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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Globos de Ouro SIC 2021: Vencedores de Cinema e Televisão

Os Globos de Ouro SIC 2021 foram anunciados na noite de Domingo, 3 de Outubro. Listen e A Herdade distinguiram-se nas categorias de cinema; Golpe de Sorte, Amor Amor e Esperança, nas categorias de ficção televisiva.


Fica a lista completa de vencedores de Cinema e Televisão:

CINEMA - MELHOR ACTRIZ
Lúcia Moniz - Listen
Margarida Vila-Nova - Hotel Império
Maria de Medeiros - Ordem Moral
Sandra Faleiro - A Herdade
Vitalina Varela - Vitalina Varela

CINEMA - MELHOR ACTOR
Albano Jerónimo - A Herdade
João Nunes Monteiro - Mosquito
Luís Lima Barreto - O Ano da Morte de Ricardo Reis
Rúben Garcia - Listen
Sérgio Praia - Variações

CINEMA - MELHOR FILME
A Herdade - Tiago Guedes
Listen - Ana Rocha de Sousa
Mosquito - João Nuno Pinto
Ordem Moral - Mário Barroso
Variações - João Maia

GLOBO DE OURO ESPECIAL 25 ANOS: CINEMA 
Teresa Villaverde


FICÇÃO - MELHOR ACTRIZ
Alba Batista - Warrior Nun
Dalila Carmo - Na corda bamba
Maria João Abreu - Golpe de Sorte
Maria João Bastos - Amor Amor e Crónica dos Bons Malandros
Soraia Chaves - A Generala

FICÇÃO - MELHOR ACTOR
Albano Jerónimo - The One
César Mourão - Esperança
José Raposo - O Clube
Nuno Lopes - White Lines
Ricardo Pereira - Amor Amor

FICÇÃO - MELHOR PROJECTO
A Espia
Esperança
O Atentado
O Clube
Terra Brava

GLOBO DE OURO ESPECIAL 25 ANOS: FICÇÃO

Maria João Luís

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Prémios Sophia 2020: Os Vencedores

A gala de entrega dos Prémios Sophia 2020, que premeiam os filmes portugueses que se destacaram ao longo de 2019, aconteceu esta Quinta-feira, dia 17 de Setembro, no Casino Estoril, depois de um adiamento, devido à pandemia. Ana Bola e Joana Pais de Brito foram as anfitriãs da noite.

A Herdade e Variações foram os grandes vencedores da noite.


Eis a lista completa de nomeados:

MELHOR FILME
A Herdade
Paulo Branco, produtor - Leopardo Filmes
Diamantino
Maria João Mayer, produtora - Maria & Mayer
Variações
Fernando Vendrell, produtor - David & Golias
Vitalina Varela
Abel Ribeiro Chaves, produtor - OPTEC

MELHOR REALIZADOR
Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt - Diamantino
João Maia - Variações
Pedro Costa - Vitalina Varela
Tiago Guedes - A Herdade

MELHOR DOCUMENTÁRIO EM LONGA-METRAGEM
Até que o Porno Nos Separe
Jorge Pelicano (real.) Irina Calado (prod.) Até ao Fim do Mundo
Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos
Renée Nader Messora e João Salaviza (real.) Ricardo Alves Jr. e Thiago Macêdo Correia (prod.) Karõ Filmes
Lupo
Pedro Lino (real.) Pandora da Cunha Telles e Pablo Iraola (prod.) Ukbar Filmes
Terra Franca
Leonor Teles (real.) Filipa Reis e João Miller Guerra (prod.) Uma Pedra no Sapato

MELHOR SÉRIE/TELEFILME
Luz Vermelha
André Santos e Marco Leão (real.) Filipa Reis (prod.)
Vende-se Filmes
O Nosso Cônsul em Havana
Francisco Manso (real./prod.)
Francisco Manso Produção de Audiovisuais
SUL
Ivo M. Ferreira (real.) Edgar Medina (prod.)
Arquipélago Filmes
Teorias da Conspiração
Manuel Pureza (real.) Leonel Vieira (prod.)
Stopline Films

MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL
Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt - Diamantino
João Maia - Variações
Pedro Costa e Vitalina Varela - Vitalina Varela
Rui Cardoso Martins e Tiago Guedes - A Herdade

MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO
Agustina Bessa-Luís e Rita Azevedo Gomes - A Portuguesa, adaptado da obra Die Portugiesin, de Robert Musil
José Fanha - Os Dois Irmãos, adaptado da obra homónima de Germano Almeida
Hugo Diogo - Imagens Proibidas, adaptado da obra homónima de Pedro Paixão
Tiago Rodrigues e Tiago Guedes - Tristeza e Alegria na Vida das Girafas, inspirado na peça de teatro homónima de Tiago Rodrigues

MELHOR ACTOR PRINCIPAL
Albano Jerónimo - A Herdade
Carloto Cotta - Diamantino
Igor Regalla - Gabriel
Sérgio Praia - Variações

MELHOR ACTRIZ PRINCIPAL
Inês Castel-Branco - Snu
Margarida Vila-Nova - Hotel Império
Sandra Faleiro - A Herdade
Vitalina Varela - Vitalina Varela

MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO
Augusto Madeira - Variações
Filipe Duarte - Variações
João Pedro Mamede - A Herdade
Miguel Borges - A Herdade

MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA
Ana Vilela da Costa - A Herdade
Anabela Moreira e Margarida Moreira - Diamantino
Teresa Madruga - Variações
Victoria Guerra - Variações

MELHOR DIRECÇÃO DE FOTOGRAFIA
Acácio de Almeida - A Portuguesa
André Szankowski - Variações
João Lança Morais - A Herdade
Leandro Simões - Vitalina Varela

MELHOR SOM
Artur Cyaneto, Emílio Alicante e Pedro Góis - Caminhos Magnétykos
Elsa Ferreira, Francisco Veloso e Pedro Góis - A Herdade
Hugo Leitão e João Gazua - Vitalina Varela
Branko Neskov, Nuno Bento e Tiago Raposinho - Variações

MELHOR MONTAGEM
Cláudio Vasques - Caminhos Magnétykos
Pedro Ribeiro - Variações
Raphaëlle Martin-Holger, Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt - Diamantino
Roberto Perpignani - A Herdade

MELHOR DIRECÇÃO ARTÍSTICA
Ana Vaz - Snu
Artur Pinheiro - O Grande Circo Místico
Isabel Branco - A Herdade
Sara Lança - Variações


MELHOR GUARDA-ROUPA
Isabel Branco e Inês Mata - A Herdade
Lucha D’Orey - Hotel Império
Patrícia Dória - Variações
Sílvia Grabowski - Snu

MELHOR EFEITOS ESPECIAIS/CARACTERIZAÇÃO
Carlos Amaral e Íris Peleira - A Herdade
Irmã Lúcia - Diamantino
Pedro Vicente e Magali Santana - Variações
Tiago Borrões, Fernando Alle e João Rapaz - Mutant Blast

MELHOR MAQUILHAGEM E CABELOS
Ana Lorena e Natália Bogalho - Snu
Íris Peleira e Ana Maria Palma - A Herdade
Magali Santana e Gena Ramos - Variações
Nuno Esteves “Blue” - Hotel Império

MELHOR BANDA SONORA ORIGINAL
Armando Teixeira - Variações
José Mário Branco - A Portuguesa
Manuel Cruz - Tristeza e Alegria na Vida das Girafas
The Legendary Tigerman - Caminhos Magnétykos

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
Quero dar nas Vistas - letra de António Variações, interpretação de Sérgio Praia e música de Balla Variações
Coro Menor - poema de Charles D’Orléans, música de José Mário Branco e voz de Ingrid Caven - A Portuguesa
Quiescent - letra e música de Surma Snu
Vai - letra e música de Vado Más Ki Ás - Gabriel

MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO
A Fábrica - Diogo Barbosa
A Herança - Paulo A. M. Oliveira
Arriaga - Welket Bungué
Invisível Herói - Cristèle Alves Meira

MELHOR CURTA-METRAGEM DE DOCUMENTÁRIO
Estas Mãos São Minhas - André Miguel Ferreira
Kalani - Gift from Heaven - Nuno Dias
Lá Fora as Laranjas Estão a Nascer - Nevena Desivojević
Raposa - Leonor Noivo

MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
Assim Mas Sem Ser Assim - Pedro Brito
Equinox - Bruno Carnide
Maré - Joana Rosa Bragança
Tio Tomás, A Contabilidade dos Dias - Regina Pessoa

PRÉMIO SOPHIA ESTUDANTE
Jamaika Onto New Paths - Alexander Sussmann, Universidade Lusófona De Humanidade e Tecnologias
Loop - Ricardo M. Leite, Escola Superior de Media Artes e Design
O Presidente Veste Nada - Clara Borges e Diana Agar, Universidade da Beira Interior
Sombra - Diogo Lourenço, Duarte Gaivão e Francisco Moura, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

PRÉMIO SOPHIA CARREIRA
Alfredo Tropa, António-Pedro Vasconcelos e Fernando Matos Silva

quinta-feira, 7 de maio de 2020

HBO Portugal: Sugestões para ver em Maio

Em Maio, continuam a ser muitas as propostas da HBO Portugal para entreter o seu público. Das séries e filmes que fazem parte do catálogo, às estreias das próximas semanas, há muito para ver - em casa.

Ficam aqui algumas das principais estreias deste mês:

BETTY - Temporada 1 - Estreou a 2 de Maio
Protagonizada por Dede LovelaceMoonbearNina MoranAjani Russell e Rachelle Vinberg, também elas protagonistas do filme original, Betty conta a história de um grupo de raparigas bem diferentes e as suas vidas pelo universo do skate, predominantemente masculino, em Nova Iorque. Cheia de caráter e muito leal, Janay (Lovelace) é corajosa e teimosa, para o bem e para o mal. Honeybear (Moonbear) é um tranquilo caos. O seu estilo excêntrico é uma máscara que usa para esconder as suas emoções. Kirt (Moran) é uma amante (para as mulheres), uma lutadora (para o resto do mundo) e uma criança no corpo de uma mulher. É a pessoa mais engraçada do mundo. Por outro lado, Indigo (Russell) é uma sobrevivente da rua, presa no corpo de uma rapariga bonita que deixou a escola de artes. Camille (Vinberg) que é contida, inteligente, atenciosa e esquisita, quer fazer parte do grupo de rapazes do parque de skate e lutou muito pela oportunidade que lhe deram. O que ela não percebe é que tudo aquilo que alcançou com eles, não vai significar nada na vida nem para ela, nem para as outras raparigas.

NATALIE WOOD: WHAT REMAINS BEHIND - Documentário - Estreou a 6 de Maio
Com depoimentos de Robert RedfordMia FarrowElliott GouldGeorge HamiltonPeter Hyams ou John Irvin, o documentário explora a vida e a carreira da atriz de Esplendor Na Relva ou Amor Sem Barreirasatravés de testemunhos da filha e da família.

EL MINISTERIO DEL TIEMPO - Temporada 4 - Estreou a 6 de Maio
A nova temporada irá viajar até à corte convulsiva da Inglaterra do século XVI, à Espanha pós-guerra civil, passando pela movida madrilena ou pela Era de Ouro de Velázquez. Fãs de cinema, soldados de exércitos poderosos, damas nos tribunais mais influentes e espiões... são algumas das personagens que os agentes irão encarnar.

THE UNDOING - Temporada 1 - Estreia a 10 de Maio
Grace Sachs é uma terapeuta de sucesso com um marido dedicado e um filho pequeno que frequenta uma escola particular na cidade de Nova Iorque. Semanas antes da publicação do seu primeiro livro, um abismo abre-se na vida de Grace: uma morte violenta, um marido desaparecido e, no lugar do homem que Grace pensava conhecer, apenas uma cadeia de revelações terríveis.

THE THIRD DAY - Minissérie - Estreia a 11 de Maio
Minissérie dividida em duas partes. Nos três primeiros episódios, "Summer" conta com Jude Law como Sam, um homem atraído para uma ilha misteriosa na costa britânica, onde encontra um grupo de ilhéus que preserva as suas tradições a qualquer custo. A segunda parte, "Winter", desenrola-se nos últimos três episódios e conta com Naomie Harris no papel de Helen, uma forasteira que vem à ilha em busca de respostas, mas vê a sua chegada precipitar uma violenta batalha para decidir o seu destino.

