terça-feira, 30 de abril de 2024

IndieLisboa 2024: Competição Internacional, Silvestre, Retrospectivas e Director's Cut

O IndieLisboa 2024 revelou a programação da secções Competição Internacional, Silvestre, Retrospectivas e Director's Cut. O festival lisboeta acontece de 23 de Maio a 2 de Junho, na Culturgest, Cinemateca Portuguesa, Cinema Ideal, Cinema Fernando Lopes, Cinema São Jorge e Piscina Municipal da Penha de França.

Competição Internacional e Silvestre

A Competição Internacional do IndieLisboa 2024 conta com 12 longas e 34 curtas-metragens. Nas longas, destaque para El Auge Del Humano 3, de Eduardo Williams, que "usa um dispositivo original e intrusivo - a câmara de 360 graus - para explorar as inquietações de um grupo d e pessoas"; Rising up at Night, de Nelson Makengo, "visita Kinshasa, numa altura em que a República Democrática do Congo está envolta em turbulência", sendo que "o foco do filme é a construção de uma central elétrica, ao mesmo tempo que a cidade está com dificuldades de acesso a electricidade"; The Feeling That the Time for Doing Something Has Passed, de Joanna Arnow, onde a realizadora também "protagoniza, escreve, edita o filme"; Malqueridas, de Tana Gilbert, "debruça-se sobre uma comunidade chilena que vive uma existência invisível aos olhos da sociedade: a de mulheres na prisão"; Dormir de Olhos Abertos, de Nele Wohlatz, "é uma delicada e cómica série de enganos passada no Recife, Brasil, em que personagens — Kai e o seu coração partido, Fu Ang e as suas ambições para além da loja de chapéus de chuva, e Xiao Xin na sua torre de luxo a viver temporariamente enquanto emigrante — se vão encontrando e desencontrando  não-linearmente, como se fosse uma colectânea de postais fragmentados"; e The Missing, animação de Carl Joseph Papa, aborda "o trauma, físico e emocional, e reconciliação".

Nas curtas-metragens, destaque para o filme de animação 27, de Flóra Anna Buda, vencedor da Palma de Ouro de Cannes em 2023, e "que aborda a repressão familiar como força castradora, até que um acidente de bicicleta vem alterar essa percepção"; Un movimiento extraño, de Francisco Lezama, que conquistou o Urso de Ouro para Melhor Curta-Metragem, "acompanha uma jovem argentina que trabalha como guarda num museu em Buenos Aires"; Les yeux verts, de Sacha Teboul, com Denis Lavant e Claire Denis, acompanha "um homem que perdeu a mulher e tem apenas as memórias e algumas cassetes de vídeo que o ajudam a lembrar-se de todos os detalhes dela". O uso e a relação com a Inteligência Artificial e o mundo digital é temática comum em vários filmes desta edição do festival: Diamond Himalaya, de Mila Olivier, "explora um nicho particular da Internet que gira em torno de itens de luxo, em particular a mala Birkin, da Hermès, um item difícil de adquirir pelo seu preço exorbitante"; Christmas, Every Day, de Faye Tsakas, apresenta "duas gémeas, ainda muito crianças", que "já possuem uma pegada super popular nas redes sociais, onde as suas experiências com maquilhagem e roupa são vistas por inúmeras pessoas em todo o mundo"; 512x512, de Arthur Chopin, tem como foco "as imagens geradas por IA"; e The Oasis I Deserve, de Inès Sieulle, "aborda o uso integrado de Inteligência Artificial em jogos e filmes, e incorpora imagens assim geradas, mas também conversas com um chatbot que nos revela todas as tendências e preconceitos do ser humano".

A selecção Silvestre apresenta oito longas e 14 curtas-metragens. Destaque para Between the Temples, de Nathan Silver, que "explora a crise existencial de Ben, um cantor numa sinagoga que está a perder a voz"; e A Traveler’s Needs, de Hong Sang-soo, protagonizado por Isabelle Huppert que interpreta uma "mulher francesa na Coreia do Sul, cujos comportamentos não são compreendidos por quem a rodeia"

La Chimera, de Alice Rohrwacher

Nesta secção encontram-se também Mambar Pierrette, de Rosine Mbakam, que "acompanha uma costureira dos Camarões, mãe de três filhos, com um marido que não ajuda nas despesas, uma máquina que tem de reparar e clientes que regateiam o preço das indumentárias que cria"; Cidade; Campo, de Juliana Rojas, que "lida com a estranheza e inquietação das migrações, neste caso do campo para a cidade e vice-versa, e com todas as vicissitudes que as mudanças acarretam"; e ainda La Chimera, de Alice Rohrwacher, onde "Arthur, um jovem arqueólogo inglês, acaba envolvido com uma rede internacional de artefactos roubados"

Festa de Antecipação do IndieJúnior

A Festa de Antecipação do IndieJúnior acontece na tarde de 5 de Maio, dia da Mãe, "na Musa de Marvila, com uma sessão de curtas-metragens da última edição do festival, para maiores de 3 anos, que inclui o grande vencedor do Prémio do Público – A Poça da Maré. Há jogos, banhos de sol ao som de um dj-set, num terraço com escorregas e esplanada, para deleite de crianças e acompanhantes"

Retrospectivas + Director's Cut

No ano em que se comemoram os 50 anos sobre a Revolução dos Cravos, o IndieLisboa apresenta duas retrospectivas: a obra de Kamal Aljafari, realizador e artista visual palestiniano; e uma homenagem às Campanhas de Dinamização Cultural e Acção Cívica do Movimento das Forças Armadas (MFA), com "a exibição de alguns dos filmes que foram mostrados nessas campanhas, de autores como Cinda Firestone e o Grupo SLON de Chris Marker, contextualizadas com as reportagens da RTP feitas à época, que mostram um país efervescente"

