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segunda-feira, 13 de abril de 2020

Dia Internacional do Beijo: Os Melhores Beijos de 2019

Estamos em época de evitar afectos. Abraços e beijos ficam para quando a bonança chegar. Mas não podemos deixar de assinalar o Dia Internacional do Beijo no Hoje Vi(vi) um Filme. Sim, porque recordar é permitido.

Escolhemos então, como de costume, alguns dos mais inesquecíveis beijos do passado ano cinematográfico. De 2019, aqui estão seis beijos que ficaram na memória do público e que pudemos ver entre Janeiro e Dezembro (nos cinemas portugueses e nas plataformas de streaming). 

O Dia a Seguir (The Aftermath) - Stephen Lubert (Alexander Skarsgard) e Rachael Morgan (Keira Knightley)


It: Capítulo 2 (It: Chapter Two) - Bill Denbrough (James McAvoy) e Beverly Marsh (Jessica Chastain)


e Beverly Marsh (Jessica Chastain) e Ben Hanscom (Jay Ryan)


Dor e Glória (Dolor y gloria) - Salvador Mallo (Antonio Banderas) e Federico Delgado (Leonardo Sbaraglia)


Joker - Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) e Sophie Dumond (Zazie Beetz)


A Favorita (The Favourite) - Queen Anne (Olivia Colman) e Lady Sarah (Rachel Weisz)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Razzie Awards 2020: Os Nomeados

Os Razzie Awards, que premeiam o pior que se faz no cinema, deram a conhecer os nomeados desta 40.ª edição na véspera da noite dos Oscars. Este ano, Cats lidera as nomeações, somando nove. Seguem-se A Madea Family Funeral e Rambo: A Última Batalha, cada um com oito indicações.

Judi Dench em Cats
A data da entrega dos prémios para os piores do ano ainda está por anunciar. Eis a lista de nomeados:

Pior Filme
Cats
The Fanatic
O Espectro de Sharon Tate
A Madea Family Funeral
Rambo: A Última Batalha

Pior Actriz
Hilary Duff / O Espectro de Sharon Tate
Anne Hathaway / As Vigaristas & Serenidade
Francesca Hayward / Cats
Tyler Perry (como Medea) / A Madea Family Funeral
Rebel Wilson / As Vigaristas

Pior Actor
James Franco / Zeroville
David Harbour / Hellboy (2019)
Matthew McConaughey / Serenidade
Sylvester Stallone / Rambo: A Última Batalha
John Travolta / The Fanatic e Trading Paint

Pior Actor Secundário
James Corden / Cats
Tyler Perry / A Madea Family Funeral (como Joe)
Tyler Perry / A Madea Family Funeral (como Uncle Heathrow)
Seth Rogan / Zeroville 
Bruce Willis / Glass

Pior Actriz Secundária
Jessica Chastain / Dark Phoenix 
Cassi Davis / A Madea Family Funeral 
Judi Dench / Cats 
Fenessa Pineda / Rambo: A Última Batalha
Rebel Wilson / Cats 

Pior Dupla
Qualquer dupla metade-felina/metade-humana bola de pêlo / Cats
Jason Derulo & a sua "protuberância" castrada por CGI / Cats
Tyler Perry e Tyler Perry (ou Tyler Perry) / A Madea Family Funeral 
Sylvester Stallone & a sua raiva impotente / Rambo: A Última Batalha
John Travolta & qualquer argumento que ele aceite

Pior Remake, Rip-Off ou Sequela
Dark Phoenix 
Godzilla II: Rei dos Monstros
Hellboy (2019)
A Madea Family Funeral 
Rambo: A Última Batalha

Pior Realizador
Fred Durst / The Fanatic
James Franco / Zeroville
Adrian Grunberg / Rambo: A Última Batalha
Tom Hooper / Cats
Neil Marshall / Hellboy (2019)

Pior Argumento
Cats / escrito por Lee Hall e Tom Hooper 
O Espectro de Sharon Tate / escrito por Danial Farrands
Hellboy (2019) / escrito por Andrew Cosby 
A Madea Family Funeral / escrito por Tyler Perry 
Rambo: A Última Batalha /  escrito por Matthew Cirulnick Sylvester Stallone

Pior desrespeito pela vida humana e propriedade pública
Dragged Across Concrete 
O Espectro de Sharon Tate
Hellboy (2019)
Joker
Rambo: A Última Batalha

