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sábado, 26 de março de 2022

Oscars 2022: As Actrizes Secundárias

Começo a análise pré-Oscars aos nomeados com a categoria de Melhor Actriz Secundária. Uma veterana e já vencedora de um Oscars e quatro estreantes nas nomeações para a estatueta dourada, reúne-se um grupo de interpretações de qualidade e bastante equilibradas. Eis as nomeadas, por ordem de preferência.


1. Kirsten Dunst (The Power of the Dog)


Kirsten Dunst sofre e desespera como Rose, a jovem viúva que vê no casamento com George a esperança de uma vida feliz, arruinada pelo cunhado Phil. Protectora do filho, que sabe não se enquadrar com as expectativas da sociedade, compreende-o e apoia-o. Uma estranha em terra estranha, solitária e inadaptada à nova vida: o seu rosto espelha o desencanto que sente, e os seus actos a revolta que tenta esconder.

2. Jessie Buckley (The Lost Daughter)

A prestação de Jessie Buckley na pele de Leda enquanto jovem é quase a de uma actriz principal - com menos tempo de antena. Mais ingénua, dividida entre trabalho, tarefas domésticas e o cuidado das filhas, Leda experimenta a harmonia e o desespero, e toma as decisões mais polémicas do filme. Da sua parte, Buckley entrega-se à personagem de corpo e alma.

3. Ariana DeBose (West Side Story)

Ariana DeBose tinha em mãos um papel de grande responsabilidade, ou não tivesse já sido interpretado (e premiado com um Oscar) por Rita Moreno. Como Anita, Ariana canta, dança e emociona-se. É uma mulher determinada e apaixonada, mas dificilmente se deixa levar pelo coração. Será a provável vencedora e será merecido, ainda que tenha concorrentes à altura.

4. Judi Dench (Belfast)

Belfast não terá sido um desafio para Judi Dench, com uma carreira tão longa e muitos papéis icónicos. Ora, é claro que é fabulosa na pele desta avó atenta e de conselho pronto a dar.

5. Aunjanue Ellis (King Richard)

Aunjanue Ellis interpreta a mãe de Serena e Venus Williams, que também se torna treinadora quando é necessário e aguenta todas as exigências do marido. Apesar disso, sabe impor-se quando necessário, mas é apenas um apoio para a família. A actriz é competente no papel, mas não se distingue tanto como as restantes nomeadas.

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Oscars 2021: As Actrizes Secundárias

Começo a análise pré-Oscars aos nomeados com a categoria de Melhor Actriz Secundária. Das veteranas às estreantes, reúne-se um grupo de interpretações de qualidade e bastante equilibradas. Temos grandes nomes e algumas estreantes nestas andanças dos prémios. 

Fazer comédia com sucesso não é para qualquer pessoa, e Maria Bakalova fá-lo com um à-vontade surpreendente, por isso é ela a primeira da minha lista. Eis as nomeadas por ordem de preferência.


1. Maria Bakalova (Borat, o Filme Seguinte / Borat Subsequent Moviefilm)

Numa dupla inesquecível com Sacha Baron Cohen, a búlgara Maria Bakalova é uma das grandes revelações da época, na pele de Tutar, filha de Borat. Corajosa - a cena com Rudy Giuliani ficará para a História -, aparentemente inocente, segura e divertida, a jovem cativou atenções, para além de ter dado à longa-metragem um lado feminista, especialmente necessário no contexto dos acontecimentos.

2. Olivia Colman (O Pai / The Father

Ao lado do veterano Anthony Hopkins, Olivia Colman incorpora o rosto exausto de uma filha incansável e dedicada, que vê desaparecer, aos poucos, a existência do homem que a criou. A actriz tem uma interpretação contida e comovente, num esforço contínuo pelo bem estar do pai.

3. Glenn Close (Lamento de uma América em Ruínas / Hillbilly Elegy)

Sete nomeações depois, ainda não deve ser este o ano de Glenn Close. O filme é fraco, mas a actriz tem uma fabulosa interpretação como a avó Mamaw. Close incorporou uma forma de andar e falar muito característica e está transfigurada, de aspecto descuidado e modos grosseiros - e, no final, a partir de vídeos caseiros da família Vance, podemos constatar como está igual à verdadeira avó de J.D. Curiosamente, a personagem valeu-lhe nomeação para os Oscars e para os Razzie Awards.

