stassen vai estar em Lisboa a apresentar o filme. Haverá ainda uma homenagem ao Mickey Mouse, na Cinemateca Júnior, um novo espaço nesta edição do Festival; o italiano Leo Da Vinci - Missão Mona Lisa, no ano em que se assinalam os 500 anos sobre o falecimento de Leonardo Da Vinci; Baby Monstra (sessões de entrada livre para crianças até aos 3 anos); e workshops de animação para pais e filhos.

Desde dia de 14 de Fevereiro, a exposição A Magia dos Estúdios Aardman está no Museu da Marioneta. A Sociedade Nacional de Belas Artes recebe cinco exposições: os 25 anos de trabalho conjunto dos realizadores Regina Pessoa e Abi Feijó; os objectos do projecto 4 Estados de Matéria, de Miguel Pires de Matos; uma homenagem ao realizador canadiano Norman McLaren com quatro instalações de autores contemporâneos; e Scratch (triptyque-3), realizado por Pierre Hébert.

O Festival Monstra acontece no Cinema São Jorge, Cinema City Alvalade, Cinema Ideal e Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema. Mais informações em https://www.monstrafestival.com/inicio/.

segunda-feira, 11 de março de 2019

12.ª Festa do Cinema Italiano: Programa

A 12.ª Festa do Cinema Italiano acontece a partir de 5 de Abril em mais de 15 cidades portuguesas. O realizador Nanni Moretti será homenageado no festival.


Nanni Moretti será alvo de uma retrospectiva completa das suas longas-metragens e uma selecção de curtas. A Festa exibe, em antestreia nacional, o último filme do cineasta, Santiago, Italia. A sessão de abertura apresenta o último trabalho de Paolo VirzìNotti magiche (Noites Mágicas). A encerrar a Festa do Cinema Italiano estará Euforia, de Valeria Golino.

A secção Panorama apresenta filmes como Il primo re, de Matteo RovereLa paranza dei bambini (Piranhas – Os meninos da Camorra), de Claudio Giovannesi, e Troppa grazia (Lucia Cheia de Graça), de Gianni Zanasi, entre outros. Roberto Andò Daniele Luchetti estarão presentes no festival para apresentarem Una storia senza nome, e Io sono Tempesta, respectivamente. Haverá ainda a exibição da versão original dividida em duas partes do último filme de Paolo Sorrentino sobre a vida de Silvio Berlusconi (Loro 1 e Loro 2), uma versão integral inédita em Portugal.

Em Competição estarão sete filmes: Bangla, de Phaim BhuiyanLikemeback, de Leonardo Guerra SeràgnoliMenocchio, de Alberto Fasulo (estes três realizadores estarão presentes em Lisboa), Figlia mia, de Laura BispuriOvunque proteggimi, de Bonifacio AngiusMamma + Mamma, de Karole Di Tommaso, e La terra dell’abbastanza, de Damiano D’Innocenzo e Fabio D’Innocenzo.

Nas Sessões Especiais, destaque para o ciclo A Grande Arte no Cinema, apresenta um conjunto de títulos sobre a vida de artistas como MichelangeloTintoretto Leonardo Da Vinci em ocasião dos 500 anos da sua morte. The Man Who Stole Banksy, de Marco Proserpio, explica através da voz de Iggy Pop a mercantilização da obra de Banksy e a inutilidade de mostrar a sua obra fora do contexto onde foi criada. Make Italy Great Again – A Itália não é um pais racista é uma secção especial dedicada a filmes que retratam como, em Itália, apesar de um clima político e social adverso, existem ainda pessoas e movimentos que lutam para tornar o país acolhedor.

Haverá espaço para os mais pequenos com a secção Piccolini e eventos paralelos, como a apresentação da última composição de Pedro Teixeira da Silva, primeiro violino da orquestra do Teatro São Carlos e fundador da banda Os Corvos, que leva ao Cinema São Jorge 4 Canções Italianas, músicas para piano e soprano - Cristiana Oliveira - inspiradas em quatro poemas italianos. Fabrizio De André, um dos grandes cantautores da música italiana, é lembrado por ocasião dos 20 anos do seu desaparecimento, com um concerto inédito, leituras dos seus poemas e um filme sobre a sua vida: Fabrizio De André, Principe Libero, de Luca Facchini.

Na gastronomia, o tradicional Cine-Jantar transforma-se: são quatro jantares e realiza-se, pela primeira vez, num cinema: os jantares são no bar/restaurante do Cinema São Jorge seguido de filme na Sala Manoel de Oliveira, uma conversa em torno da comida e aperitivos com concertos, todos dedicados à música italiana.

De 5 a 14 de Abril, em Lisboa (Cinema São Jorge, UCI El Corte Inglés, Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema), de 9 a 11 de Abril, em Coimbra (TAGV – Teatro Académico Gil Vicente), de 10 a 13 de Abril, em Almada (Auditório Fernando Lopes Graça), de 10 a 14 de Abril, no Porto (Cinema Trindade), de 11 a 14 de Abril, em Setúbal (Auditório Charlot), de 12 a 13 de Abril, em Alverca do Ribatejo (TEIV – Teatro Estúdio Ildefonso Valério), de 13 a 14 de Abril, em Penafiel (Cinemax), de 13 a 14 de Abril, em Moscavide (Cine-Moscavide), de 15 a 16 de Abril, em Aveiro (Teatro Aveirense), de 1 a 3 de Maio, em Viseu (Cineclube de Viseu), 1, 8 e 15 de Maio, em Abrantes (Cineclube Espalhafitas), de 7 a 9 de Maio, em Beja (Pax Júlia Teatro Municipal), de 8 a 10 de Maio, nas Caldas da Rainha (CCC – Centro Cultural de Congressos), de 14 a 17 de Maio, em Évora (Auditório Soror Mariana), de 14 a 18 de Maio, em Tomar (Cine-Teatro Paraíso), de 23 a 26 de Maio, em Loulé (Cine-Teatro Louletano), seguindo para outras cidades portuguesas a anunciar.

Todas as informações sobre a programação da Festa do Cinema Italiano podem ser consultadas no site www.festadocinemaitaliano.com e na página de facebook: facebook.com/festadocinemaitaliano.