Razzie de Redenção
Eddie Murphy / Dolemite Is My Name
Keanu Reeves / John Wick 3 & Toy Story 4
Adam Sandler / Uncut Gems
Jennifer Lopez / Ousadas e Golpistas
Will Smith / Aladdin  

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Oscars 2020: Melhor Filme

A cerimónia dos Oscars 2020 acontece hoje, 9 de Fevereiro, e nada melhor do que uma breve análise aos nomeados. São nove os candidatos na corrida para Melhor Filme, sete deles com muita qualidade, outro com grandiosidade técnica e poucas emoções e, por último, um filme que nem nomeado deveria ter sido. Mas é tudo uma questão de opinião. Aí ficam os nomeados, por ordem de preferência.


É o meu favorito dos nomeados, não tenho vergonha de admitir. Não foi por acaso que venceu o Leão de Ouro no Festival Internacional de Cinema de Veneza. Haja coragem e talento para agarrar numa personagem destas e dar-lhe um background digno, que a justifique enquanto pessoa que podia bem ser real e não apenas ficção. Joker é uma alegoria ao mundo moderno: individualista, mordaz, que vive de aparências. Esqueçam os heróis. Em Joker, só há vilões, com e sem máscara de palhaço. Há uma agonia permanente desde o primeiro plano do filme de Todd Phillips. A angústia por ver ao que tudo chegou, por perceber como a sociedade trata os mais frágeis, com ausência de justiça ou lei; mas principalmente, por encontrarmos tantas semelhanças com o actual Mundo real. 


Espero, sinceramente, que Parasitas consiga vencer o grande prémio da noite, mas a competição é forte. A luta de classes evidencia-se com o humor negro a cumprir um papel essencial no decorrer dos acontecimentos. Enquanto os ricos precisam dos pobres para servi-los, os pobres precisam desse trabalho para sobreviver e, enquanto isso, os Kim sonham com uma vida melhor, em sair da cave, com poucas condições, onde têm vivido. Mas quando tudo se começa a desmoronar, uma desgraça nunca vem só. Parasitas traz consigo uma dura crítica social, um incómodo latente, especialmente cruel. Os momentos de humor disfarçam a culpa que a plateia carrega por não conseguir escolher um lado. Todos têm sonhos e todos querem sobreviver.


Clássica e feminina, Greta Gerwig emancipou-se a par das suas Mulherzinhas, numa adaptação cinematográfica especialmente bem concretizada. Os papéis importantes estão nesta história destinados às mulheres - ao contrário do que ainda hoje continua a acontecer na sociedade real -, as personagens masculinas dependem de uma maneira ou de outra destas mulheres para viverem ou serem felizes. Esta constatação é irónica, mais ainda quando todas as personagens femininas têm um carácter muito mais forte e complexo que os homens. Alcott fê-lo há quase dois séculos, Gerwig reafirma-o, mostrando uma imensa maturidade e respeito pela obra que adapta, afirmando-se como uma das grandes realizadoras da actualidade.


Martin Scorsese é um mestre a contar histórias e adora um bom enredo de mafiosos. Agora na terceira idade, juntou os seus bons rapazes e outros tantos compinchas e fez um filme à medida da sua experiência: tão genial como comedido. Mudam-se os tempos, não se mudam os costumes nem o espírito. Há apenas mais ponderação. O Irlandês é  um filme sobre escolhas e solidão. E sobre uma vida passada com a morte sempre por perto.


Le Mans '66: O Duelo é mais uma homenagem a Ken Miles, mas acompanha com adrenalina e emoção a competitividade feroz entre Ford e Ferrari. James Mangold consegue humanizar os desportos motorizados e, inesperadamente, fá-los mexer com os sentimentos da plateia.O realizador faz a acção fluir com entusiasmo, num trabalho técnico impressionante e dois protagonistas de peso: Matt Damon e Christian Bale - num grande desempenho, que muito dignifica o piloto.


Quentin Tarantino gosta de fazer justiça pelas próprias mãos, isso já sabemos - e gostamos. Em Era Uma Vez... Em Hollywood, o realizador baseia-se pela primeira vez em acontecimentos reais para criar a sua história, num tributo a uma época menos dourada de Hollywood.  Misturando personagens reais a fictícias, o cineasta cria a sua versão da História do ano 1969. Sentimos que este nono filme de Tarantino quer ser mais um retrato de uma época, do que um marco da criatividade do seu criador.