Os Homens Que Eu Tive, de Tereza Trautman

Já secção Director’s Cut explora reflexões sobre cinema, filmes recuperados e recontextualizados, num diálogo entre passado e presente. Realizado por Tereza Trautman, em 1973, quando tinha 22 anos, em plena ditadura militar brasileira, Os Homens Que Eu Tive "questiona os padrões culturais rígidos da época, e o que era ou não permitido a uma mulher. O filme, recuperado pela Cinemateca Brasileira, é um soft-core feminista corajoso, visto à época como uma ameaça moral aos valores da família patriarcal burguesa". Já R21 aka Restoring Solidarity, de Mohanad Yaqubi, "recupera, a partir de um conjunto de 21 bobines de 16mm de um colectivo de cineastas militantes, o movimento japonês de solidariedade com a Palestina e a causa da autodeterminação. A recuperação destes trabalhos resultou num filme de intervenção que questiona a universalidade de determinadas lutas políticas. Várias das bobines recuperadas e aqui apresentadas foram polemicamente censuradas na Documenta 15"

Nas curtas, destaque vai para a colecção de quatro curtas de Chantal Akerman, parte do seu exame de admissão ao Institut Supérieur des Arts. O Primeiro Olhar de Chantal Akerman mostra "a vida na cidade de Bruxelas e em Knokke, na costa belga, e incluem a irmã e a mãe da realizadora, que será uma figura recorrente da sua futura obra"

Mais informação sobre o IndieLisboa e os filmes já anunciados em https://indielisboa.com/.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Crítica: Primeira Obra (2023)

"Então e o que é que seria fazer hoje o Bom Povo Português?"
Michel


*7/10 *

No ano em que comemora 80 anos de idade e 50 de carreira - os mesmos que o 25 de Abril -, Rui Simões estreia-se na ficção com Primeira Obra, um título bem-humorado para um realizador que fez do documentário a imagem de marca da sua filmografia.

Primeira Obra é a fusão de vários géneros: há muito de autobiográfico - e não faltam excertos ou referências directas a alguns dos seus documentários -, mas igualmente de drama romântico. As temáticas que interessam a Rui Simões estão lá: a Revolução, as causas sociais e o amor. A opção de reavivar muito da sua obra documental para complementar este filme fará as delícias dos cinéfilos que têm acompanhado a carreira de tantas décadas do cineasta.


Primeira Obra "retrata a história de um jovem investigador luso-descendente, Michel que chega de câmara na mão para pesquisar a Revolução por cumprir. Traçando paralelismos com a contemporaneidade, mapeia as formas em que o filme Bom Povo Português reflecte o país inserido na Europa. Em conversa com Simão, histórico cineasta, Michel procura respostas para o seu filme. Ao conhecer Susy, activista do ambiente, percebe que o amor é o caminho. Como sempre, a vida e o cinema misturam-se."

Entre a revisitação da sua carreira - do pós-revolução às festividades na Cova da Moura, passando pela dança de Olga Roriz -, onde António Fonseca (numa interpretação que capta tanto e tão bem o cineasta "original") é o seu alter-ego, na pele do realizador Simão, Rui Simões reflecte sobre a sua existência e do seu cinema e convida a plateia à mesma reflexão. Em resposta a esse convite, surge a personagem de Michel (Zé Bernardino), o jovem realizador lusodescendente que admira e procura no cinema de Simão o ponto de partida para a sua obra de estreia e que, entretanto, entre pesquisas e  distrações, se enamora de uma jovem activista climática (Ulé Baldé).


Rui Simões não quer ser o centro do seu próprio filme, mas é no reconhecimento do seu percurso, através das memórias de Simão (e tão bom que é recordar, por exemplo, Bom Povo Português), que reside o maior encanto do filme, passando o romance de Michel Susy para segundo plano. 

Uma Primeira Obra sincera, cheia de humildade e partilha, onde o amor e a luta de classes, que têm marcado a sua filmografia, se unem para contar mais uma história, onde, inevitavelmente, a realidade se sobrepõe à ficção.

domingo, 28 de abril de 2024

Sugestão da Semana #611




Ficha Técnica:
Título Original: Primeira Obra
Realizador: Rui Simões
Elenco: Zé Bernardino, Ulé Baldé, António Fonseca, Joana Brandão, Isabel Ruth, Mati Galey, Beatriz Gaspar, Jean-Marie GaleyAlice Barros Simões
Género: Drama
Classificação: M/12
Duração: 101 minutos

sábado, 27 de abril de 2024

Festa do Cinema Italiano 2024: Vencedores

Disco Boy, de Giacomo Abbruzzese, conquistou o Prémio de Melhor Filme na 17.ª Festa do Cinema Italiano. Os vencedores foram anunciados no dia 21 de Abril, no Cinema São Jorge, em Lisboa.

Disco Boy, de Giacomo Abbruzzese

O júri do festival, composto por Francesco Giai Via, João Pedro Rodrigues e Olga Roriz, atribuiu o Prémio de Melhor Filme a Disco Boy, por ser "um filme que imprime uma visão pessoal forte dos conflitos mundiais, sustentado por um trabalho inventivo que envolve todos os aspectos da criação cinematográfica". O júri atribuir ainda uma Menção Honrosa ao filme Felicità, de Micaela Ramazzotti.

O Prémio do Público foi para Ainda Temos o Amanhã, de Paola Cortellesi, filme de abertura da Festa e com estreia comercial marcada para dia 9 de Maio.

Ao longo dos dias da Festa, marcaram presença em Lisboa o actor Riccardo Scamarcio; as actrizes Jasmine Trinca e Benedetta Porcaroli; a realizadora Emma Dante; o escritor Sandro Veronesi; a escritora e jornalista Elena Stancanelli; e os produtores Giuseppe Pedersoli e Alan Friedman

Ainda esteve presente o músico Massimo Zamboni, o duo Colapesce Dimartino, acompanhados pelo realizador Zavvo Nicolosi, os DJs Napoli Segreta e ​​Andrea Fabrizii da histórica editora CAM Sugar, e o humorista Sandro Cappai.