I KNOW THIS MUCH IS TRUE - Minissérie - Estreia dia 11 de maio
Do aclamado escritor e realizador Derek Cianfrance (Blue Valentine - Só Tu e Eu, Como Um Trovão), esta nova minissérie de seis episódios é protagonizada por Mark Ruffalo (vencedor do Emmy® pelo seu papel na minissérie da HBO, The Normal Heart), que dá vida aos dois irmãos gémeos, Dominick e Thomas Birdsey, numa história de família que narra as suas vidas paralelas com toques épicos de traição, sacrifício e perdão. A série, que se desenrola na cidade fictícia de Three Rivers, no Connecticut, mostra Dominick e Thomas em diferentes etapas das suas vidas. Começa no presente, no início dos anos 90, com os dois irmãos perto da meia-idade e vai alternando com as memórias de Dominick da sua infância e juventude.

THE GREAT - Temporada 1 - Estreia a 16 de Maio
Do escritor nomeado para os Óscares, Tony McNamara (A Favorita), esta nova série de comédia narra a viagem anti-histórica pela Rússia do século XVIII e acompanha a ascensão cómica de "Catarina, A Nada" para "Catarina, A Grande". Elle Fanning dá vida à jovem idealista e romântica, Catherine, que chega à Rússia para um casamento arranjado com o imperador Peter, com a esperança de amor e felicidade. No entanto, o que encontra é um mundo perigoso, depravado e atrasado culturalmente. Decidida a mudar isso, tudo o que ela tem de fazer é matar o marido, enfrentar a igreja, desconcertar as forças armadas e controlar a corte. Uma história muito moderna sobre o passado, que abrange os muitos papéis que ela desempenhou ao longo da vida como amante, professora, governante, amiga e lutadora.

PATRIA - Minissérie - Estreia a 17 de Maio
No dia em que a ETA anuncia o fim da luta armada, Bittori dirige-se ao cemitério para visitar a campa do marido, Txato, morto por terroristas. Diante do túmulo revela que decidiu voltar à localidade onde viveram a vida toda. Será ela capaz de voltar a viver junto daqueles que a perseguiram antes e depois do atentado que mudou para sempre a sua vida e a da sua família? Conseguirá ela saber quem era o homem encapuzado que, num dia chuvoso, lhe matou o marido quando ele estava a caminho da sua empresa de transporte? A presença de Bittori altera a falsa tranquilidade da localidade, em especial a da sua vizinha Miren, uma amiga íntima do passado e mãe de Joxe Mari, terrorista encarcerado e suspeito dos piores temores de Bittori. O que aconteceu entre essas duas mulheres? O que envenenou a vida dos seus filhos e  maridos, tão próximos no passado?

STARGIRL - Temporada 1 - Estreia a 19 de Maio
Depois da estudante de segundo ano do ensino secundário, Courtney Whitmore, descobrir um  bastão cósmico e que o seu padrasto, Pat Dugan, era um ajudante de super-herói, ela torna-se a inspiração para uma nova geração de super-heróis. Produzida por Greg Berlanti e Geoff Johns, esta nova série de drama baseia-se na super-heroína da DC Comics, Stargirl.

A HERDADE - Minissérie - Estreia a 26 de Maio
Do realizador Tiago GuedesA Herdade acompanha a saga de uma família proprietária de um dos maiores latifúndios da Europa, na margem sul do rio Tejo e convida-nos a mergulhar profundamente nos segredos da sua Herdade. Um retrato da vida histórica, política, social e financeira de Portugal, dos anos 40, atravessando a Revolução do 25 de Abril e até aos dias de hoje. Lê a crítica do Hoje Vi(vi) um Filme, aqui.