Marriage Story, de Noah Baumbach, respira teatro por todos os poros; é filmado como se estivéssemos a ver os actores moverem-se num palco... A temática pesada é apresentada com leveza, proporcionada pelo humor, contrabalançada por diálogos intensos e emotivos - com grande trabalho dos protagonistas -, com muitas das marcas a que o realizador já nos habituou na sua filmografia. Fica a sensação que Marriage Story resultaria estrondosamente bem numa adaptação teatral, mais do que cinematográfica.

1917 estará longe de marcar a História dos filmes de guerra. É muito "style over substance", mas não desdenhemos do trabalho de Sam Mendes e Roger Deakins: 1917 é tecnicamente exímio, só não chega para ganhar a batalha.

Taika Waititi tenta ser espirituoso, com um humor leve - muitas vezes repetitivo -, e consegue despertar algumas gargalhadas, mas o tom do filme é inconstante e sem foco. Não transmite nada de verdadeiramente único ao espectador, não espicaça o regime que critica como poderíamos esperar, e nenhuma relação - nem entre mãe e filho, nem entre as crianças - é emotiva ou forte.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Os Melhores do Ano: Top 20 [10º-1º] #2019

Depois da primeira parte do TOP 20 de 2019 do Hoje Vi(vi) um Filme, revelo agora os dez lugares que faltam. Conclusão a tirar dos melhores filmes de 2019: a temática de um mundo em declínio está bem patente em grande parte das minhas escolhas deste ano. E não pode ser só o Cinema a alertar-nos!

Eis os meus 10 favoritos de 2019 (estreados no circuito comercial de cinema - e Netflix - em Portugal). A um indiscutível primeiro lugar, seguem-se quatro títulos muito equilibrados, bem como os restantes filmes do TOP 10.


O melhor de Dois Papas está em todos os momentos em que Hopkins e Pryce contracenam e trocam ideias. É aí que sentimos o quão importante é o filme de Meirelles para o mundo actual. Muito mais do que espiritualidade, ele ensina-nos a tolerância, a compreensão e o diálogo. 


Bellocchio filma com destreza as festas da Cosa Nostra, os crimes, a tortura no Brasil e os julgamentos, por vezes como uma dança, com musicalidade. Por outro lado, o realizador sabe usar os planos-sequência para cativar a atenção da plateia. Acima de tudo, sabe contar uma boa história. Tão depressa nos põe a sorrir com os maneirismos das famílias da máfia, ou os exageros dos detidos no tribunal, como nos põe vigilantes na eminência de uma ameaça. 


Parasitas faz uma crítica social mordaz que contrapõe duas famílias - uma rica, outra pobre - numa Coreia cheia de desigualdades e sonhos. Bong Joon-ho constrói um cenário onde tudo pode acontecer e nunca estaremos preparados para os próximos desenvolvimentos narrativos. Comédia, drama e muita violência são os ingredientes principais deste duelo de classes. O filme carrega consigo um incómodo latente, especialmente cruel. Os momentos de humor disfarçam a culpa que a plateia carrega por não conseguir escolher um lado. Todos têm sonhos e todos querem sobreviver.


Um futuro distópico traz-nos um pai e uma filha a viajar no espaço sem perspectiva de regresso à terra. O buraco negro que parece ser o seu destino assemelha-se ao que a vida daquele homem se tornou desde que embarcou naquela nave. High Life é a proposta violenta e aterradora de Claire Denis dentro da ficção científica, com Robert Pattinson, adulto e paternal, ao comando. O filme carrega uma visceralidade totalmente distinta da que podemos facilmente associar a outros filmes do género. Abundam corpos e fluídos, mas igualmente amor e cuidado. A perversidade anda a par com a pureza, entre passado e presente.


Dor e Glória é um Almodóvar (parcialmente) autobiográfico, que se enfrenta a si e aos seus fantasmas, sem receios e fiel ao seu estilo. É um elogio ao Cinema e prova da admiração pelos que  o tornaram no homem que é. Uma carta de amor às suas inspirações, em jeito de filme. Um trabalho reflexivo e íntimo, sem excessos, que traz à tona o grande actor que é Antonio Banderas


Yorgos Lanthimos está de regresso com A Favorita, um filme que sai um pouco dos cânones a que nos tem acostumado, e um trio de actrizes triunfal: Olivia Colman, Rachel Weisz e Emma Stone. Uma longa-metragem de época especialmente bem filmada, com protagonistas assombrosas, que vagueia entre a comédia negra e o drama com a destreza que só mesmo o realizador grego consegue captar. E temos de confessar, nem num filme de época ele nos dá sossego. E ainda bem.