A programação da 17.ª Festa do Cinema Italiano continua em mais cidades portuguesas, entre elas: Abrantes, Almada, Aveiro, Beja, Cascais, Coimbra, Évora, Figueira da Foz, Funchal, Lagos, Leiria, Loulé, Oeiras, Porto, Sardoal, Setúbal e Vila Velha de Ródão. 

Mais informações sobre a Festa do Cinema Italiano em https://festadocinemaitaliano.com/.

PREMIADOS FESTA DO CINEMA ITALIANO 2024

Prémio do Júri para Melhor Filme

Disco Boy, de Giacomo Abbruzzese

Prémio do Público para Melhor Filme

Ainda Temos o Amanhã, de Paola Cortellesi

Menção Honrosa do Júri

Felicità, de Micaela Ramazzotti

Moinho Cine Fest 2024: Vencedores

ISTINA (Truth), de Tamara Denić, foi o grande vencedor da 6.ª edição do Moinho Cine Fest. O festival aconteceu nos dias 5, 6, 13 e 20 de Abril em Custóias, Leça do Balio e Guifões, Matosinhos.

O filme da realizadora sérvio-alemã Tamara Denić conquistou os prémios de Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Curta-metragem.

ISTINA(Truth), de Tamara Denić

ISTINA (Truth) "foi produzido no âmbito de projecto final de mestrado na Hamburg Media School com o apoio da Friedrich Naumann Foundation for Freedom e inspirou-se na liberdade de imprensa e na liberdade de expressão, que estão sob enorme pressão nos Balcãs". Nika Rozman é a protagonista da curta-metragem, que conta a história de Jelena, uma fotojornalista sérvia ameaçada por grupos de extrema-direita em Belgrado, que foge para a Alemanha com a filha. Mas, na Alemanha, também é vítima de violência contra jornalistas.

O júri da 6.ª edição do Moinho Cine Fest, foi constituído por António Costa Valente, Mário Branquinho e Tiago Afonso, que também distinguiu outros filmes. Aplauso, de Guilherme Daniel, venceu na categoria de Melhor Filme Português; Gosto de te ver a dormir, de Hugo Pinto, conquistou o título de Melhor Filme Mobile; Díluvio, de Eduardo Cruz, foi a Melhor Média-metragem; Tanganhom, de Vitor Covelo, foi a Melhor Micro-metragem; To Be, de Pascal Jousse, conquistou o prémio para Melhor Nano-metragem; Two One Two, de Shira Avni, venceu Melhor Animação; A life at See, de Elisa Mand e Bente Rohde, foi o Melhor Documentário; Dva, de Alexandra Karelina, conquistou o prémio de Melhor Filme Experimental; e Middle Eastern Stories: Father, de Reza Daghagh, venceu na categoria de Melhor Ficção. Foram ainda atribuídas Menções Honrosas para Amoreiras, de Pedro Augusto Almeida, I was born in 1988, de Yasaman Baghban, e Motus, de Nelson Fernandes.

Toda a informação sobre o Moinho Cine Fest em https://moinhocinefest.com/.

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Estreias da Semana #611

Esta Quinta-feira, em que se celebram os 50 anos da Revolução do 25 de Abril de 1974, chegam às salas de cinema portugueses 11 novos filmes, para celebrar a Liberdade. Primeira Obra, de Rui Simões, Here, de Bas Devos, e Challengers, de Luca Guadagnino, são algumas das estreias deste feriado.

A Barragem (2023)
Al-Sadd / Le Barrage
Barragem de Merowe no Norte do Sudão. Maher trabalha numa fábrica de tijolos tradicional alimentada pelas águas do Nilo. Todas as noites, vagueia secretamente pelo deserto para erguer uma misteriosa construção feita de lama. Apesar da ferida perturbadora na zona lombar, que parece corroer-lhe a pele, continua o seu trabalho, dia após dia. Enquanto o povo sudanês se levanta para reclamar a liberdade, a sua criação de lama começa lentamente a ganhar vida.

A Grande Viagem 2: Entrega Especial (2022)
Big Trip 2: Special Delivery
Já passou um ano desde que Miro e Oscar regressaram da sua incrível aventura. Agora, partem noutra grande viagem num dirigível para devolverem um pequeno urso aos seus pais, salvar as eleições americanas e impedir que o continente seja destruído por um vulcão em erupção.

Algo que Disseste a Noite Passada (2023)
Something You Said Last Night
Uma aspirante a escritora de 20 e poucos anos acompanha hesitantemente a sua irmã mais nova, também ela relutante, nas férias com os seus pais delirantemente felizes.

Amo-te Imenso (2024)
Fábio, um brasileiro reservado, vem passar algum tempo a Lisboa. Em pouco tempo, conhece um grupo de pessoas de diversas nacionalidades de que faz parte Maria, uma jovem portuguesa destemida que rapidamente se torna especial. Agarrado a segredos do passado, Fábio terá de fechar algumas portas a fim de dar oportunidade ao amor.

Aqui (2023)
Here
Em Bruxelas, um trabalhador da construção civil romeno e uma estudante de doutoramento belga-chinesa, cruzam-se pouco antes de o primeiro regressar a casa.

Challengers (2024)
Tashi Duncan (Zendaya) é uma antiga estrela do ténis que se tornou treinadora, uma força da natureza que nunca pede desculpa pelo seu jogo dentro e fora do campo. Casada com Art, conseguiu transformá-lo de jogador medíocre em campeão do Grand Slam. Quando Art tenta ultrapassar uma maré de derrotas, a estratégia de Tashi toma um rumo surpreendente. Convence o marido a jogar um torneio Challenger - o nível mais baixo do circuito profissional - onde terá de enfrentar Patrick, o seu antigo melhor amigo e ex-namorado de Tashi que foi outrora um talento promissor, mas agora se encontra esgotado e em fim de carreira. À medida que passado e presente colidem e a tensão aumenta, Tashi questiona-se: qual é o preço a pagar pela vitória?