VIDAGO PALACE - Temporada 1 - Estreia a 31 de Maio
Esta é a história de amor de Carlota e Pedro, a filha dos condes de Vimieiro e o filho de um empregado do hotel, dispostos a enfrentarem todo o tipo de obstáculos para concretizarem o seu amor. O destino quis que o verão de 1936 fosse inesquecível no Hotel Vidago Palace, os Jogos Olímpicos de Berlim maravilhavam o mundo, o Presidente da República Portuguesa inaugurava o campo de golf e a poucos quilómetros, na vizinha Galiza, rebentava uma guerra civil. Os salões do Vidago Palace preparavam-se para acolher a boda entre César e Carlota... até que ela conheceu, Pedro.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

A Herdade - versão série - estreia na RTP1 a 30 de Abril e 1 de Maio

A versão série de A Herdade, filme de Tiago Guedes, estreado nos cinemas em 2019, chega à RTP  nos próximos dias 30 Abril e 1 de Maio, às 21h45.


A série terá quatro episódios, sendo exibidos dois em cada dia. Protagonizado por Albano Jerónimo e Sandra Faleiro, A Herdade acompanha a história de uma família proprietária de um dos maiores latifúndios da Europa, na margem sul do rio Tejo, ao mesmo tempo que faz o retrato da vida histórica, política, social e financeira de Portugal, dos anos 40, atravessando a Revolução do 25 de Abril e até aos dias de hoje.

Podes ler a crítica do Hoje Vi(vi) um Filme ao filme, aquando da estreia nos cinemas, em Setembro de 2019, aqui.

domingo, 5 de abril de 2020

Filmin Portugal: As nossas sugestões

Destacamos agora alguns títulos do catálogo da Filmin - uma plataforma VoD portuguesa de cinema independente -, que poderão fazer as delícias dos cinéfilos neste período complicado. Para que nunca te falte cinema em casa, eis algumas sugestões, para todos os gostos:

Mosquito, de João Nuno Pinto

Vitalina Varela, de Pedro Costa

A Herdade (versão série), de Tiago Guedes

Dogman, de Matteo Garrone

Cold War - Guerra Fria, de Pawel Pawlikowski

Tommaso, de Abel Ferrara 

J' Accuse - O Oficial e o Espião, de Roman Polanski

Para Sama (For Sama), de Waad Al-Kateab e Edward Watts

Shoplifters - Uma Família de Pequenos Ladrões, de Hirokazu Kore-eda

 O Filme do Bruno Aleixo, de Pedro Santo e João Moreira

Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos (estreia a 10 de Abril), de João Salaviza e  Renée Nader Messora

O Bar Luva Dourada (Der goldene Handschuh), de Faith Akin

3 Rostos (3 Faces), de Jafar Panahi

Cavalo Dinheiro, de Pedro Costa

Ela (Elle), de Paul Verhoeven

Deus Branco (Fehér isten), de Kornél Mundruczó

Até Ver a Luz, de Basil da Cunha

Mulholland Drive, David Lynch
No Coração da Escuridão (First Reformed), de Paul Schrader
Persépolis (Persepolis), de Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Entrevista a Tiago Guedes, realizador de Tristeza e Alegria na Vida das Girafas

Estreou-se nas lides da realização de longas-metragens com o filme de terror Coisa Ruim, em 2006, seguiu-se Entre os Dedos, em 2008 (ambos realizados em parceria com Frederico Serra). Em 2019, chegaram aos cinemas mais dois filmes seus, agora em nome próprio. Depois de A Herdade - submissão portuguesa para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro -, agora é a vez de Tristeza e Alegria na Vida das Girafas, num tom totalmente diferente. Tiago Guedes respondeu a algumas questões do Hoje Vi(vi) um Filme sobre o filme, protagonizado pela sua filha, que estreia a 21 de Novembro - a crítica pode ser lida aqui.


Tristeza e Alegria na Vida das Girafas e A Herdade são dois filmes totalmente diferentes, ambos realizados por si e com estreia nacional em 2019. São duas versões do Tiago Guedes cineasta?
Tiago Guedes: São duas das várias versões, nasceram de sítios diferentes mas são os dois muito meus.

Como evitar que os pais mais distraídos (que não vêem o trailer ou a classificação etária do filme) levem os filhos pequenos a ver Tristeza e Alegria na Vida das Girafas - ainda para mais com uns pósteres tão convidativos?
Tiago Guedes: Pois, não sei como responder a essa pergunta. Mas fica aqui o aviso mais uma vez NÃO É UM FILME PARA CRIANÇAS MENORES DE 14 ANOS.