Martin Scorsese é um mestre a contar histórias e adora um bom enredo de mafiosos. O Irlandês faz-nos recordar os mafiosos dos anos 70, 80 e 90, as mesmas caras, num registo muito mais adulto e menos efusivo. Afinal, a idade pesa-nos a todos e parece que chegamos ao momento de reflexão dos gangsters do cinema. Um filme sobre escolhas e solidão. E sobre uma vida passada com a morte sempre por perto.


Os realizadores criam o cenário perfeito para discutir o estado para que o Mundo caminha. Bacurau é um lugar pacato e de poucos recursos, mas onde a tecnologia e a informação fazem parte da mobília. Estes homens, mulheres e crianças são resistentes e sabem defender-se das façanhas dos poderosos para os derrubar. São claramente instruídos, têm até um Museu. Eis o segredo para vingar e resistir: Cultura! Aquela que tantos governos preferem menosprezar, porque o povo ignorante é muito mais fácil de manobrar. Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles não tremem, nem temem. Não recuam, atacam com humor mordaz e com tiros certeiros, mortos, muito sangue e violência, mas igualmente uma união exemplar. Bacurau é Resistência.


Christian Petzold conta uma história passada durante a Segunda Guerra Mundial, mas numa França contemporânea. No ambiente, as cores vivas contrastam com o clima de terror que assombra as personagens, mas deixam-nos mais próximos destas, capazes de identificar entre elas muitos problemas actuais. O amor e guerra andam muitas vezes de mãos dadas e Petzold tem demonstrado saber como construir bons argumentos em épocas muito dolorosas da História mundial. Esta trilogia (Barbara, Phoenix, Transit) foi em crescendo, culminando com Em Trânsito, o mais belo filme do realizador alemão até agora.


Esqueçam os heróis. Em Joker, só há vilões, com e sem máscara de palhaço. Há uma agonia permanente desde o primeiro plano do filme de Todd Phillips. A angústia por ver ao que tudo chegou, por perceber como a sociedade trata os mais frágeis, com ausência de justiça ou lei; mas principalmente, por encontrarmos tantas semelhanças com o actual Mundo real. Se a sociedade não te acolhe como podes tu acolhê-la? Arthur Fleck é sua vítima e seu produto. Este Joker tem nome e é humano.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Sugestão da Semana #397

Das estreias da passada Quinta-feira, a Sugestão da Semana recomenda Joker, de Todd Phillips, com Joaquin Phoenix num papel digno de Oscar. Lê ou relê a opinião do Hoje Vi(vi) um Filme aqui.

JOKER


Ficha Técnica:
Título Original: Joker
Realizador: Todd Phillips
Elenco: Joaquin Phoenix, Zazie Beetz, Robert De Niro, Brett Cullen, Frances Conroy, Douglas Hodge, Shea Whigham
Género: Crime, Drama, Thriller
Classificação: M/14
Duração: 122 minutos

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Estreias da Semana #397

Esta Quinta-feira, chegam aos cinemas portugueses sete novos filmes. Joker, Skin - História Proibida e Caminhos Magnétykos já têm crítica no Hoje Vi(vi) um Filme.

Avenida Almirante Reis em 3 andamentos (2018)
Documentário sobre a Avenida Almirante Reis, em Lisboa. Como numa máquina do tempo, o filme percorre a avenida através de imagens de arquivo, desde a sua abertura, em 1908, às grandes enchentes dos comícios republicanos e até ao 1º de Maio de 1974, o primeiro celebrado após a revolução de Abril. Por fim, entre 2016 e 2018, registas a actualidade na avenida acompanhando o quotidiano dos que nela trabalham e habitam.