Pequenas Cartas Malvadas (2023)
Wicked Little Letters
A impetuosa Rose Gooding tem pouco em comum com a devota Edith Swan, para além de serem vizinhas na cidade costeira de Littlehampton, na década de 1920. Um dia, porém, Edith e outras pessoas da cidade começam a receber cartas maliciosas, escritas com uma linguagem tão excêntrica quanto obscena, e o dedo da suspeita recai imediatamente sobre Rose. Enquanto Rose arrisca perder a liberdade e a custódia da filha, as escandalosas cartas continuam a inundar a cidade. Gladys Moss, uma das primeiras agentes femininas admitidas na polícia, suspeita que algo está errado. Com um grupo de mulheres expeditas, procura resolver o mistério, libertar Rose e apanhar o verdadeiro culpado.

Primeira Obra (2023)
A ficção nunca está longe da realidade. Um jovem, de ascendência portuguesa, decide fazer um doutoramento com base no documentário Bom Povo Português, uma obra de 1980, realizada por Rui Simões. Abre-se assim a porta a um paralelismo entre a realidade do filme que vemos e a do PREC - o momento do documentário estudado - e o mundo contemporâneo, com o jovem Michel pelo meio.

Spy X Family Código: Branco (2023)
Gekijô-ban Supai Famirî Kôdo: Howaito
Após receber uma ordem de substituição na Operação Strix, Loid decide ajudar Anya a ganhar um concurso de culinária na Eden Academy, preparando a refeição preferida do director, e assim evitar a sua transferência. Os Forgers decidem viajar para a região de origem da refeição, mas acidentalmente desencadeiam uma sequência de acontecimentos capazes de ameaçar a paz mundial.

Sting: Aranha Assassina (2024)
Sting
Depois de criar em segredo uma aranha assustadoramente talentosa, Charlotte, de 12 anos, tem de enfrentar a verdade sobre o seu animal de estimação e lutar pela sobrevivência da sua família.

Um Lugar Seguro (2023)
Sigurno mjesto / Safe Place
Uma súbita tentativa de suicídio abre uma brecha na vida quotidiana de uma família. As suas rotinas mudam como se tivessem sido arrastados para uma guerra invisível a todos os outros.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Crítica: Guerra Civil / Civil War (2024)

"I need a quote."
Joel


*8/10*

Eis que chega aos cinemas um blockbuster sobre jornalismo de guerra. Alex Garland não se faz rogado e arrisca numa Guerra Civil fictícia, mas cheia de semelhanças com a realidade, onde o papel dos jornalistas é ponto fulcral da existência e sucesso da longa-metragem.

Talvez num convite à reflexão - feito, aliás, durante toda a longa-metragem -, nos EUA, simbolicamente, o filme estreou a 12 de Abril, o mesmo dia em que, em 1861, teve início a Guerra Civil Americana. 

O realizador não se compromete com tomadas de posição (quem serão os bons ou os maus, ou se há um tom premonitório que torne esta Guerra Civil cinematográfica numa possibilidade real), cumprindo, contudo, a função de relatar os acontecimentos (fictícios, neste caso), com rigor e isenção, promovendo o pensamento crítico da sua audiência. Não terá aqui um papel muito semelhante ao dos jornalistas protagonistas?


"Num futuro próximo, a América está dividida em múltiplas facções que se envolveram numa guerra civil em rápida escalada. As Forças Ocidentais, uma aliança armada de estados em revolta contra o governo federal, está a dias de forçar a rendição do Capitólio. Na esperança de conseguir uma derradeira entrevista com o presidente, uma fotógrafa que captou atrocidades e conflitos em todo o mundo, viaja numa pequena caravana de jornalistas que tenta alcançar Washington antes que os rebeldes se apoderem da Casa Branca."

Alex Garland segue quatro jornalistas numa espécie de road movie por cenários de guerra, numa longa e perigosa viagem por território americano em estado de sítio. Entre locais destruídos, abandonados, corpos no chão - ou em valas - e tiroteios, passando por campos de refugiados, exércitos e rebeldes ou por facções que dominam determinados territórios, agora sem lei, o caminho é sinuoso e muito arriscado, e nem o colete identificativo de "press" ("imprensa") dá mais segurança ao grupo de repórteres. Tudo parece atrasar a jornada de obstáculos para chegar a Washington e ao ainda Presidente dos EUA. A Alex Garland não interessa especialmente revelar o exacto motivo que desencadeou esta Guerra Civil. Ele quer sim, que os jornalistas cheguem a bom porto e consigam alcançar o furo jornalístico que tanto ambicionam e pelo qual tudo farão.


Neste thriller, com excelentes sequências de acção, onde se vêem destruídos alguns marcos arquitetónicos norte-americanos, o realizador coloca a câmara (e a plateia) ao lado dos jornalistas, proporcionando momentos verdadeiramente incómodos e impressionantes.

Na era do imediatismo e das notícias falsas, Guerra Civil destaca a importância da presença dos jornalistas - e da paixão que as quatro personagens têm pela profissão, seja o veterano Sammy, que apesar da idade avançada, não admite a ideia de não se juntar à viagem, ou a jovem fotógrafa Jessie, que embarca junto da sua referência no fotojornalismo de guerra, Lee. Ela e o seu colega Joel, apesar da experiência em cenários de guerra, não parecem também estar preparados para a violência que esta jornada até ao Presidente lhes guarda. A vocação e a coragem para cumprir o seu dever de informar - a que se junta, claro, a adrenalina de ser o primeiro a dar a notícia - são fundamentais para contar a "estória" com isenção, rigor e objectividade. 


Kirsten Dunst, Wagner Moura, Cailee Spaeny e Stephen McKinley Henderson formam o heterogéneo grupo de jornalistas a enfrentar o sinuoso caminho rumo a Washington, e os quatro actores são capazes de trazer a humanidade necessária a cada personagem, entre o tormento, a adrenalina, a curiosidade e a resiliência. Destaque ainda para os breves momentos de Jesse Plemons no ecrã, num dos momentos mais tensos e inesperados da acção.