Depois do Teatro, a peça de Tiago Rodrigues é agora Cinema. Quais os principais desafios nesta adaptação?
Tiago Guedes: Eu diria que foi conseguir o tom certo entre a realidade e a fantasia. Em palco, joga-se muito mais com o poder da sugestão, no filme ao decidir “concretizar” os vários elementos tivemos que conseguir um tom que me permitisse viajar sem estabelecer demasiadas fronteiras.

E quais as principais diferenças entre peça e filme?
Tiago Guedes: O mais notório é, no filme, o personagem principal ser interpretado por uma criança enquanto na peça era uma actriz adulta que fazia de criança. Depois, existe um tom generalizado da peça que era cheia de energia e muito “rock’n’roll”, enquanto o filme viaja por zonas mais melancólicas, talvez.

Desde que começou a pensar este projecto que tinha idealizado que seria a sua filha Maria a protagonista? Ou foi algo que surgiu depois? E como foi dirigi-la?
Tiago Guedes: Surgiu muito depois. Quando quis fazer o filme, a Maria tinha 7 anos e era muito nova. Quis o destino que o facto de não conseguir filmar me obrigasse a esperar tanto que ela foi crescendo e de repente estava com a idade certa. Foi muito bom dirigi-la, rapidamente me relacionei com ela como qualquer um dos actores.


Porque deve o público português ir ao cinema ver este filme?
Tiago Guedes: Eu detesto “vender o meu peixe”, mas em primeiro lugar por causa do texto maravilhoso e mágico que o Tiago Rodrigues escreveu, depois porque é uma oportunidade de ver personagens poderosas e originais interpretadas por enormes actores e, por fim, porque tem a música do Manel Cruz a embrulhar e a embalar toda esta aventura.

Acha que todos ainda guardamos aquele ursinho de peluche da pré-adolescência num armário, a querer sair a qualquer momento?
Tiago Guedes: Acho que dependerá de cada pessoa, mas acredito muito que dentro de todos nós há um pouco do “Judy” deste filme.

sábado, 26 de outubro de 2019

Cinecôa 2019: De 28 a 30 de Novembro em Vila Nova de Foz Côa

A 8.ª edição do Cinecôa - Festival Internacional de Cinema de Vila Nova de Foz Côa acontece de 28 a 30 de Novembro.


O actor Ricardo Pereira será homenageado na sessão de abertura, dia 28, às 21h30, "pelo seu trabalho e por todas as ligações que tem estabelecido com o cinema e a televisão no Brasil". Seguir-se-á um cine-concerto com The James Whale Orchestra. Mais cedo, pelas 14h30, o público poderá assistir ao filme Lua Invisível, de V. Gunarathne; e, às 18h00, passa a curta-metragem A tua vez, de Cláudio Jordão e David Rebordão, seguida da longa mexicana Asfixia, de Kenya Márquez.

No dia 29, às 21h30, o realizador Tiago Guedes e alguns actores de A Herdade estarão presentes no Cinecôa para uma sessão do filme. No mesmo dia, durante a tarde serão exibidos Timoneiro, de Majid Esmaeli-Parsa, às 14h30; e, às 18h00, Carnaval Sujo, de José Miguel Moreira, seguindo-se o filme grego Fausto, um retorno do futuro, de Maria Alexea.

A outra pele, de Inés de Oliveira Cézar, abre o último dia de festival às 16h00, com a presença do produtor Ralf Tumbke; às 18h00, a curta-metragem Ao Telefone com Deus, de Vera Casaca, antecede a antestreia do filme Une fille facile, de Rebecca Zlotowski. Pelas 21h30, a encerrar o Cinecôa estará a projecção de Ayka, de Sergey Dvortsevoy, com a presença da actriz cazaque Samal Yeslyamova (vencedora da Palma de Ouro para Melhor Actriz em Cannes 2018) .

As manhãs de 28 e 29 de Novembro serão dedicadas aos mais novos com a secção Espaço Juvenil

O Cinecôa acontece no Auditório Municipal de Vila Nova de Foz Côa e a entrada é gratuita. Mais informações em https://www.cinecoa.pt/.

domingo, 22 de setembro de 2019

Sugestão da Semana #395

Das estreias da passada Quinta-feira, a Sugestão da Semana destaca o filme português A Herdade, de Tiago Guedes, protagonizado por Albano Jerónimo e Sandra Faleiro. Lê a crítica do Hoje Vi(vi) um Filme.