Raymond Vachs (Dominique Pinon), 60 e poucos anos, parisiense, veio para Portugal com o 25 Abril, apaixonou-se e ficou por Lisboa, onde reside há 40 anos. Caminhos Magnétykos desenrola-se no dia do casamento de Catarina, a sua filha de 21 anos, com Damião, um homem rico. Raymond martiriza-se por se ter calado e consentido o casamento, achando que era preferível a segurança financeira à incerteza no mundo conturbado de hoje. Em Lisboa vive-se uma guerra civil e foi instaurado um regime militar autoritário "democraticamente eleito". Durante uma noite de humilhações, Raymond vive uma revolta interior e uma viagem caleidoscópica numa cidade em vias de se desmoronar. É também o desmoronar das suas convicções. Porque, como lhe lembra o seu amigo, o místico revolucionário André Leviatã (Ney Matogrosso), "o dinheiro não é tudo".

Joker (2019)
Sozinho na multidão, Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) procura conectar-se com alguém e luta para encontrar o seu caminho na sociedade fracturada da cidade de Gotham. Com a ânsia de se tornar bem-sucedido, tenta a sorte como comediante de stand-up, mas acaba por descobrir que a sua vida é uma piada.

Playmobil: O Filme (2019)
Playmobil: The Movie
Quando o seu irmão mais novo, Charlie (Gabriel Bateman), desaparece inesperadamente no universo mágico e animado da Playmobil, a inexperiente Marla (Anya Taylor Joy) entra na maior missão da sua vida para o trazer novamente para casa. Ela vai embarcar numa fantástica viagem através de mundos deslumbrantes e conhecer novos e improváveis amigos – o delicado motorista de camião Del (Jim Gaffigan), o carismático e secreto agente Rex Dasher (Daniel Radcliffe), um robô desajustado, uma fada-madrinha extravagante (Meghan Trainor) e muitos mais.

Um jovem indigente, criado por skinheads racistas e notório entre os supremacistas brancos, vira as costas ao ódio e à violência para transformar a sua vida, com a ajuda de um activista negro e da mulher que ama.

Vita & Virginia (2018)
Vita Sackville-West (Gemma Arterton) e Virginia Woolf (Elizabeth Debicki) frequentam círculos diferentes na Londres dos anos 20. Mas quando os seus caminhos se cruzam, a magnética Vita decide que a sedutora Virgínia será a sua próxima conquista, qualquer que seja o custo. Vita e Virginia iniciam uma relação não convencional, tendo como pano de fundo os respectivo casamentos, num caso que viria a inspirar um dos emblemáticos romances de Virgínia, Orlando.

Yao (2018)
Vivendo numa aldeia no norte do Senegal, Yao é um menino de 13 anos disposto a fazer qualquer coisa para encontrar o seu herói: Seydou Tall, um famoso actor francês. Convidado para Dakar, a fim de promover o seu novo livro, Tall visita o seu país de origem pela primeira vez. Para realizar o seu sonho, o jovem Yao percorre corajosamente os 387 quilómetros até a capital. Tocado pelo gesto da criança, o actor decide fugir às suas obrigações e acompanhá-lo a casa. Nas estradas empoeiradas e incertas do Senegal, Seydou compreende que, ao dirigir-se à aldeia da criança, viaja também em direcção às suas raízes.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Crítica: Joker (2019)

"I used to think that my life was a tragedy, but now I realize, it's a comedy."
Arthur Fleck


*9/10*

Todd Phillips traz ao Cinema o filme que o Mundo merece. Joker é sobre um dos vilões mais famosos de Batman, mas podia ser sobre aquele homem que passa por nós todos os dias na rua, ou nos transportes... Este Joker tem nome - Arthur Fleck - e é humano.

Haja coragem e talento para agarrar numa personagem destas e dar-lhe um background digno, que a justifique enquanto pessoa que podia muito bem ser real e não apenas ficção. O Joker de Joaquin Phoenix tem tudo isso, e faz-nos encontrar o verdadeiro vilão das histórias terríveis que acontecem em Gotham: a sociedade.

Sozinho na multidão, Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) procura conectar-se com alguém e luta para encontrar o seu caminho na sociedade fracturada da cidade de Gotham. Com a ânsia de se tornar bem-sucedido, tenta a sorte como comediante de stand-up, mas acaba por descobrir que a sua vida é uma piada.


Todd Phillips e Scott Silver criam um passado consistente e realista para o vilão que tem marcado a carreira de tantos actores: Jack Nicholson, Heath Ledger (cujo nome carregará para sempre o legado mais pesado da personagem, que terminou antes da estreia de O Cavaleiro das Trevas, com a morte do actor), Jared Leto, entre tantos outros. Phoenix é agora posto à prova, muitos quilos mais leve, encarnando o mais humanizado Joker de sempre.