Com Guerra Civil, Alex Garland redime-se da péssima abordagem do seu filme anterior (Men, 2022) e regressa ao percurso, iniciado com Ex-Machina, em 2014, de dotar os géneros aparentemente "gastos" de uma originalidade incomum, com coragem e engenho.

domingo, 21 de abril de 2024

Sugestão da Semana #610

Das estreias da passada Quinta-feira, a Sugestão da Semana destaca Guerra Civil, de Alex Garland.

GUERRA CIVIL


Ficha Técnica:
Título Original: Civil War
Realizador: Alex Garland
Elenco: Kirsten Dunst, Wagner Moura, Cailee Spaeny, Jesse Plemons, Stephen McKinley Henderson, Nick Offerman
Género: Acção, Thriller
Classificação: M/14
Duração: 109 minutos

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Estreias da Semana #610

Esta Quinta-feira, chegam às salas de cinema portuguesas oito novos filmes. Cabrini e Guerra Civil são duas das estreias em destaque.

AEIOU - Um Breve Alfabeto do Amor (2022)
AEIOU - Das schnelle Alphabet der Liebe / AEIOU - A Quick Alphabet of Love
Anna tem 60 anos e o seu apogeu como actriz pertence ao passado. Vive sozinha, mas tem um amigo e confidente no seu vizinho de baixo, Michel, que também é solteiro. Relutantemente, aceita um emprego como terapeuta da fala de Adrian, um rapaz de 17 anos com um distúrbio na fala e algo desajustado. Ela reconhece-o como o rapaz que recentemente lhe roubou a mala na rua.

Cabrini (2024)
Francesca Cabrini, uma imigrante italiana, chega à cidade de Nova Iorque em 1889 e é recebida por doenças, crime e crianças empobrecidas. Cabrini lança-se numa audaciosa missão para convencer um presidente da câmara hostil a garantir habitação e cuidados de saúde para os mais vulneráveis. Com um inglês deficiente e uma saúde frágil, Cabrini usa a sua mente visionária para construir um império de esperança.

Da Vinci - O Grande Inventor (2023)
The Inventor
O obstinado e curioso inventor Leonardo da Vinci deixa a Itália para se juntar à corte francesa, onde tem liberdade para fazer experiências, inventar engenhocas voadoras, máquinas incríveis e estudar o corpo humano. Acompanhado pela audaciosa princesa Margarida, vai descobrir a resposta à derradeira questão: "Qual o significado de tudo isto?"

De Cor (ações) (2022)
Par coeurs
Verão de 2021. Isabelle Huppert prepara a peça de teatro O Cerejal, de Anton Tchékhov. Fabrice Luchini ensaia textos de Nietzsche. Os dois espectáculos vão estrear no Festival de Avignon. Quando deixam os bastidores e sobem ao palco, os dois actores transfiguram-se. O público não imagina o que aconteceu antes. Ao seguir o seu dia-a-dia, nas semanas que antecedem as estreias, Benoît Jacquot mostra os dois actores como nunca os víramos antes.

Em Nome da Terra (2023)
Chłopi / The Peasants
Jagna, uma jovem de 19 anos, dona de uma beleza única e de um espírito irreverente e livre, é uma das mulheres mais cobiçadas da aldeia. Quando Boryna, um latifundiário influente e rico, fica viúvo, a família de Jagna força-a a casar para benefício próprio, mas Jagna é apaixonada por Antek, filho de Boryna, e, para viver esse amor, quebra as regras e os padrões sociais da época, criando rebuliço e muita inveja na pacata e aborrecida aldeia polaca de finais do século XIX. Animação pintada à mão sobre acção real, baseada no romance homónimo do escritor polaco vencedor de um Prémio Nobel, Władysław Reymont.

Encontro Infernal (2023)
Sympathy for the Devil
Um homem comum conduz pelas ruas de Las Vegas a caminho do hospital onde a mulher está a dar à luz o seu segundo filho. Entra no parque de estacionamento, estaciona e enquanto procura algo, vê um homem misterioso forçar a entrada no banco de trás e sacar de uma arma obrigando-o a arrancar. A partir deste instante, ambos se vêem envolvidos numa viagem infernal onde nem tudo é o que parece.

Guerra Civil (2024)
Civil War
Num futuro próximo, a América está dividida em múltiplas fações que se envolveram numa guerra civil em rápida escalada. As Forças Ocidentais, uma aliança armada de estados em revolta contra o governo federal, está a dias de forçar a rendição do Capitólio. Na esperança de conseguir uma derradeira entrevista com o presidente, uma fotógrafa que captou atrocidades e conflitos em todo o mundo, viaja numa pequena caravana de jornalistas integrada na coluna das forças armadas que tenta alcançar Washington antes que os rebeldes se apoderem da Casa Branca.

O Rapto (2023)
Rapito
A história de Edgardo Mortara, o jovem judeu que vivia em Bolonha, Itália, e que em 1858, depois de ter sido baptizado secretamente, foi retirado à força à sua família para ser educado como cristão. A luta dos seus pais para libertar o filho tornou-se parte de uma batalha política mais vasta que opôs o papado às forças da democracia e da unificação italiana.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

MDOC - Festival Internacional de Cinema Documental de Melgaço regressa de 29 de Julho a 4 de Agosto

O MDOC - Festival Internacional de Cinema Documental de Melgaço está de regresso de 29 de Julho a 4 de Agosto para a sua 10.ª edição, com foco nos 50 anos do 25 de Abril.

O festival recebe submissões de filmes até 19 de Maio e estão abertas as inscrições para as residências de cinema e fotografia, e para a oficina de cinema. 

No ano em que completa uma década de existência, o MDOC "continua a apostar na apresentação de documentários com expressão cinematográfica que interrogam o mundo em que vivemos e nos desafiam a debater questões universais com foco nos direitos humanos", referiu Carlos Eduardo Viana, coordenador do MDOC.