A HERDADE


Ficha Técnica:
Título Original: A Herdade
Realizador: Tiago Guedes
Elenco: Albano Jerónimo, Sandra Faleiro, Miguel Borges, João Vicente, João Pedro Mamede, Ana Vilela da Costa
Género: Drama
Classificação: M/12
Duração: 166 minutos

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Estreias da Semana #395

Esta Quinta-feira, chegam aos cinemas portugueses sete novos filmes. A Herdade, de Tiago Guedes, Ad Astra, de James Gray, e Downton Abbey, de Michael Engler, são algumas das estreias.

A saga de uma família, proprietária de um dos maiores latifúndios da Europa, na margem sul do rio Tejo. Uma viagem aos segredos mais profundos desta herdade, num retrato da vida histórica, política, social e financeira de Portugal, dos anos 40, pela revolução de 25 de Abril de 1974, até aos anos 90.

Ad Astra (2019)
Roy McBride (Brad Pitt) embarca numa missão através da galáxia para descobrir a verdade sobre o desaparecimento do pai, ocorrido duas décadas antes, enquanto procurava sinais de vida alienígena. Após ter sido dado como morto, novas provas sugerem que o pai de Roy ainda pode estar vivo, refugiado numa central de produção de energia abandonada, num planeta distante - e que poderá representar um perigo para todo o universo.

Downton Abbey (2019)
Adaptação ao cinema da série de televisão Downton Abbey que acompanhou a vida da família Crawley e do pessoal ao seu serviço numa grande propriedade rural inglesa, no virar do século XX. O filme acompanha os preparativos para a visita do Rei de Inglaterra.

O Culto de Manson (2018)
Charlie Says
Três jovens foram condenadas à morte no caso dos terríveis homicídios instigados por Charles Manson, em finais dos anos 60. Graças à providencial abolição da pena de morte no estado da Califórnia, as suas penas foram comutadas para prisão perpétua. Uma estudante de pós-graduação destacada para lhes dar aulas assiste à transformação das jovens, à medida que se confrontam com os seus abomináveis crimes.

Por Aqui Tudo Bem (2019)
Jusqu'ici tout va bien
Fred Bartel é o chefe da Happy Few, uma agência de comunicação parisiense muito em voga. Após descobrirem o seu esquema de fuga ao fisco, é obrigado a mudar as instalações da empresa para La Courneuve, um bairro dos subúrbios muito pouco recomendável. É lá que Fred e a sua equipa colocam ao seu serviço o jovem Samy, residente local que lhes vai ensinar as regras e práticas necessárias para sobreviver no novo ambiente. O choque de culturas será – para a equipa da Happy Few e para os habitantes do bairro – o começo de uma aventura onde todos terão de coabitar e questionar ideias preconcebidas.

Trouble: Aventura na Cidade (2019)
Trouble
Desde que nasceu, Trouble vive uma vida luxuosa, mas após a morte da dona sente-se sozinho e acaba por fugir. Tudo é novo e assustador na cidade e os perigos espreitam a cada esquina. É então que Trouble conhece Rousey, um cão de rua com quem trava amizade e que lhe vai ensinar os truques do mundo real, e Zoe, uma cantora de 18 anos que tenta construir o seu lugar no mundo da música.

Uma Aventura nos Mares (2019)
Elcano y Magallanes: La primera vuelta al mundo
Esta é a história da primeira viagem de circum-navegação. Uma viagem que se inicia no mesmo local onde irá terminar e a partir da qual nada será igual. Esta é a crónica dos navegadores que se colocaram ao leme da História e mudaram o rumo da humanidade. Uma viagem iniciada sob o comando do português Fernão de Magalhães que, no entanto, morrerá sem a ver terminar.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Crítica: A Herdade / The Domain (2019)

"Roubou-me metade da minha vida, já não me rouba mais nada".
Leonor


*8/10*

Os campos alentejanos, a política do Estado Novo e personagens intensas juntam-se para contar a história de uma família portuguesa em A Herdade. Se fosse um livro, A Herdade poderia ter sido escrito por alguém que fundisse o crítico Eça de Queirós e o apaixonado Camilo Castelo BrancoRui Cardoso Martins escreveu o guião, posteriormente alterado por Tiago Guedes, e ainda com algumas ideias de Gilles Taurand, que resulta numa história contada a três tempos.