4. Youn Yuh-jung (Minari

Aos 73 anos, a sul-coreana Youn Yu-jung conquistou a sua primeira nomeação para os Oscars. A maior força de Minari reside na relação que se constrói entre a sua personagem, a avó recém-chegada, e o neto, o estreante Alan S. Kim. A fragilidade da idosa, mas igualmente os esforços que faz na conquista da simpatia do neto - que a considera uma avó pouco comum -, tornam o desempenho da actriz digno de distinção.

5. Amanda Seyfried (Mank)


Amanda Seyfried será a nomeada com menos hipóteses este ano - mas surpresas podem sempre acontecer. Na pele de Marion Davies, Seyfried tem um papel pequeno mas relevante para a acção. A elegância da actriz alia-se ao desalento de uma mulher que sente que a carreira está a perder fulgor e a idade vai passando.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Oscars 2020: As Actrizes Secundárias

Começo a análise pré-Oscars aos nomeados com a categoria de Melhor Actriz Secundária. Temos grandes nomes nomeados e algumas estreantes nestas andanças dos prémios. Há duas actrizes - as minhas favoritas deste ano - que, a meu ver, se destacam das restantes. Eis as nomeadas por ordem de preferência.

Kathy Bates já conta com um Oscar no curriculo, e é mais que certo que não vencerá este ano. Contudo, é ela a mais merecedora das cinco nomeadas. Interpreta Bobbi, a mãe de Richard Jewell, no filme homónimo de Clint Eastwood, e, em poucos minutos, consegue comover e convencer qualquer um.

A jovem actriz interpreta Amy, a mais nova das quatro irmãs March. Ela quer ser pintora mas cedo percebe que pintar nunca lhe garantirá o futuro. É mimada, apaixonada, por vezes maliciosa, mas especialmente esclarecida. Florence Pugh interpreta-a com a fúria e clarividência que a personagem pede. Esta primeira nomeação só prova o talento anunciado no seu soberbo desempenho em 2016, como protagonista de Lady MacBeth, totalmente ignorado pela Academia.

Margot Robbie é Kayla Pospisil, das três protagonistas de Bombshell, a única que é ficcional. Ela é a jovem ambiciosa mas ingénua, que não espera os avanços de Ailes. De repente, a confiança que exibe inicialmente transforma-se em medo e insegurança, especialmente quando percebe que parece estar sozinha naquela redacção cheia de competitividade e beleza. Um tipo de papel a que a actriz já nos tem habituado, mas desempenhado com competência.

Scarlett Johansson encarna a mãe carinhosa e revolucionária, em tempos difíceis. Para além de representar no grande ecrã uma família monoparental (com o marido ausente na Guerra), é a figura clara da mulher emancipada na Alemanha nazi. A actriz cria facilmente empatia com a plateia já que depressa percebemos que é uma mulher lutadora e com valores. Um papel mais à imagem de Johansson (duplamente nomeada este ano) do que a protagonista do dramático Marriage Story.

A actriz é Nora Fanshaw, a advogada irascível contratada por Nicole para tratar do seu divórcio. Uma mulher superficial, independente, provocadora, num misto de características que não fazem Laura Dern parecer nada realista. Pelo contrário, penso que se justificaria muito mais uma nomeação nesta categoria mas pelo papel de Marmee March em Mulherzinhas, uma personagem totalmente distinta e carinhosa. Ironicamente, é quase certo que Dern irá conquistar o seu primeiro Oscar graças a Nora.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Oscars 2019: As Actrizes Secundárias

Analiso agora as nomeadas para Melhor Actriz Secundária. Estão todas muito equilibradas por aqui, tanto que é difícil escolher a favorita. Não posso contudo avaliar a potencial vencedora deste ano, Regina King, pois ainda não vi o seu filme. Eis as nomeadas por ordem de preferência.



Rachel Weisz é Lady Sarah, a melhor amiga da rainha que assume as decisões do reino a favor das suas simpatias políticas e que mais possam convir ao marido; uma mulher fria e calculista, que acaba por ser também ela manipulada. A actriz supera-se numa interpretação repleta de maturidade e seriedade, de elegância e talento.



Amy Adams está quase empatada com Weisz nas minhas preferências. Ela é a mulher por detrás dos homens, Lynne Cheney. Adams também se supera com uma interpretação de peso, que lhe exigiu bastante trabalho de bastidores, num estudo minucioso, tendo adoptado a voz de Cheney até nos intervalos de gravação. A actriz tem aqui mais uma boa parceria - já bem conhecida de outros filmes - com Christian Bale.