Joker é uma alegoria ao mundo moderno: individualista, mordaz, que vive de aparências. Gotham é a cidade suja, decadente, dividida e insatisfeita, que caminha a passos largos para uma escalada de violência sem par. Arthur é um homem que sofre - talvez mais do que outros cidadãos - com esta situação. Sofre de doença psiquiátrica, cuida da mãe doente, trabalha como palhaço para ganhar a vida, mas o seu sonho nunca deixa de ser tornar-se comediante como o seu ídolo televisivo Murray Franklin - interpretado por Robert de Niro.


Esqueçam os heróis. Em Joker, só há vilões, com e sem máscara de palhaço. Há uma agonia permanente desde o primeiro plano do filme de Todd Phillips. A angústia por ver ao que tudo chegou, por perceber como a sociedade trata os mais frágeis, com ausência de justiça ou lei; mas principalmente, por encontrarmos tantas semelhanças com o actual Mundo real. 

Ao mesmo tempo, nesta Gotham de Todd Phillips encontram-se tantas influências de Martin Scorsese que será fácil encontrar Taxi Driver ou O Rei da Comédia pelas ruas da cidade - e não só pela presença de de Niro.

Eis a apoteose do Joker, como não pensávamos possível ver no cinema. Uma personagem sóbria e bem explorada, que carrega um sofrimento tão imenso que as gargalhadas compulsivas só tornam mais aterrador. Joaquin Phoenix supera-se quando pensávamos que já não seria possível, e as lágrimas caem-lhe no rosto, enquanto o riso descontrolado assombra a sala de cinema. A dor que sente - mais mental que física - transparece em cada expressão e mesmo nas suas danças inebriantes, que acompanhamos vidrados, encontramos a tristeza irreparável.


Joker releva-se um clássico negro do cinema moderno, acompanhado de uma banda sonora que o torna ainda mais singular e paradoxal. Há magia nos temas que ouvimos, que acompanham as imagens, num contraste sombrio mas entusiasta e ritmado. O submundo emerge em planos poderosos que deixarão a plateia tão emocionada como desconfortável.

Não há desculpas. Ninguém quer idolatrar um criminoso e essas críticas infindáveis, ao que poderá ou não retirar-se de Joker, só espelham aquilo que o filme critica: Se a sociedade não te acolhe como podes tu acolhê-la? Arthur Fleck é sua vítima e seu produto.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Heath Ledger [1979-2008]

Foi a 22 de Janeiro de 2008 que o cinema perdeu uma das suas mais jovens e brilhantes estrelas. Heath Ledger foi encontrado morto, no seu apartamento, em Nova Iorque, por overdose acidental de comprimidos prescritos. Ledger tinha 28 anos e acabara de filmar, poucos meses antes, O Cavaleiro das Trevas, aquele que viria a ser o maior sucesso da sua carreira, valendo-lhe um Oscar póstumo. 


Aquando da sua morte, o actor encontrava-se a filmar Parnassus - O Homem que Queria Enganar o Diabo, realizado por Terry Gilliam, gravações que não chegou a concluir. O realizador optou então por convidar outros três actores – Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell – para interpretarem a mesma personagem que Ledger, Tony, de modo a concluir o filme, incluindo as cenas já filmadas com o falecido actor.

Hoje, no dia que se contam cinco anos da sua morte, o Hoje Vi(vi) um Filme recorda-o, destacando alguns dos seus papéis mais relevantes.

Patrick Verona em 10 Coisas que Odeio em Ti 10 Things I Hate About You (1999)


William Thatcher em Coração de Cavaleiro / A Knight's Tale (2001)


Sonny Grotowski em Monster's Ball - Depois do Ódio / Monster's Ball (2001)
(alerta spoilers


Harry Feversham em As Quatro Penas Brancas / The Four Feathers (2002) 


Ennis Del Mar em O Segredo de Brokeback Mountain / Brokeback Mountain (2005) 


Joker em O Cavaleiro das Trevas / The Dark Knight (2008) 


Tony em Parnassus - O Homem Que Queria Enganar o Diabo / The Imaginarium of Doctor Parnassus (2009)