O filme de Tiago Guedes tem uma dimensão pouco usual no cinema português. É um drama histórico, que se pode confundir, por vezes, com uma novela - das boas -, e cujo visual ficará na memória, qual quadro em movimento.


A Herdade apresenta-nos a uma família proprietária de um dos maiores latifúndios da Europa, na margem sul do rio Tejo, e leva-nos a mergulhar nos segredos da sua herdade, fazendo o retrato da vida histórica, política, social e financeira de Portugal, dos anos 40, atravessando a Revolução do 25 de Abril, até aos anos 90.

O homem rico e poderoso está habituado a dominar, ser dono e senhor das suas terras, mais ainda em tempos de ditadura. João, contudo, não é um patrão insensível e distante, bem pelo contrário, ele não quer saber de política e tem uma estreita relação com os seus trabalhadores. Na sua herdade, a lei que impera não é bem a mesma que no resto do território nacional. Já dentro das portas da sua casa, ele mantém a frieza e brusquidão com que foi educado pelo seu pai - que a primeira cena do filme, ainda antes do título surgir, nos demonstra com crueldade - e não admite a fraqueza.


João é um homem frio, poderoso, intransigente, de amores fugazes e opiniões sólidas. Albano Jerónimo é capaz de encarná-lo com dignidade, com uma sensualidade que contrasta com a sua rudez. Ao seu lado, Sandra Faleiro é a maior estrela do filme. Os seus cabelos loiros, olhos azuis, pele clara, de ar angelical, nórdico e frágil, compõem uma mulher muito mais forte e firme do que aparenta. Leonor sofre em silêncio mas não se deixa rebaixar em momento algum, acomoda-se mas não se deixa humilhar, é independente, apesar do marido infiel e do pai general da PIDE. Os seus olhos dizem muito mais do que qualquer palavra.

O tom novelesco que percorre esta história não incomoda, pelo menos até à chegada dos anos 90 em que o socio-político que até então dominava a narrativa muda o foco para a tragédia familiar. Os filhos já são adultos e não há espaço para as suas personalidades crescerem tanto como os seus corpos. Miguel - um intenso João Pedro Mamede - ganha protagonismo e a importância que sempre espreitou atrás das portas ao longo do filme; mas não chega para conquistar a plateia da mesma maneira que os seus pais já conseguiram.


Elementos fundamentais e simbólicos surgem em A Herdade, quase como parte dos protagonistas. Os cavalos de João, com quem parece ter uma relação mais próxima que com a própria família; o vento, omnipresente naqueles campos a perder de vista; o sótão dos que não querem ser encontrados; a vedação onde Miguel encontra alguma liberdade, tal como o pequeno forte em ruínas onde João se refugiava em criança; a árvore que desde o início é quase um membro da família...

Um dos mais marcantes momentos do filme de Tiago Guedes coincide com o 25 de Abril de 1974. Imagens e som de arquivo entram em cena para contar a História. Testemunhamos a revolução a nascer lá fora mas não dentro daquela casa.


Tecnicamente, A Herdade consegue proporcionar-nos imagens inesquecíveis através da direcção de fotografia de João Lança Morais (que joga da melhor forma com luz e escuridão, adequando-as através dos tempos), entre planos sequência memoráveis (o do baile, com cerca de oito minutos, não escapará a ninguém), o simbolismo das personagens que surgem nas sombras ou os planos filmados junto à árvore ao longo dos tempos. Os silêncios são trabalhados de forma eficaz pela equipa de som que merece igualmente destaque.

A Herdade é quase um épico do cinema português e Tiago Guedes teve a coragem de assumir as rédeas de um projecto de grande dimensão, quer no elenco, responsabilidade histórica, duração (166 minutos) e beleza estética. Cada personagem é toldada pela infância que teve. João, com todos os seus fantasmas e vícios, só quer salvar o património da família e manter o poder que sempre julgou seu de direito.