Residências e oficinas com foco na Revolução em diferentes geografias

Este ano, o MDOC assinala as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril com um plano de actividades alusivas ao tema. O Fora de Campo – Curso de Verão está de regresso e, de 29 de Julho a 4 de Agosto, "será ponto de encontro de pesquisa, debate e desenvolvimento de práticas criativas de várias proveniências". O tema Cinema e Revolução estará na "mesa de trabalhos abordando temas diversificados e várias geografias (como a Democracia em Vertigem do Brasil; Chile, em busca das imagens dos sonhos; Reflexos e memórias da transição espanhola; as Revoluções nas paisagens; Foto memória; África, cinema e revolução, entre outros temas)". Mais informação e conteúdo programático encontra podem ser consultados em https://mdocfestival.pt/pt/foradecampo e as inscrições devem ser feitas até 15 de Julho em https://mdocfestival.pt/pt/foradecampo-form.

No que toca às residências cinematográficas e fotográficas, no âmbito do Plano Frontal, que decorre entre 26 de Julho e 4 de Agosto, Pedro Sena Nunes irá orientar a residência Produzir um documentário, "desafiando quatro equipas a realizarem quatro documentários sobre temas locais que lhes serão propostos. A ideia passa por abordar a história da região e contribuir para a criação de um arquivo audiovisual sobre o património imaterial de Melgaço. Cada equipa selecionada usufruirá de uma bolsa no valor de 5 000€, para pagamento de despesas relacionadas com estadia, apoio técnico, produção e tutoria". As candidaturas devem ser feitas até 30 de Junho em https://mdocfestival.pt/pt/residencia-cinema-form, e o regulamento esta disponível em https://mdocfestival.pt/pt/residencia-cinema-regulamento.

No âmbito do Plano Frontal - Residência Fotográfica, durante dez dias (entre 26 de Julho e 4 de Agosto), "os participantes serão desafiados a fotografar sobre temas locais que lhes serão propostos. Esta residência, orientada também por Pedro Sena Nunes, tem como intuito promover a fotografia e incentivar ao aparecimento de novos fotógrafos. Os custos associados serão suportados por uma bolsa individual no valor de 2 000€". As candidaturas devem ser feitas até 30 de Junho em https://mdocfestival.pt/pt/residencia-fotografica-form, o regulamento esta disponível em https://mdocfestival.pt/pt/residencia-fotografica-regulamento.

As oficinas do MDOC regressam à Escola Secundária de Melgaço, entre 29 de Julho e 1 de Agosto, onde a realizadora Catarina Mourão (A Toca do Lobo e Astrakan 79) vai orientar a oficina de Cinema – Documentário “A Casa e o Mundo”. A cineasta "irá partilhar o seu processo criativo e promete desafiar os participantes a pensarem em diferentes abordagens da realidade, filmarem o conflito, o improviso, o Outro, e trabalhar num exercício prático que reflita a voz, uma abordagem pessoal, uma memória ou diferentes temporalidades". A inscrição poderá ser feita até 15 de Julho em https://mdocfestival.pt/pt/oficina-a-casa-e-o-mundo-form.

Toda a informação sobre o Festival Internacional de Cinema Documental de Melgaço em: https://mdocfestival.pt/pt.

domingo, 14 de abril de 2024

Sugestão da Semana #609

Das estreias da passada Quinta-feira, a Sugestão da Semana destaca Revolução (Sem) Sangue, de Rui Pedro Sousa.

REVOLUÇÃO (SEM) SANGUE


Ficha Técnica:
Título Original: Revolução (Sem) Sangue
Realizador: Rui Pedro Sousa
Elenco: Diogo FernandesHelena Caldeira, Lucas Dutra, Rafael Paes, Manuel Nabais, São José Correia, João ArraisPaloma Del PillarJoão Bettencourt, Patrícia AndréCatarina Siqueira
Género: Biografia, Drama, História
Classificação: M/12
Duração: 104 minutos

sábado, 13 de abril de 2024

Dia Internacional do Beijo: Os Melhores Beijos de 2023

Em mais um Dia Internacional do Beijo, fizemos a selecção de alguns dos mais inesquecíveis beijos do passado ano cinematográfico, que pudemos ver entre Janeiro e Dezembro de 2023 (nos cinemas portugueses e nas plataformas de streaming). 

Jake (jovem) e Silva (jovem) (Jason Fernández e José Condessa) em Estranha Forma de Vida / Extraña forma de vida (2023)

Mollie e Ernest Burkhart (Lily Gladstone e Leonardo DiCaprio) em Assassinos da Lua das Flores / Killers of the Flower Moon (2023)


Lydia e Sharon (Cate Blanchett e Nina Hoss) em Tár (2022)



Felipe e Cassandro (Bad Bunny e Gael García Bernal) em Cassandro (2023)



Jeanne du BarryLouis XV (Maïwenn e Johnny Depp) em Jeanne du Barry - A Favorita do Rei (2023)


Coriolanus Snow e Lucy Gray Baird (Tom Blyth e Rachel Zegler) em The Hunger Games: A Balada dos Pássaros e das Serpentes / The Hunger Games: The Ballad of Songbirds & Snakes (2023)


Napoleão Josephine Bonaparte (Joaquin Phoenix e Vanessa Kirby) em Napoleão / Napoleon (2023)


Felicia e Leonard (Carey Mulligan e Bradley Cooper) em Maestro (2023)

Prémios Sophia 2024: Nomeados

A Academia Portuguesa de Cinema (APC) divulgou os nomeados para a 13.ª edição dos Prémios Sophia.


Não Sou Nada - The Nothingness Club, de Edgar Pêra, lidera a corrida com 15 nomeações, seguido de Great Yarmouth - Provisional Figures, de Marco Martins, com 13. Nação Valente, de Carlos Conceição, soma 10 nomeações, e Mal Viver, de João Canijo, conta com 8 nomeações.

A 13.ª cerimónia de entrega dos Prémio Sophia realiza-se a 26 de Maio, no Casino Estoril, e será transmitida na RTP2, sob o tema Cinema é Liberdade.