Emma Stone é a criada Abigail, ambiciosa e sem escrúpulos, que vagueia entre o ar mais angelical e inocente ao mais perverso e maquiavélico. Stone é enérgica e ataca com a rebeldia que lhe é característica. Mais uma vez, revela-se uma excelente actriz de comédia e apenas fica a faltar-lhe um pouco mais de maldade - que a personagem pede muito.



Marina de Tavira dá nas vistas em Roma pelo seu desempenho de mulher traída e magoada que tenta, a todo o custo, menorizar a dor dos filhos. Ainda assim, é uma prestação simples que coloca em dúvida a justiça desta nomeação.

Regina King (If Beale Street Could Talk)
 
  Sem avaliação

quinta-feira, 1 de março de 2018

Oscars 2018: As Actrizes Secundárias

Analiso agora as nomeadas para Melhor Actriz Secundária. Foi um ano de desempenhos interessantes e equilibrados, apesar de nenhum se destacar especialmente. As duas primeiras da minha lista são, contudo, as que mais me convenceram. Eis as cinco nomeadas por ordem de preferência.



Allison Janney, a mãe intransigente, que não parece nutrir qualquer amor pela filha. Um dos motivos da desgraça de TonyaJanney é fabulosa nos gestos, palavras e seriedade com que encara o papel. 



Mary J. Blige é fabulosa como Florence, a mãe trabalhadora e angustiada. Ela sofre e engole a sua revolta e mágoa ao lado do marido Hap. Merecia mais reconhecimento.



Laurie Metcalf, a mãe implacável, teimosa e obstinada, cria com a protagonista grandes momentos de emoção - em especial após a segunda metade de Lady Bird.



Lesley Manville é a irmã do protagonista que lhe impõe regras, numa interpretação muito convincente e carismática. Ela é Cyril, uma mulher omnipresente e controladora. Em todas as cenas onde  surge, a actriz é  magnética, cativa para si todos os olhares. 



A personagem de Octavia Spencer tem demasiadas semelhanças com Minny Jackson de As Serviçais, que lhe valeu um Oscar. Uma mulher simpática e simples, que fala pelos cotovelos e que proporciona momentos especialmente divertidos à acção.

sábado, 1 de março de 2014

Oscars 2014: As Actrizes Secundárias

Depois dos actores, é a vez de falar um pouco sobre as actrizes secundárias, enumerando-as, sempre por ordem de preferência.

1. Lupita Nyong'o em 12 Anos Escravo (12 Years a Slave)
Fenomenal é uma boa palavra para descrever quase tudo o que Lupita Nyong'o é na pele da escrava Patsey. Ela sofre o dobro dos restantes escravos, por ser a preferida e alvo de um amor muito peculiar da parte de Epps (Michael Fassbender) e de uma inveja desmedida da parte da sua esposa. Uma interpretação frágil e corajosa, sentida e cheia de alma, que merece todos os prémios que lhe possam conceder.

2. June Squibb em Nebraska
Divertida e surpreendente é a prestação de June Squibb em Nebraska. A actriz, de 84 anos, encarna Kate Grant, mulher do protagonista Woody (Bruce Dern), sem paciência para os desvarios do marido, mas que, no fundo, o ama e estima. A actriz cresce no decorrer da longa-metragem e protagoniza os momentos mais hilariantes de Nebraska, um deles passado num cemitério - e mais não digo.

3. Jennifer Lawrence em Golpada Americana (American Hustle)
Jennifer Lawrence tem pouco protagonismo, mas o tempo em que a vemos no ecrã será, certamente, o mais divertido de Golpada Americana. A sua personagem, Rosalyn, é desequilibrada, com hábitos e atitudes hilariantes, e dela nunca saberemos o que virá. A prestação da actriz não é extraordinária, mas é, certamente, a mais cómica, e em muito contribui para as voltas e reviravoltas da trama. 

4. Sally Hawkins em Blue Jasmine
Em Blue Jasmine, Sally Hawkins é a irmã que acolhe a personagem de Cate Blanchett, que passa a viver muito longe dos luxos a que estava habituada. Hawkins veste a pele de uma mulher banal, de poucas posses, que parece procurar desesperadamente um homem que a ame loucamente, e que se contenta perfeitamente com a vida de bairro que leva. A actriz tem uma divertida prestação, mas não vai muito além disso.

5. Julia Roberts em Um Quente Agosto (August: Osage County)
Julia Roberts é filha de Meryl Streep em Um Quente Agosto, mas está longe de chegar ao brilhantismo da veterana. Por muito que nos proporcione boas cenas ao lado da protagonista, o seu desempenho é competente mas não passa do aceitável.