Eis a lista completa de nomeados para os Prémios Sophia 2024:

Melhor Filme
Great Yarmouth – Provisional Figures
Não Sou Nada – The Nothingness Club

Melhor Realização
Edgar Pêra - Não Sou Nada – The Nothingness Club
Marco Martins - Great Yarmouth – Provisional Figures

Melhor Argumento Original
Edgar Pêra e Luísa Costa Gomes  - Não Sou Nada – The Nothingness Club
Filipa Reis, João Miller Guerra, Sara Morais, José Filipe Costa e Letícia Simões - Légua

Melhor Argumento Adaptado
Eduardo Brito - A Sibila, adaptado da obra de Agustina Bessa-Luís, A Sibila
Júlio Alves - A Arte de Morrer Longe, adaptado a partir da obra A Arte de Morrer Longe, da autoria de Mário de Carvalho
Rui Cardoso Martins e Fernando Vendrell - Sombras Brancas, adaptado a partir da obra De Profundis, Valsa Lenta, de José Cardoso Pires

Melhor Actor Principal
Miguel Borges, Não Sou Nada – The Nothingness Club
Rui Morrisson, Sombras Brancas

Melhor Actriz Principal
Beatriz Batarda, Great Yarmouth – Provisional Figures
Joana Bernardo, A Noiva

Melhor Actor Secundário
Albano Jerónimo, Não Sou Nada – The Nothingness Club
Matamba Joaquim, Pátria
Romeu Runa, Great Yarmouth – Provisional Figures
Victor Correia, Não Sou Nada – The Nothingness Club

Melhor Actriz Secundária
Rita Cabaço, Great Yarmouth – Provisional Figures
Victoria Guerra, Não Sou Nada – The Nothingness Club


Melhor Direcção de Fotografia
João Ribeiro, Great Yarmouth – Provisional Figures

Melhor Montagem
Cláudio Vasques, Não Sou Nada – The Nothingness Club
Mariana Gaivão, Marco Martins e Karen Harley, Great Yarmouth – Provisional Figures

Melhor Som
Miguel Martins e Rafael Cardoso, Great Yarmouth – Provisional Figures
Pedro Marinho e Pedro Góis, Não Sou Nada – The Nothingness Club

Melhor Banda Sonora Original
Jim Williams, Great Yarmouth – Provisional Figures
Jorge Prendas, Não Sou Nada – The Nothingness Club
Manuel Rivero e Gaiteiros de LisboaOs Demónios do Meu Avô

Melhor Canção Original
What is Fame After Death – Não Sou Nada – The Nothingness ClubLetra: Fernando Pessoa / Música e Interpretação: Jorge Prendas
Lápis Azul –  Sombras BrancasLetra: José Cardoso Pires (a partir de excertos censurados de Histórias de Amor) / Música: Eduardo Raon; Interpretação: Eduardo Raon e Rita Redshoes 
Caretos – Os Demónios do Meu AvôLetra: Possidónio Cachapa / Música: Carlos Guerreiro; Interpretação: Gaiteiros de Lisboa 
Casinha – A Minha Casinha; Letra, Música e Interpretação: Fábio Soares

Melhor Direcção de Arte
Ricardo Preto, Não Sou Nada – The Nothingness Club
Sara Lança e Chris Barber, Great Yarmouth – Provisional Figures

Melhor Caracterização/Efeitos Especiais
Arnauld Chelet, Great Yarmouth – Provisional Figures
Bárbara Brandão, Carlos Amaral e Júlio Alves, Não Sou Nada – The Nothingness Club

Melhor Guarda-Roupa
Isabel Carmona, Great Yarmouth – Provisional Figures
Susana Abreu, Não Sou Nada – The Nothingness Club

Melhor Maquilhagem e Cabelos
Bárbara Brandão, Não Sou Nada – The Nothingness Club
Bárbara Brandão, A Sibila
Maria Almeida (Nini), Great Yarmouth – Provisional Figures

Melhor Série/Telefilme
Cavalos de Corrida
Realização, Criação e Escrito por: André Santos e Marco Leão
Produção: Pandora da Cunha Telles e Pablo Iraola, Ukbar Filmes

Emília
Realização, Criação, Dir. Argumento e Escrito por: Filipa Amaro
Produção: Maria João Mayer, Maria&Mayer


Salgueiro Maia – O Implicado
Realização: Sérgio Graciano
Inspirado em Salgueiro Maia – Um Homem da Liberdade, de António de Sousa Duarte
Dir. Argumento e escrito por: João Lacerda Matos
Produção: José Gandarez, Sky Dreams Entertainment

Melhor Curta-Metragem de Ficção
As Gaivotas Cortam o Céude Mariana Bártolo e Guillermo García López
Corpos Cintilantesde Inês Teixeira
Monte Clérigode Luís Campos

Melhor Curta-Metragem de Documentário
A Arte da Memória, de Rodrigo Areias
As Nossas Primaveras Passadas Não Voltam Mais, de Joel Cartaxo Anjos
Body Buildings, de Henrique Câmara Pina
Coney Island – As Primeiras Vezes, de Joana Botelho 

Melhor Curta-Metragem de Animação
Algo que Eu Disse, de Sara Barbas
Ana Morphose, de João Rodrigues
Foxtale, de Alexandra Allen
Sopa Fria, de Marta Monteiro

Prémio Sophia Estudante
Défilement, de Francisca Miranda FBAUP
Kintsugi, de Martim da Cunha - Escola das Artes – Universidade Católica Portuguesa
Praia da Aguda, de Salvador Gil ESAP
Seres Vivos, de Margarida Fonseca Ar.Co

Prémio Sophia Carreira 2023
Luís Cília (músico e compositor)
Rui Simões (realizador)

Esta Sexta-feira, dia 12 de Abril, foram ainda entregues os prémios:

Arte & Técnica
O Som e a Música no Cinema Português - Processos Criativos seguido de Entrevistas, de Helder Filipe Gonçalves

Melhor Cartaz
A Noiva, autoria de Cristina Reis

Melhor Trailer
O Último Animal, autoria de Karen Levy

Melhor Filme Europeu
Cerrar Los Ojos, de Victor Erice - Distribuição Nitrato Filmes

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Estreias da Semana #609

Esta Quinta-feira, chegaram às salas de cinema portuguesas dez novos filmes. Revolução (Sem) Sangue e Back to Black são duas das estreias em destaque.

Avó (2021)
Juniper
Sam é um adolescente rebelde que regressa a casa após ser expulso do colégio interno. Como castigo, passa a ter a responsabilidade de cuidar da sua avó alcoólica, Ruth. O confronto geracional desencadeia uma viagem de conhecimento e crescimento para ambos: enquanto o neto lida com os seus demónios, a avó enfrenta a sua mortalidade.

Back to Black (2024)
Um olhar sobre a vida e a carreira musical de Amy Winehouse e uma tentativa de compreender como os demónios pessoais acabaram por destruí-la. Com um argumento baseado na primeira pessoa, o filme mostra a ascensão de Amy Winehouse, desde a educação num subúrbio de Londres ao estrelato mundial, antes da sua morte com apenas 27 anos.

Lupin III - O Castelo de Cagliostro (1979)
Rupan sansei: Kariosutoro no shiro / Lupin the Third: The Castle of Cagliostro
O célebre ladrão Lupin III e o seu parceiro Jigen são vítimas de um magistral embuste quando descobrem que o produto do assalto a um casino não passa de um monte de notas falsas habilmente fabricadas. Determinado a vingar-se, Lupin tenciona roubar os tesouros do Castelo de Cagliostro, mas nem tudo corre como planeado. Com a ajuda da imprevisível Fujiko e do espadachim Goemon, Lupin e Jigen terão de salvar a donzela em apuros, prestes a casar contra a sua vontade com o maléfico Conde, e abrir caminho por armadilhas, masmorras e um exército de assassinos. Conseguirá Lupin resgatar a donzela, livrar-se do seu inimigo de longa data, o Inspector Zenigata, e descobrir os tesouros secretos do Castelo de Cagliostro?

No Interior do Casulo Amarelo (2023)
Bên Trong vo kén Vàng
Inesperadamente, Thien recebe a notícia da morte da cunhada e fica responsável por cuidar do sobrinho Dao, de 5 anos. Regressa à aldeia onde nascera, para organizar o funeral, e ir à procura do irmão, e pai de Dao, que partira há anos. À medida que emerge do que parece ser um longo estado de dormência, torna-se claro que a busca que Thien empreende não é apenas pelo seu irmão, mas também por ele próprio. Neste filme-casulo sentimo-nos transportados para uma outra realidade e embrenhados numa descoberta transcendental despertada por uma catástrofe.

Os Três Mosqueteiros: Milady (2023)
Les Trois Mousquetaires: Milady
Constance é raptada diante dos olhos de D'Artagnan. Numa busca frenética para a salvar, o jovem mosqueteiro é forçado a juntar forças com a misteriosa Milady de Winter. Quando a guerra é declarada e Athos, Porthos e Aramis já se juntaram à frente de batalha, um terrível segredo do passado destrói todas as antigas alianças. À medida que o Rei fica cada vez mais sob o controlo do Cardeal Richelieu, D'Artagnan e os Mosqueteiros são o último bastião antes do caos. No entanto, envolvidos numa conspiração que ameaça colocar o país a ferro e fogo, o destino submete-os a uma terrível escolha: terão de sacrificar aqueles que amam para cumprir a sua missão? Segunda parte de uma adaptação cinematográfica em duas partes do romance de Alexandre Dumas.

Retrato de Família Com Teatro de Marionetas (2023)
Le Grand Chariot
A história de uma família de marionetistas: os irmãos Louis, Martha e Lena. O pai dirige a troupe e a avó faz as marionetas. São uma companhia e fazem espectáculos, até que um dia o pai morre de um ataque cardíaco e deixa os filhos sozinhos.

Revolução (Sem) Sangue (2024)
Baseado em factos reais, Revolução (Sem) Sangue conta a história de quatro jovens que seguem as suas rotinas diárias num regime ditatorial. Embora não se conhecessem, o dia 25 de Abril de 1974 trouxe-lhes um destino comum.  O dia que mudou o rumo do país ditou também o fim das suas vidas. Um golpe de Estado militar derrubou o Governo e a população foi incitada a permanecer em casa. No entanto, a ânsia pela liberdade levou-os, junto com a multidão, para as ruas. Esta é a história das suas vidas.

Sleeping Dogs - A Teia (2024)
Sleeping Dogs
Roy Freeman, que está a submeter-se a um tratamento de ponta para a doença de Alzheimer, é forçado a lidar com o impacto de uma investigação da sua vida como polícia quando um condenado à morte, que ele prendeu 10 anos antes, começa a proclamar a sua inocência. Intrigado e com dificuldades em recuperar a memória, Freeman pede ajuda ao antigo parceiro para reavivar o caso e descobrir a verdade. Juntos, começam a desvendar um emaranhado de segredos que obrigam Freeman a lidar com algumas descobertas terríveis.

SOS - Salvem a Nossa Escola (2022)
La cour des miracles
Nos arredores de Paris, a escola primária Jacques Prévert é ameaçada pela iminente conclusão de um novo estabelecimento de ensino. Temendo perder o pouco de diversidade social que resta na sua escola e esperando atrair os novos moradores da cidade, a directora Zahia junta-se a Marion, uma jovem e engenhosa professora, para criar a primeira "escola verde" dos subúrbios. Para isso, terão de convencer um corpo docente que não é exatamente o grupo mais ecologicamente correto do planeta.

Vincent Tem de Morrer (2023)
Vincent doit mourir
Vincent vê-se atacado de um dia para o outro sem razão aparente. Quando o fenómeno se intensifica, vê-se obrigado a fugir e a mudar completamente o seu modo de vida.